domingo, dezembro 25, 2005

Uma paixão:

O time que tinha Didi, Amarildo e Zagallo, mas só era campeão porque o ônibus entrava de ré no maracanã;

O time de grandes ídolos que nunca foram campeões (Mendonça, Heleno, Alemão, Dirceu, Marinho Chagas, entre outros);

O time que viu o Vasco dar volta olímpica com uma caravela na cabeça, para depois perder o título, no campo e no tapetão (1990);

O time que impediu o flamengo de ganhar o único título que faltou em 1981 (o brasileiro);

O time daquelas horrorosas e lindas meias cinzas;

O time das estrelinhas amarelas que sumiram no novo milênio;

O time do Mendonça, que jogava de camisa 8 e short 13, para dar sorte;

O time da gemada do Carlito Rocha;

O time campeão carioca de 1997, em cima do Vasco, futuro campeão brasileiro daquele ano;

O time campeão carioca de 1989, em cima dos futuros tetra-campeões mundiais (Jorginho, Aldair, Leonardo, Zinho e Bebeto), mais o Zico e o Telê;

O time que, apesar de grande, não tem um lateral-esquerdo decente desde Rodrigues Neto (1978);

O time do Mané e seu compadre Nilton;

O time da vitória dos reservas sobre o flamengo de Romário e Sávio;

O time que atropelou o expresso da vitória do Vasco, em 1948;

O time dos 100 mil contra o Juventude, uma tragédia anunciada, a cara do clube;

O time dos meninos do Largo dos Leões;

O time daqueles que choram de alegria e riem da própria desgraça;

O time que tinha Garrincha, mas foi campeão carioca de 1962 porque jogou com camisas de mangas compridas em dezembro, para dar sorte;

O time recordista brasileiro de jogos invictos (52 jogos, entre 1977 e 1978, o time do camburão);

O time recordista de jogos invictos em campeonatos brasileiros (42 jogos, entre 1977 e 1978);

O time de maior número de jogadores cedidos à seleção brasileira em todas as copas;

O time tetra na década de 30;

O time da torcida de massa .... cinzenta! Olavo Bilac, Vinícius, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Clarice Lispector, Glauber Rocha, entre outros. Que linha!

O time do Túlio Maravilha, fanfarrão, debochado e, acima de tudo, herói;

O time de tantos craques;

O time do pênalti defendido pelo Max contra o Náutico na série B (2003);

O time de Paulinho Valentim e dos 6 x 2 no pó-de-arroz (1957);

O time de Sério Manoel, mais herói em 1999 do que em 1995;

O time da incrível derrota garfada no carioca de 1971;

O time Robin Hood, que ganha do flamengo e perde do Madureira;

O time da torcida que mais canta o hino em seus jogos;

O time do hino mais bonito do mundo (o américa que se dane!);

O time do Paulo Azeredo, Estelitta e Saldanha;

O time do falecido Mourisco;

O time campeão de 1097 e 1910;

O time conhecido como glorioso;

O time da maior goleada da história do futebol brasileiro, 24 x 0 sobre o Mangueira (1909);

O time do Eliel, do Sinval e do Cléo (que Deus o tenha), que só foi campeão da Conmebol porque tinha um goleiro Bacana;

O time que o Beckembauer procurou na tabela do brasileiro, não encontrou e achou um absurdo toda aquela tradição ter sido rebaixada para a série B (2003);

O time do seu Emil;

O time Cazuza, que foi ao inferno e voltou, várias vezes, a última em 2004;

O time que sempre viveu entre o céu e o inferno (Sérgio Augusto);

O time que, vestindo a camisa do Brasil, rabiscou a Argentina, goleando por 4 x 1, com direito a um “olé” de 5 minutos no último gol (1968);

O time onze vezes seguidas campeão carioca de voleibol (1965-1975);

O time que foi o primeiro carioca campeão brasileiro de futebol (Taça Brasil – 1968);

O time que foi o primeiro campeão brasileiro de basquete (1967);

O time do Biriba;

O time que, nos pés do Mané, inventou o olé;

O time quase eliminado que voltou correndo de uma excursão para humilhar o flamengo no maracanã (4 x 1) e levar a Taça Guanabara de 1968;

O time do Carlos Imperial e do Sargentelli (saravá BOTAFOGO);

O time do Agnaldo Timóteo, que invadiu o campo e interrompeu uma partida para ensinar um pereba a bater penalti (1984);

O time da Sonja, que chorou e paramos de perder, até sermos campeões invictos (1989);

O time do bruxo Espinosa, que sonhou de véspera com o placar piscando: “CAMPEÃO CARIOCA DE 1989”;

O time do mago Nilton Santos que previu o gol do Maurício (por causa da camisa 7), quando atacamos para o lado do “gol do Gighia”;

O time que inaugurou o campo de General Severiano colocando um pouco de terra de todos os estados do Brasil;
O time da estrela d’alva;

O time que é o único no Brasil campeão de dois séculos – remo, 1899 e os demais títulos (falta um no novo milênio);

O time do barco DIVA, primeiro campeão brasileiro (remo – 1902);

O time que ficou 3 anos sem ganhar um clássico, e quando ganhou foi campeão;

O time que foi campeão da Taça Rio em 1989 sem volta olímpica, que acabou guardando para o título estadual;

O time do número mágico 21 (21 de junho de 1989, 21ºC, gol aos 12 m que é 21 ao contrário, o Mazolla, 14 cruza para o Mauríco, 7 etc);

O time do Luizinho Quintanilha, campeão de 1989, que botou a faixa de campeão (“CAMPEÃO CARIOCA DE 89”) ao avesso, e apareceu: “CAMPEÃO CARIOCA DE 68”, o ano do último título antes da fila;

O time campeão brasileiro de 1995, que lutou contra todo um Estado, o presidente FHC, o ministro Pelé, o governador Mário Covas, e todas as redes caipiras de televisão;

O time campeão de terra, mar e ar de 1962 (até o carioca de aeromodelismo!);

O time das inéditas 12 vitórias em 12 jogos na Taça Guanabara de 1997;

O time que nasceu com a vocação do erro;

O time que diziam, sempre foi zoneado, porque se melhorar, vira o fluminense;

O time Fênix, que volta das cinzas quando ninguém mais acredita;

O time que subiu de posto, indo de General para Marechal, e todo mundo chorou;

O time do Levir Culpi, que barrou o Almir para botar o Gedeil, e quase ferra a gente;

O time do Levir Culpi, já técnico do Atlético/PR, que torceu para o time dele não fazer um gol no fim do jogo, pois rebaixaria o meu time de novo, e a vitória paranaense não adiantava mais nada (2004);

O time do guerreiro Túlio, que abriu a cabeça, voltou, jogou com raça e chorou no fim do jogo na derrota para o Corinthians (2004);

O time que deu de 6 x 0 no flamengo (1972);

O time que levou de seis de volta (1981) e depois mais seis (6 x 1) no lombo (1985);

O time único que tem a palavra “perder” no hino;

O time do gol do Zé Carlos – o Zé Maluco, que valeu o título do Rio-São Paulo em 1998;

O time do Renato Sá, primeiro carrasco (78), depois herói (79);

O time do Sandro, que quebrou a porta do vestiário quando foi rebaixado (2003) e ficou para quebrar a porta de novo, quando subiu (2004);

O time do Montenegro, que trouxe a sede de volta e nos deu o brasileiro;

O time do Paraguaio, Geninho, Pirilo, Otávio e Braguinha;

O time de Rogério, Gérson, Jairzinho, Roberto e Paulo César;

O time do Puruca, do Perivaldo e do Petróleo;

O time do amor bandido, que tira muito mais do que dá para sua torcida;

O time do Aluísio, que amarrava cortinas por ordem do Carlito, para o meu time ganhar;

O time do Bebeto, turrão, cabeça-dura, mas um alvinegro apaixonado;

O time do velho Valdo, maestro em 2003;

O time do gol do Dimba (1997);

O time que tem como escudo uma invenção de Deus;

O time dos guerreiros Gottardo, Gonçalves e Galvão;

O time da alma, porque coração morre e apodrece, mas a alma é eterna.
oi
escrevi.

Duas coisas me fizeram escrever aqui hoje. Uma, a falta de sono. A segunda, hum... álcool.E essa segunda coisa vem me fazendo umas coisas estranhas faz uns dias. Umas tremedeiras, uns ensaios de crise, umas calmarias...
Enfim, acho que passou da hora de dar um tempo. Talvez até março, quando uma Guinness irá acabar de vez com a abstinência.
Será?

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Set list: Last Exit, Do The Evolution, Save You, Animal, Insignificance, Interstellar Overdrive/Corduroy, Dissident, Even Flow, Leatherman, Given To Fly, Daughter, Don't Gimme No Lip, Not For You, Small Town, Down, Once, Go

1st encore: Soon Forget, Better Man, I Believe in Miracles, Blood, Kick Out The Jams, Alive
2nd encore: Last Kiss, Black, Jeremy, Yellow Ledbetter, Baba O'Riley


falar o que?
Foi lindo, emocionante pra caralho e faz MUUUUIIIITTTOOOO tempo não via um show com platéia e banda se curtindo tanto. Na verdade, tirando o Iron Maiden e o REM, não me lembro de nenhum show que chegue perto desse em matéria de cumplicidade. Sei lá, mais o que dizer. Foi um noite mágica.

terça-feira, novembro 22, 2005

Do you realize (tradução)
Composição: Flaming lips


Você se dá conta de que tem o rosto mais bonito?
Você se dá conta de que estamos flutuando no espaço?
Você se dá conta de que a felicidade te faz chorar?
Você se dá conta de que todo mundo que você conhece morrerá um dia?

E ao invés de ficar dizendo adeus, deixe-os saberem
que você se dá conta de que a vida é curta
E que é difícil fazer as coisas boas durarem
Você se dá conta de que o sol não se põe
É só uma ilusão causada pelas voltas do mundo

Você se dá conta
Você se dá conta de que todo o mundo que você conhece morrerá um dia?

E ao invés de ficar dizendo adeus, deixe-os saberem
que você se dá conta de que a vida é curta
E que é difícil fazer as coisas boas durarem
Você se dá conta de que o sol não se põe
É só uma ilusão causada pelas voltas do mundo

Você se dá conta de tem o rosto mais bonito?
Você se dá conta?

quinta-feira, novembro 17, 2005

Uma semana de atores. Uma semana de a toas.
Um dia de todos. Todos os dias.

Vai e vem, vem e vai,
acorda, dorme, come
corre.

Busca a saída, logo.
Tenta, mas quem tenta só é tentado a desistir.
Enfim, nos fomos. Todos.
Todos os dias, todos aos poucos.

É o que tem que se fazer,
sem ter o que fazer.
A não ser...
rezar e correr.

terça-feira, outubro 18, 2005

Com alguns anos de atraso, mas não o bastante para me arrepender de ter perdido o show, venho a público dizer:

Nine Inch Nails é foda!

Só posso dizer que o Fragile não pára de tocar. Escuto ele o dia inteiro enquanto trabalho.
De quebra ainda dou uma ouvidinha no Broken, e no With Teeth.

Trent Reznor pode não ter inventado o industrial, mas com certeza deixou ele muito mais fácil de se ouvir. E gostar.

sexta-feira, outubro 07, 2005

Uepa. Sexta tinha cara de nervosa. Como um rotweiller. Troncuda, mal encarada, rosnante e babante. Assustadora. Pois bem, em tempos de correria, pense em uma praia deserta, cocos gelados e eunucos te abanando. As coisas podem não se tornar realidade desta forma, mas seu rotweiller rábido pode se tornar um são bernardo babão. Se bobear daqueles que ainda trazem um barrilzinho de conhaque. Se acendesse um charuto eu nem teria vindo aqui hoje.

Na maioria dos casos a falta extrema de trabalho é uma temeridade. Não nesse caso. Por culpa dos Deuses, ou por dávida, fui o sorteado para ficar tranquilo nessa semana de tornados e tsunamis profissionais. E saio ileso, pelo menos até prova em contrário. São os ossos do ofício. Talvez uma compensação divina por ter me voluntariado a não ter férias coletivas no período de final de ano.

***

Projeto Califórnia começa a se tornar realidade. Há algu mtempo chegou lá em casa uma revista sobre lá, enviado direto da Secretaria de Turismo do nosso Gov. Exterminador.
Tudo, isso mesmo, nada menos que TUDO que preciso saber sobre a Califórnia está lá.

Se quiser visitar vinhedos, ok. Está lá no mapa de vinhos e comidas.
Se quiser visitar parques naturais, ok. Está tudo lá no mapa outdoors tourism.
Parques temáticos? ok.
Jogatina? Ok.

Entendam isso, tudo está lá. Até hotéis, seus preços e o mais.

Vou para fazer a costa, de San Diego até San Francisco. No meio tempo, um pulinho no Coachella Music Festival. Assim que tiver o roteiro fechadinho coloco pra vcs darem uma olhada.

terça-feira, outubro 04, 2005

O ar bate direto agora. Como pediram, abri a janela.
Está um pouco frio. De verdade, valeu até a pena. Só agora posso perceber o quanto o mundo parece vivo lá fora. O que me faz, cada vez mais, perguntar o que estou fazendo aqui?

A vida bate direto agora. Abri a porta como pediram.
O vento parece ter aumentado. De repente, pode ter valido a pena. O mundo que estava lá fora está agora a um passo de distância. O mundo, a liberdade, a vantagem da incerteza.
Aqui dentro deixo meus momentos, lá fora novos esperam por mim.

Tudo vem direto dessa vez. Abri meu coração, como pedido.
Vejo novas sombras, novas ondas de luz, novas vidas se abrindo. Tudo como conhecia antes parece ter se tornado obsoleto. Os valores, as conquistas, a história. Tudo novo, agora, parece muito mais. Até se tornar igual.

sábado, setembro 24, 2005

Em época de Disco...


Jason Forrest - The Unrelenting Songs of the 1979 Post Disco Crash



já, já baixando em um soulseek perto de você.

segunda-feira, setembro 12, 2005

Sei que não é fácil, eu mesmo demorei algum tempo. Mas a falta de ritmo/melodia junto com o desleixo com que canta, fizeram de Tom Vek um belíssimo disquinho para se ouvir andando de carro pelas estradas do Brasil. Descompromisso é isso aqui.

E quanto mais eu ouço, mais fico me perguntando se esse cara é ingênuo ou genial. Me peguei sussurrando genial umas três vezes, nesses últimos dias. Louco. Eu e ele. Um perturbado que faz música pop, principalmente para perturbados. Como eu.

quinta-feira, setembro 08, 2005

e quem diria, semana que vem tem festa...

Escola do Rock de volta, Centenário, sábado, 23.

Toco lá. No apagar das luzes. horário ingrato prum sábado, mas enfim, morro de saudades de tocar numa festa.

Pensando o set list - agora com Velox de volta.

Tem tanta coisa interessante...
Quero tocar Tom Vek, LH com Horizonte Distante, músicas dos Stripes, novas do Franz Ferdinand, System of a Down... Hum, estou meio MTV. Pare com isso, luis.
Cover de Magnetic Fields, tocado pelos geniais !!! (chk chk chk)
Hard-Fi, novidades do Ladytron, talvez bandinhas novas como Dogs, Editors e afins.
Se tiver que ser, será.
como agora no trabalho não tenho como postar, nem ver, nada por essas bandas, a colocação de material inédito se tornou um suplício.
Mas em casa, tentarei, como sempre, achar algo interessante para publicar.

Mas não esperem nada demais, não.
Falta saco, falta inspiração, falta jeito para a coisa.

é issaê.

sábado, setembro 03, 2005

21/10 - SEXTA

Tim Club - 20 horas - R$120

- Bob Mintzer Big Band
- Russell Malone & Benny Green
- Wayne Shorter Quartet

Tim Main Stage - 22 horas - R$100 mesas frontais e pista - R$80 mesas atrás

- Mundo Livre S/A
- Kings of Leon
- The Strokes

Tim Lab - 23 horas - R$70

- M. TAKARA 3
- Autechre
- Vincent Gallo

MOTOMIX - 1h da manhã - R$50

- Arthur Baker
- PERETZ
- Nego Moçambique

22/10 - SÁBADO

Tim Club - 20 horas - R$120

- SpokFrevo Orquestra
- Enrico Rava
- John Mc Laughlin: Remember Shakti

Tim Main Stage - 22 horas - R$100 mesas frontais e pista - R$80 mesas atrás

- De La Soul
- M.I.A.
- Dizzee Rascal

Tim Lab - 23 horas - R$70

- Lado 2 Estéreo
- The Arcade Fire
- Wilco

MOTOMIX - 1h da manhã - R$50

- KL Jay
- Cut Chemist
- Diplo

23/10 - DOMINGO

Tim Club - 20 horas - R$120

- The Conga Kings
- Dona Ivone Lara
- Dr. John

Tim Main Stage - 22 horas - R$100 mesas frontais e pista - R$80 mesas atrás

- Television
- Elvis Costello and the Imposters

Tim Lab - 23 horas - R$70

- Vanessa da Mata
- Kings of Convenience
- Morcheeba

MOTOMIX - 1h da manhã - R$50

- Frankie Knuckles
- Body & Soul



VAI?

segunda-feira, agosto 22, 2005

ACABEI DE SER SEQUESTRADO!

É, pelo menos foi o que disseram para a minha mãe. Pediram 3 mil reais.
Pouco, né?
hehehe

Aí, ela ligou para mim e viu que estou aqui, trabalhando normalmente.
Que coisa....


Luis, que NÃO foi sequestrado. Nem pretende ser.
Piripipi Piripipi Piripipi
O alarme do despertador, tocava incessantemente. Era um daqueles baratos, comprados pelas ruas do centro, onde camelôs se amontoam e brigam por espaço e para ver que tem o despertador que toca mais alto.

Olhou para o lado, viu ela ao seu lado. O toque do aparelho ainda não tinha incomodado seu sono. Um sono profundo, repleto de cansaço, depois de uma longa noite. Longa e agitada. Não conseguia se lembrar de como tinham ido parar lá. Era seu apartamento, sem dúvida, mas como haviam chegado ali?
E mais, quem era ela? Qual seria seu nome?

Droga de vodka. Quando mais se precisa de memória o álcool da vodka pede licença e toma cada sinapse para si, largando memórias pela cidade, pelos momentos que são vividos e nunca mais lembrados.

Piripipi Piripipi Piripipi
O despertador não desistia. Ela se mexeu, desconfortável na cama. Desliga ele agora! Pronto. A calma estava de volta ao quarto. Ela ainda estava dormindo. Via-se pelos olhos que se moviam de uma lado para o outro completamente sem sentido. Um sonho. Mas qual sonho?

Ela se via em um campo de futebol. Eram todos contra ela. Um time de 11 correndo para pegá-la. Mas ela não era páreo para todos eles. Logo se viu deitada na grama. O Sol estava lindo nesse dia. Ofuscava sua visão. Ela se levantou devagar, tirou a roupa e deu um mergulho no lago. A água estava deliciosa. Tinha gosto de vinho. A taça que carregava teve sua serventia. Um brinde, meu querido. Pelas nossas horas de amor. Bom esse vinho. É de água. Vinhos de água são melhores que vinhos de uva. Nunca soube disso. Pois agora sabe. E graças a mim.

Se levantou. Caminhou, com cuidado, até o banheiro. Seu cabelo estava medonho. Sua cara amassada, inchada de sono. Um bocejo veio nessa hora. Se não fosse sexta, ia voltar para cama. Sexta-feira. Tenho que repensar essas saídas na quinta. Boate, então nem pensar. E ela? E agora?

A água do chuveiro caiu como um tapa, espantando o resto de sono que estava relutando em ir embora. Sabão, Xampu. Creme no rosto. Secador de cabelo. Se enrolou na toalha. No quarto, ela já estava de olhos abertos, cheios de preguiça. Sonhei com você. A gente estava tomando vinho num rio. O rio era de vinho.
Riu uma risada boba, leve, de quem não tem com que se preocupar. Que idéia, né? Rio de vinho. Sorriu.

E lá estava, naquele sorriso, tudo o que a havia encantado naquela quinta-feira. Uma força que parecia jogar vida por onde passasse. Os olhos se fechavam um pouco, a bochecha abria espaços para as covinhas mais lindas que já tinha visto, os dentes apareciam um pouco, apenas o suficiente para se ver que eram bem montados e de um branco glacial.

Já está indo trabalhar? Já. Já tomei meu banho. Tudo bem. Não vou ficar aqui, pode deixar. Vou só me vestir e, se der, me deixa ali na esquina. Tem um ponto de táxi perto do meu trabalho. Te levo até lá. Ficamos um pouco mais de tempo juntas. Ótimo. E lá veio o sorriso de novo.

Saiu de baixo das cobertas. Enquanto ela se apressava em se vestir, ficou olhando o corpo dela. Não era perfeito. A maquiagem e a roupa davam uma boa cobertura para as falhas comuns. Mas a luz da boate, junto com a vodka, a transformaram em alguém bem mais desejável. Quase uma Vênus. Enfim, não eram estrias ou celulite que a fariam ser menos desejada. Houve uma pequena briga com a calça, que apesar de não querer entrar, a deixou bem mais chamativa. A blusa, apenas um leve pedaço de pano, cobriu seus seios.

Pronto. Era isso. Estavam em frente ao ponto de táxi na esquina de seu trabalho. Seus olhares se encontraram, mas não foram muita além disso. O beijo não veio. Medo de ser vista perto do trabalho. Um abraço. Ela já carregava um pouco seu próprio cheiro, o mesmo que sua mãe gostava de sentir quando ia almoçar em sua casa.

Então, é isso. É. Tá, foi legal te conhecer. É, foi sim. A gente se vê por aí. É.
Tchau. A porta bate. No pequeno espaço entre a porta do seu carro e a do táxi, ela foi acompanhada por apetitosos olhares de praticamente todos os homens em condições de olhá-la. E assim ela se foi.
Ela não, Marcela. Pronto. Tchau Marcela.

E foi em frente. Afinal, sexta sempre foi um dia cheio de trabalho no escritório.

sexta-feira, agosto 12, 2005

Em todas as áreas da música existem aqueles que começam uma revolução (ou mesmo uma ressucitação) de algum estilo e fazem algo relevante e existem aqueles que se rendem ao sucesso fácil do pop e apenas trazem uma roupagem mais fácil para um estilo.
O Bravery, aproveitou a leva das bandas de disco punk e fez seu disquinho. Acessível. MTV. Mas o que não esperava era que fosse gostar tanto dele.
Não é genial, como !!! ou doentio como les Savy Fav, mas faz abrir aquele sorriso quando você escuta três ou quatro músicas seguidas e não consegue escolher a sua favorita. Faz você se questionar porque não apareceu AQUELA faixa dentro do disco, para logo depois perceber que pelo menos metade dele é feito d’AQUELAs faixas.

E, assim, fazendo música fácil, o Bravery aparece como uma das melhores bandas de quase disco punk, usando aquela batida conhecida e amada por alguns. Desmérito? Não, de forma alguma. Mérito totais para eles, por ais que possam estar apenas de passagem.

quinta-feira, agosto 11, 2005

Vocês já pensaram como seria se, ao nascermos, já soubessemos o dia de nossa morte?
Ok, poderia ser uma informação confidencial, disponível apenas para nossos pais. Mas que talvez eles nos contassem em certa parte de nossa vida.

Penso isso pois, hoje, gostaria de saber exatamente o dia de dizer adeus. Não preciso de mais detalhes, como onde ou porque. Só a data. Sei lá, 15/08/2089. Penso isso pois quero decidir coisas. Quero saber se viajo, se me endivido, se espero filme X ou Y ser lançado em vídeo para assistí-lo ou se vou agora, correndo ao cinema. Uma data me tiraria da cabeça todas as pertubações psicológicas que a síndrome do pânico fez o favor de colocar lá.

Se tivesse a nítida sensação de que meu tempo está se esgotando, poderia ser mais corajoso para largar tudo e me jogar no mundo. Conhecer cada montanha da Ásia, cada gota de orvalho da América do Norte, conviver com os golfinhos de Noronha. Dizer a todos que gosto o quanto gosto deles. Dizer aos que amo o quanto os amo. Consertar erros que, pensamos, só o tempo é capaz de consertar. Tentar acertar cada vez mais, em cada escolha. Sorrir mais e aproveitar ainda mais os dias que não poderei desperdiçar.
Afinal, dobro a esquina logo lá na frente.

Mas nem tudo é como gostaríamos e nos escondemos atrás da indefinição. Atrás da dúvida do amanhã. Não nos mostramos por inteiro, abertos, por vergonha, por timidez, por medo do que vai acontecer. Como somos bobos.
Se tudo o que realmente precissásemos é uma data, fica aqui estipulado o dia 29 de março de 3027 como o dia do fim do mundo. Fim total. Seremos sugados por um buraco negro e aí, só Deus sabe. Minha dica?
Aproveite hoje como se fosse um dia único. Um dia que talvez seja quase passado. Diga bom dia, sorria, faça os outros rirem. Talvez o dia seja amanhã. E não há nada melhor do que sentir que acabou com um sorriso nos lábios, sabendo que você fez tudo para aproveitar cada segundo e aproveitou.

:)

seja feliz.

sexta-feira, julho 29, 2005

sabe o que preciso fazer?
repensar a minha vida.
Colocar as prioridades na frente. As minhas prioridades.
Aprender a me bastar. Sozinho.

Acho que dá para ser feliz.
que tal experimentar?

domingo, julho 24, 2005

ouvindo uma bandinha qua baixei, percebo o quanto ela é parecida com Joy Division.
Ruim?
de forma nenhuma. O som é de primeira. jÁ ATÉ falei dela aqui, The EDITORS.
Enfim, estou numa fase cabeça. As coisas todas, têm um significado mais profundo, como um formigar no pé ou uma olhada para o céu ou um gole de cerveja terça à noite.

E aproveito a carona do comentário do Caio sobre o SOAD. Só eles hoje fazem algo extremamente diferente do que é, do que foi e do que um dia será. Eles podem.

Os outros, emulam. Chupam, copiam, transformam, seguindo as leis da natureza, que rege, inclusive, a raça humana, apesar de às vezes tentarmos impor nossas vontades a ela. E essa girada que de tempos em tempos acontece, com modas indo e vindo, se tornando chique para na estação seguindo virar ultrapassado, chegou à música.
Escutamos o que já foi feito. Escutamos os mesmos sons que nossos avós, os pássaros são os mesmos, a água se move da mesma forma. As guitarras são tocadas ã la 80, a la 70 e a la 60, na década mais sem cara de toda a história da humanidade.
E nós, que buscamos musicas, novidades, chegamos a conclusão de que corremos para ouvir o antigo, apesar de ser "novo". Nos desesperamos para conhecer aquela banda, exatamente IGUAL a uma outra de 20 anos atrás.
Corremos contra o tempo para vencer dele. É como se tentássemos pegar ops segundos que se passaram agora, num pensamento, e voltar, para aproveitá-lo melhor. Mas, meu amigo, se lembre sempre disso. Os ponteiros do relógio nunca param de girar.

sábado, julho 23, 2005

só pra constar.

baixados essa semana:
Mercury Rev - Yerself Is Steam
Dj Shadow - Endtroducing
Luna - Pup Tent
Arcade Fire - EP
Supergrass - Road to Rouen
Supergrass - Supergrass (3)
Turin Brakes - Jackinabox
Cass McCombs - PREfection
Aqueduct - I Sold Gold

e por aí vai...
tem umas bandas que batem de cara e você parece se tornar o primeiro fã de carteirinha deles.
Foi assim com Oasis, foi assim com Super Furry Animals e com o Boxer Rebellion.
Agora, é assim com o Dogs.
caramba, a tal de Tuned to a Diferent station é uma musicáça com todos os seus erros de português.
Não consigo parar de ouvir, o riff gruda, orefrão gruda, o winamp fica no replay sem parar.

Uma ouvida nas novidades e volto correndo para ela. Pepitas de ouro no meio de tanto cascalho são difíceis de encontrar. Por isso vale a pena dar o valor que elas merecem. Escutem.

e se quiserem um rock menos compromissado, podem se servir de Paddingtons. Garagem purinha, purinha.

É isso. Direto dum sábado onde levantei às 6 da matina. E não me perguntem por que.
Meu computador começa a dar sinais de cansaço, depois de
Hum...

4 anos?
É, por aí.

Eu começo a demonstrar sinais de cansaço depois de

Hum...
15 horas de trabalho.

A mamãe ganso começa a demonstrar sinais de cansaço depois de .
Hum...
1 copo meio cheio (otimista numa sexta de madrugada)

Tá, não foi para isso que vim aqui.
Não foi para nada. Talvez mais um vez.
Ok, se não a última, a última da semana

Sabe aquela banda, adoradinha por todos, o Weezer.
Esqueça ela.
Esqueça até mesmo o Fountains of Wayne.

Quem vale mesmo é o Deathray Davies.
Baixei o úrtimo, sendo ele de quando for e estou na escuta.
Som pop. Sem maiores preconceitos. Legal.
É isso.
Não esqueça o weezer. Era provocação.

**
Esqueço todos os atalhos do meu micro depois de uma semana de Mac.
O acento é diferente. Tudo é diferente.
O ponto, o jeito, a textura das teclas.

Bom, tenho mais o que não fazer.
Boa noite.

Escutem The Cinch.
Legalzinho.

Escutem Adorable.
Imprescindível.

Arrumem amigos que gostem do mesmo tipo de som que você e forme uma banda.

Saia para beber e volte de táxi.

É isso. A vida que vai e vem.
Uma hora isso pára, e é melhor você não ficar enjoado na viagem.

quinta-feira, julho 21, 2005

Não é por nada, não. Mas por bem menos que os dinossauros dava pra ter trazido e trazer gente muito mais legal. Enfim, como é aqui no quintal de casa, terei mesmo que ir.
A não ser, óbvio, que o dinheiro falte. Aí, é TIM na cabeça.

POr falar em shows, alguém afi mde bate e volta em Curitiba para o Weezer?
RETIRADO DO SIET OFICIAL DO SCORPIONS!


July 2005
28 - Toulon (near Marseille) - France
30 - Phoenix USA
31 - Costa Mesa - USA

September 2005
15 - Doha - Qatar
17 - Dubai - United Arab Emirates
22 - Cairo - Egypt
24 - Beirut - Lebanon

October 2005
7 - Wolfratshausen - Germany
12 - Sao Paulo - Brazil
14 - Vitoria, Brazil

Ih... Óia nóis aqui....

segunda-feira, julho 18, 2005

Aqui primeiro:

No começo do novo século as bandas americanas lideraram a invasão do chamado novo rock, pelo mundo afora com nomes como Strokes e White Stripes. Com o orgulho ferido, os ingleses, famosos pelas maiores bandas de rock do mundo, deram o troco em menos de uma década, com novos nomes como Razorlight, Bloc Party e Art Brut. Esse último lançou faz pouco seu primeiro disco, chamado Bang Bang Rock and Roll. Como o próprio nome leva a crer, o álbum traz 12 petardos do mais puro rock. Na trilha de Clash e congêneres, o Art Brut faz músicas rápidas, punks e pegajosas. Como My Little Brother, onde diz que “Meu irmão mais novo acabou de descobrir o rock/ ele tem apenas 22 e está fora de controle.”
Prepare-se para perder o controle também e chacoalhar sem parar ouvindo Modern Art, Good Weekend e 18,000 Lira. O melhor dessa barulhenta briga pelo topo do rock mundial é que, vença quem vencer, todos saímos ganhando.

Série Puta banda boa pra caralho:

Editors - musiquinhas poucas de um ou dois singles/EPs. Munich, disco punk nervosinho e Colours, bonita pacas.

quarta-feira, julho 13, 2005

Bosta. Depois do Led Zep, agora estou me entregando ao Judas Priest. Ok, é só uma coletânea, é só até Painkiller, mas enfim, estou numa fase meio metal do 70/80. E eles mandam muito bem. Fazer o que, né?
Já estou tirando a poeira dos meus discos do Iron…

sexta-feira, julho 08, 2005

delícia esse disco novo do Idlewild, né?

***

Tim Festival. Rio de Janeiro. Chopes e empadinhas. Amigos.
Cd's usados. Strokes e Kings of Leon confirmados.
Franz Ferdinand desconfirmado.

Foo Fighters e Oasis ainda por virem. Será?

***
Sexta-feira.
E aí, quer fazer o que?

Eu não sei se quero fazer alguma coisa. Essa sexta é a sexta menos sexta da minha vida. Simplesmente estou sem vontade de fazer nada. Como outro dia indo para casa. Um nada. Deve ser assim que os velhos se sentem. Tanta coisa vivida e nada pra dar aquela ligada na rotina. Aí, tudo fica sem graça.
É, tudo está sem graça. Cinza.

chato, né...

sexta-feira, julho 01, 2005

Voltei a pegar musicas e musicas e muitas musicas na net. Mais inclusive do que consigo ouvir, ms é assim que eu gosto. Heeh
Boas coisas aparecem. Como o Engineers, aí de baixo. O Editors, o disco inteiro do Art Brut.
Mas tem umas coisas que dão até pena de ter baixado, como o Animal Collective. Quanto velox desperdiçado, meu Deus.
Enfim, estou de volta. De com forca mesmo e doido, mas doido pra colocar esses sons novos numa pista. Quero ver a reação das pessoas aos novos nomes do pop…
Até lá, faço de meu quarto uma mini-boate. Sem luz, sem picape, sem gente pra dançar, mas a gente joga com o que tem, né.

Quinta nas Curvas da Juréia, o pau tá quebrando. Aí, como sexta é um dia horrível de sair, não chego lá. Mas fico pensando: será que está valemdo a pena para quem criou a noite? Será que Rike e Kalunga saem com os bolsos lotados de grana ou será que ficam no perrengue do vai não vai de 30, 50 reais por noite?

Dificil tentar viver de noite numa cidade onde as pessoas ainda querem entrar sempre de graça, se divertir muito e pagar pouco. Eu nem penso mais no assunto, para ser muito sincero. Sou publicitário, pago minhas contas com isso e só resolvo colocar som de vez em quando, quando me convidam e me dão umas cervejas de graça. Aí, não tem investimento que dure, não tem treinamento que perdure, não tem velox que salve o cara que quer colocar um som diferente pro pessoal.

É isso. Escrevi. Apesar da semana.

segunda-feira, junho 27, 2005

Ontem fui ao Shopping, dar aquela rodada de bobeira.
Entrei nas americanas levado por um banner na porta da loja (leve tres cds e pague 2. Preço: 14.99).
Ok, sempre posso achar algo interessante e na pior das hipóteses, poderia finalmente comprar o cheetos sabor x-burguer. Passei na gôndola, peguei o cheetos e fui para a área de cds. Enquanto ficava na dúvida entre comprar e não comprar os dvds do Anti-herói Americano e do Elefante, a Lu começou a futucar a bancada com um monte de cds lixo (Pra vocês terem uma idéia, tinha uns Artists Collection do KENNY G e da Whitney Houston…).
Depois de um tempo ela me chama. Animada. Fui dar uma cponferida e não é que tinha uns digipacks do AC/DC no bolo dos tres por dois a 14 reais?
Fly on the wall, If you want blood you got it, flick of the switch e blow up your video (esse último acabei não levando)
Ela ainda achou e fez questão de levar Bad e Off the Wall do MJ em edição especial e Desire do Dylan.
Depois dessas, nem provei o cheetos nem levei os DVDs pra casa. Mas temos 6 cds a mais na estante.

quinta-feira, junho 23, 2005


16 anos
Bobeira. Mas pelo menos não é aqueles pézinhos andando, ou boquinhas ou OIS gigantes.


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terça-feira, junho 21, 2005

Linda capa de mais uma banda legal.


Ok, legal, não. Maravilhosa. O shoegaze, perdido, etéreo e pop de volta. Disco de uma beleza excepcional. Difícil ver algo desse jeito hoje em dia. Já não posso esperar para por minhas mãos no antecessor dessa maravilha, o Folly.
A semana está sendo, foi e continuará sendo pesada. Junho foi um mês pesado e rezo para que ele se torne logo uma lembrança, uma página virada na folhinha, um mês a menos no calendário.

O tempo não mudou tanto. Os dias continuam passando, sem mais nem menos. As horas continuam a não fazer muita falta. Mas a cabeça pesa pacas, com tudo isso ao redor.
É a vontade de chutar o balde, sabe?

Ir para o interior, vender sacas de café. Ir para um supercentro, como NY ou Londres e me virar de qquer jeito. Só para poder entrar num pub, tomar uma guinness e ver um novo Oasis iniciando sua carreira. Ir para casa e lá ficar, ouvindo música, navegando pela internet, baixando músicas (coisa que NUNCA faço em casa, pois chego todo dia com overdose de computador).

A grana poderia ser fácil. Mas não é.

Reclamo aqui, jogo as frustações ao vento e me levanto para seguir mais um dia, esperando dar a hora de dormir e acordar de novo para recomeçar a percorrer um caminho que já foi traçado antes.

sexta-feira, junho 17, 2005

Saber quando parar é uma arte. Uma que, admito, preciso me dedicar a aprender e colocar em prática cada vez mais.
Pode ser a hora de parar um texto, de parar de experimentar palavras novas numa frase fechada, de tentar estar sempre na frente, junto, com frio, com calor, em pé, limpo.
Enfim, parar.

Semanas passam, voam, e lá vou eu sem parar correndo de lá para cá, de cá para lá.
Tentando, fazendo, correndo, vivendo. Um sinal vermelho, nem sempre pode ser um sinal vermelho quando nnao se pode parar. Quando não se consegue parar. Mas olhar para os dois lados é importante. Nunca se sabe quando um caminhão pode aparecer do outro lado.

quinta-feira, junho 16, 2005

Pronto.Baixei e ouvi algumas vezes o disco do Foo Fighters. São dois, na verdade, mas dois mesmo. O primeiro, o velho Foo de sempre, melódico, bonito, pegajoso. Muito mais que um ou dois hits, o álbum se sustenta como um todo. E como se sustenta. Hell, Resolve, The Last Song, Best of You são poucas mostras de como um baterista pode se tornar um frontman digno de estar entre os maiores de todos os tempos. Me lembro de quando o primeiro disco do Foo Fighters foi lançado e se encontrava para comprar em qualquer loja da Redley, em qualquer Shopping. De lá para cá, o ex-baterista do Nirvana deixou esse rótulo para trás e conquistou o mundo com pelo menos 5 discos muito bons.

E aí é que a porca torce o rabo. Se fosse apenas o primeiro disco, nada demais. Os caras estariam lá mais uma vez, mostrando competência e tesão. Mas os desgracados resolveram me fazer deste In Your Honor um disco duplo e dividir em plugado e acústico. Uma temeridade, visto a importância das guitarras em suas músicas. Ok, o disco dois não foi esse estrago, por ter belas melodias, mas poderiamos muito bem deixar esse tipo de música para o Jack Johnson que, com muita propriedade, vem fazendo isso a mais tempo. O ponto alto da confusão mental deles é Virginia Moon, uma bossa nova com uma voz feminina acompanhando Grohl. Se o disco novo fosse apenas a primeira metade, uma nota oito ou nove poderia nem ser surpresa. Mas com as duas metades, dividimos e chegamos a um quatro ou cinco.

segunda-feira, junho 06, 2005

Bom, peguei o avião, comprei o ingresso, tomei um chopp e entrei no Metropolitan/ATL/Claro Hall.
A platéia não estava lá essas coisas. Meio vazio, diria, meio cheio dirão outros. O número de presentes deve ter dado pelo menos metade da casa, umas cinco mil pessoas. O palco, montado, diferente do Tim Festival. Cheio, entulhado, quase, em se tratando do White Stripes. Um piano de cauda, uma bateria, dois tamborzões (tímpanos?), um xilofone (será isso a marimba?) que não foi tocado, o pianinho que já tinha visitado o Brasil e mais dois sintetizadores em cima de cada piano.
As guitarras estavam confortavelmente encostadas em três caixas, provavelmente valvuladas, que se encontravam no palco. Ao invés do elefante, que da vez do Tim estava em cima do pianinho vermelho, três figuras de candomblé, vodu, enfim, de alguma desses sincretismos religiosos típicos das américas de baixo em cima de cada uma das caixas.
Cobrindo todo o fundo do palco um pano pintado em preto e branco, com a grande maça branca no meio e uma paisagem meio tropical com mar, encostas e palmeiras.

As luzes se apagam, os roadies, todos vestidos de gangsters como antes, se afastam do palco.

Entra em cena uma figura pálida, com uma bluda branca e uma calça vermelha. O jeito tímido não deixa dúvidas, assim como o sexo. É a Meg. Atrás dela segue seu irmão, Jack, de cartola enfiada na cabeça, cavanhaque, bigodinho, casacão preto, visual infernal.
Guitarras e baquetas a postos.
Dead Leaves and Dirty Ground. Black Math. Fell in Love With a Girl, em momento calmo, como na apresentação de 2003. Blue Orchid, a música nova que funciona como nenhuma outra música em um show deles, Seven Nation Army, Hotel Yorba, o início de Ball and Biscuit, seguido de um pedido dedesculpas “Sorry, I made a mistake” (como assim? Erro foi não ter tocado!) Jollene, I Just Don't Know What To Do With Myself, que teve o refrão cantado sozinho, e em uníssono pela platéia, em momento de alegria de Jack durante o show. Espaço para dizer que ambos pareciam felizes e se divertindo durante o show. Inclusive, conversando com o público, coisa que não aconteceu durante a primeira visita ao Brasil. Em certo momento, jack disse que Meg estava tendo good times in Brasil e que eles adorariam voltar a qualquer hora aqui. Além disso, em uma quase declaração de amor, disse que poderia ficar ali em cima tocando por horas e horas para a gente - histeria da platéia – mas que infelizmente ele teria que ir para São Paulo – vaias da platéia – mas que no dia seguinte voltaria para o Rio de novo – palmas da platéia.

Voltando ao show. Passive Manipulation, a mini-música cantada primeiro por Jack, ao piano, e mais tarde por Meg, nos tamborzões. My Doorbell, música do disco novo, assim como Red Rain, gritada a plenos pulmões, com raiva atípica. Excelente momento do show. Em certa parte, uma iluminação vinda de baixo projeto, meio que sem querer uma sombra de Jack no pano de fundo. Se o que dizem é verdade, que a sombr capta a alma da pessoa, eu estava ali presenciando um momento de possessão, digno de Robert Johnson, o bluezeiro americano que vendeu sua alma ao diabo para tocar bem guitarra.
I Think I Smell A Rat, We're Going To Be Friends, momento mais calmos.
Alguns covers, até daquela música dos anos 80 (até vocês?!) que cantava no refrão “sorry” e que era meio melosa. Ah, claro, não podia faltar The Hardest Button to Button, que abriu a roda do pogo e foi genial. Na última música, um cover de alguém ou uma música nova que nunca ouvi deles. Muito boa. Jack aproveitou e ensinou o refrão para a platéia, pedindo para que cantassem com ele. Cantaram. Cantamos. E saímos com um sorriso esperto no rosto. Como eles, aliás.




sábado, junho 04, 2005

ei ei ei.
Rio agora.
Sábado à tarde, preguiçoso.
Ia assistir a uns shows em um sebo em copa, mas não vai rolar. Vou ficar por aqui afagando as mais novas aquisições, lindas que só, que vão continuar enchendo a minha já cheia estante. Hoje a conta foi feia, mas tem Travis, Scissor Sisters, Sick of it All, Led Zep (é, comprei o fisical grafite, mas também tinha acabado de sair de um show do white stripes), otto (só faltava o changez tout. Faltava!), George Harrison (pra Lu, gente. Pra lu. heheheh) e outras coisinhas mais.

E o final de semana ainda tem Guinness no Irish Pub hoje de noite e Paradiso, lá na Matriz. Mas o motivo maior de estar aqui é/foi o White Stripes.

E como foi. Preciso dizer que esse show foi grande, apesar de pequeno. Duas pessoas, dois instrumentos (bom, no palco tinham mais)e uma hora e tanto de felicidade e pula-pula. É incrível como é agitado um show dessa dupla. É incrível como o público se hipnotiza com a Meg e com a guitarra de Jack. é tão incrível, que merece um post decente, escrito e salvo no word, onde não corro o risco de perder todas as nuances da noite em minha escrita. até lá.

quinta-feira, junho 02, 2005

Bom, bom, bom...

ó Outsider, escrevo quase toda semana. de preferência 2ª e 3ª.
é que são o dias mais fáceis de escever. Mas semana passada teve feriado e trabalhão nessa semana de agora. Enfim...

Bom, o White Stripes está crescendo aos poucos. mas devo dizer que foi uma verdadeira brochada ouvir o disco pela primeira vez. Sabia que tinha pouca guitarra, que era piano, que era a porra da marimba (que desgraça é essa?!)...
Mas brochei. Espero que Jack esteja muito, mas muito nervoso no dia do show.
Porque se eu pagar avião, ingresso (caro pra cacete) e merchandising do show e ouvir pianos e orangotango na bateria... sei não. Acho que quebro um dedo do safado. Pode ser aquele cheio de pinos mesmo.
Ufa. consegui entrar no blogger.
Bom, vamos ao texto então:

O micro já deu pau e já está na assistência. Eles me prestam a devida assistência, enquanto empresto a eles minha paciência. Felizmente baixei tanta coisa (e gravei 3 discos de MP3) que agora, mesmo sem computador, posso colocar em dia as audições das novidades nem tão novas assim. E foi nessa de colocar em dia que me deparei com um discaço, já lançado por essas paragens. E sabem como fiz para ouvir o disco? Apertei um botão. Sacaram?
Push the Button. O incrível disco dos incríveis Chemical Brothers. Uma maravilha no nível de quem já cavou seu próprio buraco. Sacaram de novo?
Dig your own hole, o clássico Brotheriano.

E digo que Push the Button é uma maravilha apenas por suas músicas mais urgentes, aquelas que te pega e dá uma sacudida, como se quisessem te falar:
“Ei , me escute!!! Valho a pena.”
Sim, eu sei que valem. Galvanize, The Boxer, Believe e Hold Tight London fazem um quarteto inicial que só não é melhor porque Come Inside é a quinta música. Se ela estivesse ali, entre as 4 primeiras, sei não. Mas então já são cinco as maravilhas do álbum? Sim, são.

Um tempinho para respirar, para a química dos irmãos se assentar no cérebro e uma calmaria que logo depois é quebrada com Marvo Ging e Surface to Air, que deveria ter sido lançada há alguns anos atrás, junto com Born Slippy. Viraria hino e trilha de filme de ação inglês esperto.

O tempo passa, amigos, mas a química continua potente e fazendo a cabeça com o mesmo efeito de antes. Viva o sintético, mais orgânico que nunca.

segunda-feira, maio 23, 2005

A diferença.

Com o velox a mil, o soulseek nervoso e eu mais nervoso ainda, tentando tirar o atraso de meses sem novidades, baixei esse fim de semana dois discos recém-lançados (ou quase lançados).

O do Weezer, Make Believe e o do System of a Down, Mezmerize.
Bom, escutei os dois, seguidos, e a conclusão foi óbvia. O Weezer, deu o que tinha que dar, fez bons discos (bons, não geniais) e continua se mantendo, fazendo boa música, com mais ou menos regularidade, acertando hora sim, hora não. O Make Believe tem algumas boas músicas, como This is such a pitty, My Best Friend, Perfect Situation. Mas não se sustenta na primeira audição. Voltaremos a ouvir uma ou outra, talvez o disco inteiro de novo, descontando a ele o devido tempo. Afinal, uma primeira audição pode causar uma impressão errônea.
Ao contrário do que o Make Believe mostrou, o Mezmerize está assustador. Se não genial a todo momento, como Toxicity, coeso e estranho ainda. Já li que ele está mais acessível, menos complicado. Não sei. Talvez, para os velhos fãs, a banda possa estar naquele meio termo entre a demência e a procura da melodia perfeita. Para quem nunca a ouviu, vai soar estranho e perturbador. Mais uma ouvida em quatro ou cinco músicas das onze do disco e logo, logo percebemos que o danado vai rodar e muito por nossos cds players.

Analisando friamente, um ficou para trás e o outro está a frente de tudo que pode ser pensado musicalmente hoje em dia.
As coisas estão de volta ao normal. Ontem passei o dia descansando e vi, de bobeira, o Top 20 Brasil da MTV. Na verdade, vi o número 1, apenas. E, para minha surpresa, não era mais uma banda-de-rock- de- americanos –crescidos- nos- subúrbios- comendo- cereal- sabor- isopor- revoltados- com- sua- vida- cheia- de –previlégios- e –sem- perspectivas- de -dificuldade. Ufa. Eram os Backstreet Boys de volta. Deus, como eu amo os backstreet boys. Um pouco de bom senso nunca é demais. Vamos lá minha gente, BB é banda para top 20 brasil. As menininhas gostam. Elas TÊM que gostar. Deixem o pseudo-rock morrer. Deixem o rock em paz, de lado. Chega de ouvir moleques se achando os entendidos vestindo camisetas do CPM ou do Good Charlote. O buraco é mais embaixo.
E digo isso, pois os ouvintes do “rock” MTV raramente se aprofundam no quesito, salvo uma ou outra exceção. Eles estão lá, consumindo aquela merda (por falta de outra palavra), por pura falta de opção. Se daqui a pouco, GG Allin for a peça da vez, ele será consumido e esquecido, como é típico da juventude de hoje.E sem questionamentos, o que é pior. Tudo é descartável, desde o papel da sala de aula aos ídolos que, a cada ano que passa, têm prazo de validade cada vez menor.
Enfim, é bom ver o backstreet boys de volta. É um sopro de novidade, por mais que eles sejam das “antigas”. E sabem o que mais?
A música deles, Incomplete, é boa pra caramba. Tem melodia, ritmo, uns vocaizinhos clichês mas nem por isso menos legais. Já baixei na internet e escutei várias vezes ontem. Foda-se o preconceito.
Pelo menos é muito melhor que ouvir aqueles caras pintados com cabelos espetados gritando, como se estivessem morrendo de ódio dos iraquianos, que são realmente a maior praga do mundo para eles.

***
Espaço para avisar aos leitores que não assisto MTV, salvo raras exceções quando preciso de música para trilha sonora da faxina ou da feitura do almoço. Se bem que música na MTV virou luxo, artigo supérfluo.

quinta-feira, maio 19, 2005

Não falei sobre a festa. A da sexta-feira treze. Foi no centenário. Foi bonita, super bem decorada. Ela começou um pouco vazia mas depois começou a encher. As pessoas levaram o dress code a sério, o que foi MUITO legal. Cabecinha não é muito o problema do pessoal.

Bom, antes de ir para a festa, eu já meio chumbado de uma gripe que nem começava nem saia de cima, fui assistir ao show da nana caymmi. Muito legal o show. Calmo, piano batera, baixo e voz. O som estava bom, a platéia tranquila, todos sentados assistindo ao show. No fim, bateu aquela leseira. Mas ainda tinha que ir tocar na festa. Passei em casa, botei minha blusa preta, já meio cinza de tão desbotada e parti pro cent.

Começa o meu set. O case, defasado, estava estranho como nunca. Me perdi nele, não achei os discos, não encontrei as músicas. E nem o fone bom que estava lá ajudou. Foi tudo tão ruim, tão pesado que passei a dizer que aquela era a MINHA sexta-feira 13.
Uma noite para ser esquecida. De verdade.

Enfim, terça foi instalado o velox. Pela minha condição física e psicológica, fiquei afastado dele. Preciso de tempo e de disposição para encarar a internet e o computador depois do trabalho. Já passo tempo demais sentado olhando pra tela.
Mas prometo me esforçar e fazer o velox valer todo o trabalho que deu para instalá-lo ainda por estes dias. Soulseek prepare-se. Estou de volta.

segunda-feira, maio 16, 2005

O almoço estava uma delícia.
Era uma data especial. As datas especiais merecem almoços especiais. Datas especiais merecem dias especiais. Com a família, com os amigos, com mente livre, leve e solta. E, acima de tudo, feliz.

Agora, de barriga cheia, com trabalho por fazer, me lembro de outros dias especiais. Natais, páscoas, aniversários de amigos, da família, de namoro, feriados, viagens. Esses dias são como todos os outros, mas se tornam especiais porque neles nos permitimos um sorriso, um abraço, um afago em quem se gosta. São dias leves, que passam se trazer o peso da vida, das responsabilidades, de perspectivas para o futuro, sempre incerto.
Hoje é um dia leve, para mim, um dia levíssimo.

Se você ainda não o fez, aproveite esse espaço e me deseje feliz aniversário.
Ano que vem faço 30.

quinta-feira, maio 12, 2005

Quinta-feira e, sim, resolvi escrever.
Não há nada muito novo, nada de espetacular, mas o tempo permite uma parada. As hora dão uma trégua.

Nesses momentos, fico a matutar. Toda vez que escrevo, repito as mesmas palavras. As mesmas expressões. Fico me erpetindo, como se quisesse me convencer de que posso escrever com as 5 ou 6 frases feitas que sempre uso. Como se quisesse ver sempre as 7 ou 8 palavras que acho que ficam boas em um texto.
Sou capaz de passar uma tarde inteira pensando, criando roteiros, cenas, diálogos, enquadramentos, mas não consigo parar dez minutos em frente ao computador para escrever algo que me traga apenas prazer. A não ser estes ridículos escritos repetitivos que às vezes brotam em meu blog.

É um desabafo. É uma pegada no pé. Preciso me cobrar mais, cada vez mais. Ou paro de vez no limbo da acomodação com todas as partes de minha vida nas eternas zonas de conforto.

quarta-feira, maio 11, 2005

Da série Textos pela metade

Os trinta anos estavam ali, na outra esquina. Ainda assim, Tiago parecia um garoto no auge dos seus quinze anos. Seu corpo não havia mudado muito, como o de seus amigos de faculdade e de colégio, os poucos com quem conseguiu manter algum tipo de contato. Os amigos, antigas lembranças da recém passada adolescência e do começo da vida adulta estavam diferentes. Umas colecionavam cabelos mais ralos, grisalhos, barrigas protuberantes, mulheres e filhos, dores nas costas, nos joelhos, nas cabeças. Elas, pesavam mais do que antes, os seios já haviam se despedido da antiga forma, findado o combate com a gravidade ou com a sucção da boca de seus filhos.

Os outros nomes, que frequentaram as mesmas pautas durante certo tempo, se perderam pelo mundo. Poucos até já não estavam mais nele.
Tudo cansa. Viver cansa.
Viver cansa tanto que chega uma hora, você decide parar tudo só para descansar.
Para sempre.

***

Nuca gostei dos Correios. Mas agora I fell in love with the Postal Service.
Moderno como só. Diferente, barulhinho bom. Antigo, mas antes tarde do que nunca para se parar e tirar a poeira dos mptres. Ouvido com cuidado, poderia ter sido melhor divulgado. Ouvido agora, guardo a gema para meu único e exclusivo prazer.

***

terça-feira, maio 10, 2005

Feliz ninguém rende. Feliz, ninguém nunca rendeu.

A felicidade não é boa para a produção.
Agora, em homenagem a severina que anda peos viadutos debaixo da terra, e habita uma parte da vida de todos nós, um texto rápido.

Está sempre lá. É abrir, ler e sentir.
Dói, ânsia de vômito. Sapos e sapos.
Bela sopa de batráquios. Engulo tudo, lambo o prato e
dou a patada para o maitre.
A conta, ele traz quando quiser. Será a hora de pagar por tudo, tomar o café
Limpar a boca no guardanapo de pano, já com alguma sujeira da refeição principal.
Vou me levantar, lentamente, e deixar o restaurante para trás.

Se comi bem, prometo voltar. Se a rã me disser no dia seguinte que estava com dor de cabeça ou indisposição, não olho mais para o outro lado da rua.
Porque a internet precisa ser tão colorida?
Até mesmo quando estou lendo algo interessante, um cabeçalho hiper colorido chama a atençnao de todas as pessoas a minha volta. Principalmente aquelas pessoas que tem mania de achar quea internet também é uma forma de fuga do trabalho. Não, não é. É momento de parar, pensar, ler qualquer coisa (mesmo sem cor) e tenta achar um foco, cada vez mais lá no fundo, cada vez mais desfocado por milhares de percepções ou desvios de atenção que tenho a cada segundo.

A internet em preto e branco seria uma involução? Seria como voltar para a idade média da época televisiva, onde não conseguíamos distinguir o rubro do Internacional do verdão do Palmeiras? Ou seria uma evolução, já que as letras geralmente vêm em preto no fundo branco? Seria uma forma da Internet se aproximar da literatura de papel, onde os textos são importantes, onde o conteúdo é o que importa ou estanmos fadados a viver em um mundo MTVsivo, de cortes rápidos e dificuldade de entender as coisas, visto a rapidez com que se mostram e vão embora. A cor é forma. O preto e branco é conteúdo.
blergh. e é só.
get behind me não sai da cabeça
vade retro.
vade retro
leave me alone


tiras brancas pela cabeça
A alta-sociedade abre espaço para a anti-sociedade. Quer fazer parte dos mulambos que fazem sucesso? Quer sair nas colunas lados B da vida?
Una-se ao alto escalão da anti-sociedade.
Nós somos como somos, não seguimos tendências, não queremos ser magros, bonitos ou bem vestidos. Só queremos ser felizes e nos divertir.

Nós da anti-sociedade cagamos para as convenções de comportamento em público. Dançamos quando queremos, mostramos a barriga quando queremos, rasgamos a boca engolindo copos quebrados quando queremos. Nós bebemos muito, rimos alto, apontamos e fazemos piada de nós mesmos. Afinal, a vida é apenas uma grande piada que não tem a menor graça.

Não fazemos pose, não ouvimos o que toca na rádio e só frequentamos boates com o intuito de conseguir sexo de graça e beber descontroladamente. E você? Quer aparecer nas colunas sociais fazendo biquinho ou quer começar a aproveitar a vida o quanto antes?

segunda-feira, maio 09, 2005

Olá.
Estou aqui para relatar… não, relatar não, para ovacionar o show do massacration.
Mais do que um show (sim, eles tocam de verdade e tocam bem), o espetáculo foi sensacional.

No começo, o gordinho do Hermes e Renato entra, com roupa social, pega um violão e senta num banquinho…
- Olá. Vim aqui mosrtar meu trabalho. Uma coisa assim, meio MPb e meio Bossa Nova. É, Bossa Nova sim.

E aí ele começa a cantar uma música, cuja letra dizia afoxé ad infinitum. Eis que nossa noite é salva com a chegada de JOSELITO, com duas ripas de madeira de isopor… E adeus cantor de churrascaria, adeus Emerson Nojeira, Jorge Testículos e porcairas do gênero. Entram os verdadeiros Deuses do Metal e detonação para todo lado. Música alta, pesada e, acima de tudo, bem-feita. Riffs matadores, muita bateção de cabeça e mais um ou dois esquetes de comédia no meio do show. Melhores que muita bandinha de moleque por aí, o Massacration estava perigando se tonar uma piada longa demais. Mas eles não ficam fazendo cover, ou tocando músicas para encher linguiça. Foram as 5 músicas deles mais um bis de Metal Bucetation.
Um show do tamanho que deveria ser.

Agora, a platéia… desde moleques e ninfetas pré-adolescentes aos metaleiros fedidos de preto, com camisas que variavam de Blind Guardian a Manowar, passando por Iron Maiden e cabeças de bode e pentagramas. Emocores, hardcores e posercores. Na verdade, pouco importava a sua turma, o seu estilo, o lugar estava completamente lotado. Todos loucos para ver a tal da banda da MTV. Legal, legal.
Mas é de se questionar o que leva o maior público do Ibiza para ver uma banda que não é uma banda. Para ouvir músicas de um programa de humor. Talvez a música fosse o menos importante e aí, poderíamos quesionar:
E para esse público, alguma vez a música foi o mais importante?

quarta-feira, abril 27, 2005

Quero o novo do System of a Down.
Quero o novo do White Stripes
Quero o novo do Coldplay

Queria o do Hives.
Queria o Super Furry Animals.

Talvez vá querer algo real um dia.
Por enquanto fico na preposição.

***

Nunca me imaginei ganhando um salário mínimo e tendo que pagar por todas as minhas contas. O salário é o que? 300 pilas?

Não pagaria nem o condomínio do lugar onde moro. Mas vamos lá, não iria morar lá normalmente se ganhasse um salário. Iria morar em algum outro lugar mais simples. Iria pagar 50 reais de aluguel. Sem condomínio, lógico. Hum.. em favela se paga aluguel? Não sei. De verdade.

Comer… Bom, sem sanduiches na rua, sem pizza e sem coca cola. Muita groselha, Xuap, pão de sal com claybom. Arroz, feijão, ovo e carne. Salada, só de sacolão e que tenha um bom rendimento. Como cenoura, repolho, chuchu.

Ia ouvir rádio, beber cachaça (dá grau rápido e e barata), ver jogo no buteco.
Churrasco, só de convidado na laje dos outros. Domingo é dia de praia, que é de graça. A gente mesmo leva o almoço ou o dinheiro pra um picolé. Ou vai vender o picolé.

Lavar roupa é na mão, óbvio.
Filme? Cinema? DVD? Hum… fico com a Tela Quente da Globo, depois que comprar a televisão. Quatorze polegadas, sem pestanejar. Escola é pública, cortar cabelo é em casa, sandália é Havaianas, tênis é Havaianas, sapato é Havaianas.

Pendura, fiado, caderneta e crediário iam ser parte integrante da minha vida. Assim como aquelas mais complicadas como SPC e SERASA. Que diabos isso quer dizer?

Caramba. Pare um segundo. Com uma vida assim, com certeza seria um ladrão ou entraria no tráfico. Não dá, minha gente. Não dá.

Parabéns às pessoas que conseguem, que sobrevivem, que mantém a dignidade e a honestidade sob circunstâncias tão adversas.

E você, já parou para pensar se não tivesse o que você tem e precisasse passar por uma vida de batalhas e lutas de verdade?
Posso dizer uma coisa?
Esqueçam os quero, queria e poderia querer. Tudo o que tenho me basta. Estou feliz.



Hoje não é terca, nem segunda. Mas resolvi escrever para falar do disco “novo” do Kings of Leon. Novo entre aspas porque é do ano passado, se não me engano, e só agora está saindo no Brasil. Beleza. Chance de comprar a 10 pratas no Martini.

Lembro da turma ter pirado no primeiro disco, que na verdade não achei nada demais. Era legalzinho, mas só isso. Na época o Electric Six era minha única obsessão. Coincidentemente o Electric Six lançou faz pouco tempo seu segundo disco, sucessor do fenomenal “Fire”. Enfim, vamos ao que interessa. Já tenho o disco em mp3 faz um tempo e NUNCA tinha parado para ouvi-lo. Até que hoje li a coluna do Arthur Dapieve no sítio Nomínimo, falando sobre os caras e para saber do que ele estava falando fui escutar com cuidado a … a o quê? Bolacha? CD? HD? Playlist?
Bom, ouvi. Estou ouvindo. Já passo da metade das músicas e posso afirmar que essa segunda investida está mais segura, mais concisa e mais bela que a primeira. O som está mais gostoso de ouvir. As melodias estão fortes, mais pegajosas de primeira. Sem muitas novidades, no entanto. Só a qualidade das composições que está visivelmente mais alta. Nada mal para quem veio de um primeiro trabalho super elogiado.
Resumindo: basicamente, as pessoas que gostaram do primeiro álbum vão gostar deste Aha Shake Heartbreak e, de quebra, talvez o Kings of Leon consiga levar suas canções contry ‘n’roll para um público mais amplo, sem mudar em nada seu estilo.

terça-feira, abril 26, 2005

Coisas que você nunca viu.

Coisas que nunca vi.
São coisas que duvido que existam.
São as saídas de fábricas com seus trabalhadores cheios de vida, vegetando em frente aos robôs.
São as soluções mágicas para todos os nossos problemas, como bingos, sorteios, loterias, mesas de poker, caça-níqueis.
São as dietas de sete dias vendidas por Emmerson Fitipaldi ou o Ab-shaper do Pelé.
Coisas que já vi e sei que existem. Coisas que preferia não ter conhecimento.
São as bandas novas, cheias de energia, emulando tudo o que foi sucesso e ainda vende shows e discos.
São as Polianas do mundo, independente de sexo, vendo tudo pelo bright side.
São as boas continuações de filmes deploráveis, são as continuações envergonhantes de filmes maravilhosos.

A coisa, o prazer, a terra.
Prefiro a roça, a ignorância, a vida tranquila à realidade onipresente, presente da internet, da linha telefônica, das agências de notícias, do computador pessoal. A realidade que te coloca tão próximo de todas as maravilhas criadas e vendidas pelo homem e ao mesmo tempo te frusta, por deixar tão longe seus desejos e medidas. Tudo é belo e lindo atrás de uma tela. Inalcançável do lado de cá.

Viva com isso. Me dê um sorriso. Um beijo de bom-dia, um pílula para dentro e vamos que vamos. Enfim, tudo isso acaba um dia…
E o final de semana?
Foi, né. Passou.
Mais alguns dias e outro logo estará em nossas caras.
Grandes coisas, o final de semana.
Coisa sem graça. Assim como a semana.

Sexta parece que vai ter festa. Não tenho certeza.
Preciso de $$$.


Preciso ir ver meu joelho. Já passou da hora de ver o que é essa dor nele. Peso, deve ser.
Volto à dieta. Ontem já meio que comecei de novo. Mas preciso parar de comer às 18/19h no máximo. Como isso é possível se trabalho até às 19h15?
Trago para o trabalho meu lanche final do dia? Saladas? Frutas? Pães e bolos? Água?

Ontem rasguei uma receita de DUAS caixas de Paroxetina. Não tomo remédios faz um bom tempo. Tomo cerveja. Preciso parar de tomar cerveja. Preciso comprar uma cama, uma estante. Preciso receber mil reais a mais por mês por dois meses.

Quero férias e 13º salário. Quero viver sem trabalhar, com grana, fazendo textos, ginástica, ouvindo músicas, cozinhando… Enfim, só fazendo as coisas boas da vida.
Mas não dá, né…

Bom, pelo menos dia 07/05 teremos um show do Massacration no Planeta Ibiza.

terça-feira, abril 19, 2005

Experiências de um mundo globalizado.

Quando o Papa JP II assumiu, não deve ter tido toda essa pompa, todo esse espetáculo que foi com o Bento XVI. Todos os olhos católicos do mundo estavam colados na Globo do Vaticano. Foi legal. Ficamos assistindo uma janela fechada, com uma cortina vermelha. Bem Big Brother. Aquelas cenas que não são nada. Uma pessoa almoçando, outra vendo os pássaros voarem. Eu, grudado na frequência, esperando um arcebispo (era cardeal?) chileno dizer o nome do novo papa. Irmãos e irmãs. Habemus Papa.
Joseph alguma coisa, Bento XVI. O papa global, que deu sua benção pela Rede Globo e pela internet para todo o mundo, ao vivo.
Hoje recebi a benção de um papa e para comemorar vou trabalhar até bem tarde.
***
Não é sacanagem, mas achei do caralho ver toda a tradição da escolha de um papa, de sua apresentação, sua simbologia, não só para o mundo católico, mas para o planeta inteiro.
Foi legal.
Terça. Outro dia que escolhi para escrever.
Mas estou com muito trabalho para fazer e não queria escrever nada que se parecesse com um diário.
Então, droga, fico sem ter o que escrever. Estou cansado, sem dinheiro, com sono, querendo ler mas sem vontade de parar para abrir um livro.
O corpo todo está lento, pesado. Parece que falta alguma coisa. Alguma coisa que faça a diferença. Um brilhinho a mais.

•••

Assisti O Filho de Chucky. Aluguei enquanto a Luciana viaja. Tenho certeza que ela não se sentirá chateada por não ter visto esse filme. Nem as Crônicas de Riddick, com o gigantão Vin Diesel. Mas o filho do chucky é um filmão. Comédia assumida, com referências legais a outros filmes de “terror”. Sangue por toda a tela e algumas cenas memoráveis, como a do paparazzi e a do CVV.
Vale a pena, se a mente não for pequena (só pra rimar).

***
Domingo fiquei o dia inteiro em casa. Arrumei umas coisas e vi tv. Quando deu 22 horas, cansei de ficar em casa o dia inteiro. E resolvi sair para pegar um ar. Fechei uns 3 sacos de lixo e fui no térreo jogá-los no lixo. Depois voltei para casa e fui dormir.

segunda-feira, abril 18, 2005

Subiu a fumaça. “habemus papa” (é isso mesmo?!)
Ah, não. Não foi hoje. Não habemus papa hoje.
Olhe lá, como é negra a fumaça que sai da chaminé do Vaticano.
A Capela Sistina está tristinha. Não sabemos ainda quem é o novo enviado de Deus na Terra.
***
Em 2034 um asteróide vai bater na terra. Terei, se chegar lá, 58 anos. Estou perto de morrer. Mais do que penso. A vida está voando e até agora, não parece haver sentido algum. Mas vamos nos anestesiando com computadores, jogos, copas do mundo, bebedeiras no final de semana, churrascos, mp3, livros, cds, almoços fora, lavagem de roupas e louças.
Que coisa. Essas atividades rotineiras deveriam ser proibidas de serem feitas. Ô caralho. Não preciso andar vestido, não preciso lavar o chão onde piso. Posso apenas tentar aproveitar o resto do tempo que me resta viajando, conhecendo os quatro cantos do mundo? Ah, não posso, não. Preciso de dinheiro que só conseguirei trabalhando trancado em uma sala. Hum… e trabalhando, mesmo com o dinheiro não poderei viajar, pois preciso comparecer todo dia pela manhã para bater o ponto. Ah, mas tenho as férias. Pois é, só que até chegar nas férias preciso de um lugar para morar e ele me toma tempo e dinheiro para mantê-lo. Assim, nas férias não tenho dinheiro para viajar. Mas a esperança nunca morre e, quem sabe, ano que vem eu não consiga viajar?
(o tempo passa, você morre e nunca vai ter conseguido fazer nada que gostaria de verdade).
Chega.
Paulo se levantou e correu para a porta. Ela estava aberta, como sempre. Do lado de fora, o dia. Árvores, ruas apinhadas de gente, o vento. Paulo não conseguiu se mover. Era tudo muito diferente. A liberdade para ele era a prioridade número um, mas quando se deparou com ela, percebeu que sua


(fui interrompido. A história de Paulo continua outro dia ou foi perdida para sempre. Não sei ainda)
Música do dia:
Angel's Wings (Acoustic) - Social D.
Segunda. Bom dia para escrever.
No ouvido, rock. No coração, blues.
Ontem fiquei de quatro na sala para esfregar o piso branco que estava sujo. Depois lavei um tanto de louça. Usei a churrasqueira para grelhar uns bifes. Comi com tomate e alface. Hoje acabaram as frutas e as verduras. Fim de semana sai da dieta, com média força. Podia ser pior, podia ter saído com muita força. Mas não senti nada. Nem um refluxinho. Ótimo.

Hoje rolou um café com leite, que nem pensou em sair goela acima. Que bom. Segunda é dia de voltar para a dieta da semana. Assim, mantenho a saúde do estômago, meu bom humor e as calças 46 que estou usando.

Acordei com o braço dormente. Ando acordando muito com o braço dormente. Devo estar dormindo todo torto. Enfim, foi o estopim para uma meia crise de pânico. Estava a muito semsentir nada e estava até me acostumando com isso. Deve ser a dieta, a volta da saúde, coisas assim.

Anyway, vocês devem estar de saco cheio de ler sobre a minha vida. Mas é assim que pretendo manter contato com todos que não me vêem sempre.


****
Já se senti sozinho? Pois é. Estou assim. Apesar de ser legal, até um pouquinho bom, não quero continuar assim por muito tempo. Um feriadão se aproxima e já começo a fazer planos para me cercar de gente logo que possível.

***
Paradoxo. Com um carro poderia ir para praticamente qualquer lugar nesse feriado. Sem dinheiro não posso ir a lugar nenhum.

***

Por falar em dinheiro, alguém tem aí uns mil contos pra me emprestar?

quarta-feira, abril 13, 2005

ei, hoje é quarta. Não era dia de escrever....
tó Carol, não respondi no comentário, não. Preferi escrever um post novinho.

Nunca subestimei a saudade. Inclusive, foi desde cedo que aprendi a força que ela exerce sobre as pessoas. Quantas viagens terminaram em um banheiro, entre trincos na porta e lágrimas na pia. E, engraçado, esse é um sentimento com o qual você não aprende a conviver com o tempo. Querendo ou não, lá vem ela, cheia de dentes, mordendo sua atenção e te levando anos para trás. Ou mesmo alguns dias, não importa. Quando ela resolve atacar, é que percebemos o quanto é ruim sermos seres racionais conscientes de nossa finitude. Pois é apenas a morte iminente que faz com que tenhamos esse sentimento, da falta de um tempo específico, de um cheiro familiar, de um abraço quente ou mesmo de alguém nem tão especial.
Então vamos ao texto veríssimiano.

Luis Fernando Veríssimo
(sempre assinando o texto antes, nunca depois)


Hoje acordei de manhã. Era um dia qualquer, como todos os outros. Entre o xixi matinal e a primeira golada no café quente feito por Dona Maroca, pensei o porque de tantas atitudes normais, repetidas, rotineiras em um dia. Geralmente acordo no mesmo horário, percorro o mesmo caminho até o banheiro e depois para o café de Dona Maroca. Depois almoço no mesmo horário, no mesmo restaurante a quilo, escrevo minhas crônicas durante a tarde e tomo meu lanche lá pelas cinco da tarde. Preferia estar lá no meio dos imortais, no chá da Academia Brasileira de Letras, mas ainda não me aceitaram lá. Quem sabe quando morrer vire imortal, apesar do paradoxo.
Mas voltando à minha rotina, comecei me achar repetitivo e previsível. Comecei a questionar a qualidade do que escrevo, me sentir velho e decadente e, pior de tudo, pragmático. E quando você começa a se achar uma dessas palavras complicadas, que dificilmente alguma pessoa comum sabe o significado, é hora de aposentar as chuteiras. No meu caso, as canetas.
No entanto, ante a névoa que cobre meus olhos enquanto revejo miha vida (e que não é obra da catarata, que operei ano passado) consigo vislumbrar uma saída, uma mexida necessária no meu dia-a-dia. A solução para a pasmaceira, para a rotina cansativa e envelhecedora na qual estou preso. Amanhã mesmo demito Dona Maroca e começo a fazer meu café.
Me surrem. Me batam. Acabem com minha moral (será que tenho alguma?).
O disco novo do Judas Priest está muito bom. Metal dos bons, das antigas, feito por gente que entende. Só guitarra, voz, bateria fulminate, riffs destruidores, solos agudos como faz muito tempo não via. Nada daquelas presepadas de cara pintada, de voz de quem engoliu um roto rooter e está tentando se livrar dele com vômito, nada de órgãos (MEU DEUS!!! Órgão em metal não dá!!), nada de épicos, nada de suítes.
Porra, som de verdade. Se fosse mais cabeça dura diria, som de macho. Mas e daí? O Jean ganhou o BBB e eu torci para ele.
***

desde já marcado um motorhead pra gente dissecar essa belezura!

***
Só para constar, só tinha um disco do Judas antes desse, o Painkiller. Outro clássico!!!
Ok. Cansei. Chega de receber textos mal escritos com o nome de grandes escritores brasileiros. Pela milésima vez recebi um do L.F. Veríssimo.
Pô, minha gente, o cara é gênio. Não perderia seu tempo escrevendo pequenos textículos para mandar por e-mail para um milhão de pessoas, iniciando uma corrente literária de spam para aumentar a cultura do povo brasileiro.

Sem falar na pobreza do texto, nas palavras mal escolhidas, no conjunto de idéias semi-prontas de piadas de internet.

Sendo assim, resolvi, eu mesmo, fazer um texto do Luis Fernando Veríssimo. Nossos nomes já são iguais mesmo, não custa nada assinar um texto qualquer com o sobrenome trocado. Sai Taylor de Carvalho entra Veríssimo. Sim, estou falando sério. Seríssimo (hahaha, não podia perder essa!)

Daqui a pouco, nessa mesma página, talvez nesse mesmo dia.

terça-feira, abril 12, 2005

Vamos lá, vamos lá, que hoje é dia de postar.
O trabalho corre por todos os lados, como um cardume faminto de tubarões que acaba de sentir o cheiro de sangue na água. O cheiro sai de mim, claro.
***
Mas vamos lá.
O estômago vai muitíssimo bem, obrigado. Já a língua sente falta de um tempero, de um paladar mais apurado. As outras pessoas não sentem falta do cheiro de alho. Eu sinto falta de comer farofa. Vejam só, farofa. Podia ser Macdonalds, milk shake do Bob’s, cerveja, daiquiris, tira gostos de berinjela, pimentão, pizza com muita cebola, espaguete a bolonhesa, tutu de feijão com linguiça guanabara…
Mas sinto falta mesmo é de farofa. Daquelas com bastante alho frito, ótimas para acompanhar um bifão, e um arroz com feijão cheio de pimenta.

Nham Nham.

Bom, com a dieta para o estômago, acabo perdendo uns quilinhos. Já tem umas calças frouxas e a vontade é aproveitar e me jogar no mundo da malhação. Correr, pedalar, levantar ferro. Acordar cedo e ir andar na praia, bater braços no mar. A gente fica mais feliz, que coisa.

segunda-feira, abril 11, 2005

Bom, devo confessar que pensei bem antes de escrever isso aqui.

Não que eu não queira deixar meus 2 leitores com notícias boas a meu respeito, mas é que aqui é meio que um espaço tristonho, né? Melancólico, sem espaços para muita alegria.

Vamos esquecer isso, só por hoje?

Estou feliz. Não por nenhum motivo, mas por estar seguindo a risca uma dieta que, mais do que emagrecer, tem como objetivo melhorar a saúde do meu estômago. E ele está respondendo bem ao tratamento VIP que está recebendo. Não sinto mais meu peito prestes a explodir, não sinto minha garganta quente com gosto de comida o dia inteiro. Aí paro para pensar:
Será que comia tão mal assim? Poxa, foi só mudar um pouco minha dieta e pronto, estou curado.
Só para vocês terem uma idéia: sábado almocei salada. Domingo também. Mas faz umas duas semanas que só como salada no almoço. No café da manhã, água e omeprazol.
No jantar, aí sim. Nada de comida de verdade. Frutas, se tanto, suco, às vezes um sanduiche de pão integral e queijo. Espero emagrecer também.

Principalmente por estar abrindo mão de comer coisas que gosto. Ok, principalmente por abrir mão de comer, coisa que gosto.
Como taurino, uma bela refeição, com toda a família reunida, é a perdição. Impossível de evitar. Mas vamos levando. Saúde é o que interessa, o resto não tem pressa.


(esse texto está uma bosta...)
((mas preciso postar alguma coisa hoje. Afinal, segundas e terças são os dias das minhas postações))

quarta-feira, abril 06, 2005



Daqui de onde trabalho posso ver, pelo reflexo na tela do micro, uma mangueira. Pela janela refletida, vejo somente as folhas da árvore, às vezes estática, às vezes a se balançar ao vento.

Hoje uma leve brisa mexe, de quando em quando, uns pequenos galhos e suas pequenas folhas. É a hora de relaxa e olhar para fora, mesmo que apenas pelo reflexo na tela do micro.

Essa moldura criada pelo quadrado da janela me leva mais longe, alguns quilômetros, até um prédio no bairro do Leblon, no Rio de Janeiro. Nessa prédio, de três andares, existe uma janela. A que fica do lado da árvore de natal, que permanece eternamente montada em meu pensamento. Dela posso ver carros, ônibus, brigas, tiros, pessoas.Dela posso ver o passado, as conversas, o gosto do café, um posto, o cheiro do mar e da chuva, o bacalhau e as risadas fáceis de depois do almoço.

E a janela do Rio, coincidência maior, serve exatamente de moldura para galhos e folhas, estes maiores e mais fortes. É para lá que a mangueira que vejo na tela me leva. Para a castanheira, sempre ao vivo, do prédio do Rio, balançando de verdade e não apenas em um reflexo. Isso é o sentido da felicidade.

terça-feira, abril 05, 2005

O problema dos flamenguistas é essa soberba absurda deles. Só para saber, quem do time deles já foi decisivo para uma das CINCO vitórias brasileiras em Copas do Mundo? Garrincha? Acho que não. Pelé, Jairzinho, Tostão? Romário? Ronaldo, Ronaldinho, Rivaldo? Negativo.

Tudo bem que em 1981 (lá se vão 24 anos) eles ganharam a Copa Toyota e conquistaram 4 brasileiros. Mas daí a não conseguir desenvolver a humildade, um dos mais qualificantes sentimentos humanos, é demais. Parem de olhar para o próprio umbigo vermelho e preto e aprendam a conviver com a derrota. O time é fraco e ponto. A história é linda, mas o momento é medíocre e medonho.

Espelhem-se no botafoguense, desde sempre o mais simpático dos torcedores.

***
pode parecer gratuito, mas depois de um chocolate ainda tem gente que quer contar vantagem. Não dá. DESISTAM.
Foi feio, foi vergonhoso, foi chocolate mesmo! Dá proxima vocês podem ganhar. E aí, prometo, não vou ligar de ouvir toda a ladainha rubro-negra de novo.

terça-feira, março 29, 2005

como diriam os Power Rangers:

HORA DE BLOGAR!

***

Trabalho, hora de trabalho. Mas o ócio da tarde impera e ele não está nada criativo. Criativo é algo que deixei de ser faz algum tempo. Faço textos, frases, planos de comunicação, planejamentos, revisões... Mas criar que é bom, está bem devagar.
Tenho uma campanha para começar, mas e aí? cadê a asia que não me deixa pensar? cadê o ap que nunca parece estar desocupado? cadê o riso solto e fácil que ajuda a ir adiante?

O sono me toma, o cheiro de tinta e a cabeça em trilhões de lugares diferentes me entorpecem e, quando percebo, quero que seje a hora de partir. Mas e hoje, que partir se tornou mais e mais complicado? fazer o que...

deixar a maré me levar e tentar sentir algo, em um corpo já completamente numb.

segunda-feira, março 28, 2005

é uma espécie de preparação.
Preciso ser um cara mais chato.
Estar feliz é preciso quando o mundo é desse jeito. Desse jeito que se inflama ao saber que você, uma pessoa inteligente, que trabalha, tem seu dinheiro, não passa fome e tem onde dormir, se acha infeliz. Desculpem me, minha gente, mas não tenho culpa de morar num país onde a maioria das pessoas daria um dedo para ter o que tenho. Essas coisas daí de cima mesmo. Posso ser infeliz, triste, incompleto por nnao poder descobrir o que faria a minha vida ser valiosa a ponto de nunca perecer perante a humanidade. Humanidade esta que está fadada ao desaparecimento assim que o Astro Rei decidir parar de bombear raios solares para cá e em sua fome estelar resolver engolir a Terra, esse pedaço de poeira no qual nos equilibramos, em um universo cheio de mistérios e desencontros.
O que eu tenho que escrever?
Vejo fotos e fotos, escuto coisas, conhecem o mundo, pequeno desde sempre e me pergunto se a viagem verdadeira, aquela a qual estamos predestinados desde que nascemos não será na verdade a única coisa que irá mudar a minha maneira de ver o mundo.


Como ouvi em um cinema qualquer de uma cidade qualquer, a morte é igual a antes de nascermos. Parem e pensem nisso. Se você não entrarem em desespero mortal, como eu, realmente deve estar mais do que na hora de buscar ajuda profissional.


Questionamentos - Parte I

Trabalho para comprar coisas. As coisas não me acompanham depois da morte. Por que diabos então trabalho?

quarta-feira, março 23, 2005

Gerente:
José Carlos. Diz aí meu amigo, no que eu posso te ajudar.

Cliente:
Pra você que me conhece a tanto tempo, Antônio, eu posso falar. Andei falhando muito nesse ano.

Gerente:
Me conte mais sobre esse assunto. Para o homem admitir que falhou, é duro.

Cliente:
Não adianta. Eu tento, mas não consigo levantar meu negócio. Ele agora anda lá, todo caído. Parece que fizeram macumba.

Gerente:
Vou te liberar uma injeção de ânimo. Você vai ver como seu negócio vai voltar a funcionar.
xi, ia escrever ou melhor publicar um texto meu aqui hoje, mas nem deu certo. deu pau no arquivo e perdi tudinho. aí, para não dizerem que eu não escrevi nada durante a semana toda, escrevi isso aqui, que na verdade não é nada. coisas, não?

sexta-feira, março 18, 2005

Ninguem mais lê letra de música em blog, ainda mais em inglês, mas vou mandar asim mesmo.

I’ve been down this road once or twice before
Through the open door
I come falling through it
There’s a sign post up ahead
Like a watershed
And it opens my eyes
Ways, for me to begin
To be born again
And knowing for the first time
Ways, all so differently
Shine for me to see
The better man that I am

I’ve been places in my head
Behind me worse than what’s ahead
And on my path just like a dream
Takes me from the inbetween
From out of nowhere you came strong as stone
And now I’ll never have to be alone
What it is I know

You have always been my safe home
I walk, I run, I burn out into you
You have always been my safe home
My whole world has moved on

I know what I am and I’ll always be
Your reality, is better than I could dream
All my fears turn from black to white
And I’d stand and fight
The whole world for you
Faith, and destiny
I never did believe
My only God is love and
Faith, what I see in you
And I can hold it true
Like a weight in my hand

quarta-feira, março 16, 2005

e hoje, finalmente, se dá por encerrada a saga do Detran.
Na cena final, nosso mocinho (se bem que em filme independente não dá para diferenciar mocinho e vilão) sai do Detran, pega o adesivo de rebocada, que ele ainda carrega dentro da bolsa, o amassa e joga no lixo.

Assim, ele se distancia do Detran, entra em seu carro e vai para o trabalho.
O carro se afasta, enquanto a câmera sobe, mostrando a cidade ao fundo.

segunda-feira, março 14, 2005

Hoje, por um minuto, pensei quea cidade estava se despedindo de mim. Não é possível, não é provável, que toda a segunda-feira tenha que começar de forma tão errada, de forma tão perdida…

Fui, de novo, ao Ciretran. Dessa vez, com toda a papelada necessária e corretíssima para não ter problema algum. Fui bem recebido e comecei a puxar papo com a atendente que logo, logo, já tinha me dado toda sua ficha matrimonial e divorcial. No papo, vai, papo vem, o sistema do atendimento saiu do ar. Fiquei lá, filho pra cá, sogra pra lá, esperando o desenrolar do serviço público no Brasil. Foi, pelo menos, uma manhã agradável. Sinto que fiz bem a uma pessoa que precisava se abrir, soltar todas as agruras da vida em forma de palavras.

Saí, feliz, afinal, só precisava pagar no banco a taxa e finalmente estaria livre de tudo isso. Mas… Vitória me ama, e o sentimento é recíproco. Adivinhem? meu carro, quer dizer, o da minha mãe não estava onde parei. Pensei na hora: fudeu. Mas fui chegando perto e pude ver na calçada um adesivo, tamanho família me dizendo “ sifu. Seu carro foi rebocado!!!”.

Desespero, problemas em chegar no horário no trabalho… eram 10 da manhã, já estava uma hora atrasado para bater meu ponto. Fui ligar pelo meu celular para a gência e … Meu celular estava cortado por falta de pagamento. O pior? Eu o paguei!!! Mas realmente acabei pagando muito depois do previsto, de modos que tive o danado cortado exatamente no dia em que mais precisava dele. Fudeu.

Fui a um orelhão e liguei a cobrar para a agência, para explicar o motivo do atraso. Mas lá, não aceitam ligações a cobrar. Fiquei na mão. Liguei para a Lu (a cobrar no trabalho dela, putz!!!), e pedi para ela avisar que ia chegar atrasado.

Sentei-me no meio-fio e por pouco não comecei a chorar. Vi o tempo passar, vi minha vida atolada em lama até o pescoço e nesse momento pensei em deixar tudo por isso mesmo e me mandar, sem dizer nada a ninguém. Ir para qualquer lugar, longe, bem longe daqui.

Liguei para a OI, que nunca me ajudou em nada e pedi para religarem meu celular. Entrei num negócio chamado “religamento em confiança”. Ou seja, eles confiam que vou pagar, mas eu tenho certeza que paguei. Aí, em vez de esperar 4 dias, eles religam em 1 dia. Grandes benefícios.

Bom, de lá, me levantei da rua, respirei fundo e resolvi que não ia falar nada com ninguém, que ia me virar sozinho. Me lembrei que o depósito do Detran ficava ali perto e fui andando até lá. Nem precisa dizer que o sol estava de rachar e que justamente hoje, sai de camisa preta. Ai meu Deus…
Cheguei lá no lugar, suado, e perguntei como fazia para pegar o carro. Fácil, me dá a sua carteira e seu documento do veículo e paga isso aqui no BANESTES!!!!
NÃO, NO BANESTES, NÃO!!!

Sim, no Banestes. E, ah, ia me esquecendo, só pode ser pago na boca do caixa. O Banestes ficava a uns 400 metros de lá, debaixo de sol e com aquela fila, com aqueles atendentes lerdos e mau humorados…

Cheguei no caixa. Peguei a conta do guincho (é, só paguei o guincho, a mult vem DEPOIS!!!) e a do Detran. Disse para pagar logo as duas. Mas, não poderia dar tudo certo mesmo. A conta do Detran era um pouco pesada demais e não tive como pagar, pois não tinha saldo na conta. Quer dizer, saldo tinha, se não tivessem rebocado a porra do carro! Aí, só me restou pagar o carro e andar mais 400 metros debaixo de sol para pegar de volta o kazinho - cheio de adesivos de lacres de segurança, os quais tirei um por um - e vir direto para o trabalho. Adivinhem o saldo?


10 horas de débito no meu ponto, em apenas UMA SEMANA!!!!

Se mantiver meu emprego no final deste mês, será de bom tamanho.

Quanto a cidade, bom…
Foda-se essa cidade e sua sina que me persegue. Vou encarar ela de frente e acabar com qualquer chance que ela tiver de me botar pra baixo.

***
Não, o dia ainda não acabou. Essa parte veio depois do que escrevi aí em cima!!!

Hora do almoço, lá vou eu correndo para consertar minha vid em hora e meia de descanso. Disse descanso? que nada, descaso. descaso do destino para com mim. hehehe
Cheguei no detran e descobri, a duras penas, que os documentos tinham ficado em VILA VELHA!!!
tive que voltar, pagar mais 3 pratas de pedágio e créu! Não adiantou nada a ida ao detran. perguntei se a via com o desconto no IPVA iria ser entregue ali na hora e me disseram: Ah, não sei de nada disso, não. Isso é com a Secretaria da Fazenda. Pega o telefone ali e liga lá pra eles.
Ui ui ui.
fui pra casa. Enfiei alguma coisa goela abaixo (e quando digo enfiei, eu realmente enfiei. Não lembro o que comi e ainda não se passaram nem uma hora desde que me alimentei).
Liguei para a SE.FAZ. e nada. Hora de almoço, uma secretária me disse. Bom, horas perdidas no ponto a mais agora não farão diferença alguma. Espero até depois das 14 e consigo falar com o cara da fazenda. O pior (algo ainda pode ser pior?!) o desconto é só para quem compra carros aqui no ES. O meu é do Rio.

Agora? Rezar é pouco. Acho que vou pedir para ser batizado, benzido, crismado e vou peregrinar até Belém, a cidade de Cristo, não a do açaí, para ver se tenho perdoado minhas dívidas com o Divino.

quinta-feira, março 10, 2005

Disse que a manhã inútil rules no post aí debaixo. Mas pensem comigo. A manhã não é inútil se eu escrevi coisas interessantes e as coloquei no meu blog. A manhã não é inútil se tive tempo para parar e pensar, para parar e escrever, para ouvir músicas boas. Uma manhã inútil é aquela que eu perco debruçado em cima de pilhas e pilhas de pedidos de trabalho, sem tempo para pensar em nada que não seja o que me pedem no trabalho.

Minha manhã útil fica assim marcada, com minha repetição de palavras, com meus pensamentos recorrentes e com esse gosto azedo de Déjà vu.
Disse que a manhã inútil rules no post aí debaixo. Mas pensem comigo. A manhã não é inútil se eu escrevi coisas interessantes e as coloquei no meu blog. A manhã não é inútil se tive tempo para parar e pensar, para parar e escrever, para ouvir músicas boas. Uma manhã inútil é aquela que eu perco debruçado em cima de pilhas e pilhas de pedidos de trabalho, sem tempo para pensar em nada que não seja o que me pedem no trabalho.

Minha manhã útil fica assim marcada, com minha repetição de palavras, com meus pensamentos recorrentes e com esse gosto azedo de Déjà vu.

quarta-feira, março 09, 2005

Bela semana.
Essa semana.

Sábado quero sair, rir, me divertir. Está cada vez mais fácil me divertir. Sexta quero tocar como nunca toquei antes. Domingo quero ver meu time na TV. Sexta quero encontrar meus amigos, beber e ouvir um som bom. Um som meu, de preferência. Quero comprar discos, comprar um Play2, quero me mudar e conseguir finalmente voltar a viver junto de meus filhos.
Hoje tem reunião.
Quinta não tem, não.

Um churrasquinho sábado seria bem-vindo. Diversão barata e duradoura.
Meu novo xodó, que vem me acompanhando faz algum tempo é a banda Madrugada. Noruegueses, com esse nome em português. Músicas de fazer a cabeça, tanto ao norte quanto ao sul da linha do Equador.

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Almocei arroz, feijão e frango grelhado. Uma saladinha verde e vagens.
E daí, né?
Com o cuidado de não me tornar repetitivo, digo logo:
Acabou o prazo que dei a mim mesmo para me desligar deste lugar.
21 dias são o que me separam da primeira grande derrota da vida.

Dia 31 de março não mais será meu último dia de Vitória. Ao contrário. Vejo que cada vez mais crio raízes aqui e, por menos que queira, não vejo mais como sair daqui com tudo em cima. Vou ficando, desperdiçando uma vida diferente em cada quilômetro de cidades que nunca vi.
Escrever o que der na telha, mesmo qundo a telha tiver sido despedaçada por algum vento de um milhão de quilômetros por hora.
Minha telha, minha cabeça, minhas sinapses parecem estar sendo levadas a cada dia. Esquecer, repetir, não saber, lembrar e rir da piada. Liguem o som e me deixem com minhas confusões, sozinho, mais uma vez, num quarto escuro.
É madrugada.

***

A maior parte das vezes, acordo com o texto pronto, inteiro, começo, meio e fim, na minha cabeça. A forca para levantar, ligar o computador, escrever, digitar, salvar e voltar a dormir me faz tão mal que simplesmente desisto. É hora de descansar, não de escrever.
Acordo sem nem lembrar que tinha acordado.

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Quero não cair mais no inúmeros buracos das ruas de Vitória. Sinto que meu carro está começando a se despedaçar e não sei se devo processar a Prefeitura por ter feito um trabalho tão porco no asfaltamento de Vitória. Vocês já perceberam que “eles” adoram abrir buracos para obras, mas que sempre os fecham mal e porcamente?
E a qualidade do asfalto? Será que ele não poderia ser um pouquinho melhor?
Vou deixando, em cada buraco, um pouco meu bom humor, do riso fácil no meu rosto. E assim, de buraco em buraco, de solavanco em solavanco vou me transformando em uma personagem digna de desenhos animados, um ser transtornado, com olhos vidrados embebidos em ódio. Um predador prestes a destroçar sua presa, pelo simples prazer do poder ou apenas pelo inebriante cheiro da morte.
Acho que vou começar a andar de bicicleta.

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Vampiros. Adoro vampiros, suas histórias, seus filmes (por pior que sejam), sua lenda, sua sensualidade. Como eles, adoraria viver pelas noites seduzindo donzelas e sugando-lhes o sangue até deixar apenas uma carcaça seca. Saciar meu prazer, apenas com o líquido grosso e quente. Dá para ser um vampiro de verdade, mas o preço a ser pago é bem grande. É necessário abrir mão de inúmeras coisas, e a primeira delas é da companhia de outros seres vivos, agora nada mais que meu jantar.
É melhor parar de sonhar, pois o preço da solidão absoluta não me disponho pagar.

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Líquido grosso e quente é o que sinto na garganta a cada golfada que dou. Meu refluxo não está mais brincando e eu não estou gostando nada de ter que levar isso a sério. Dietas, ei-me aqui. Adeus a tudo o que um dia me liberou serotonina suficiente. Passo adiante a chance de ser feliz.

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Manhãs inúteis, rulaz.

terça-feira, março 08, 2005

Uma manhã em calmaria é o bastante para não ter o que fazer em frente ao editor de texto aberto na tela. Umas horas sem ter que pensar são o suficiente para me fazer pensar, por conta própria, para meu bel prazer, recebendo por isso. O ócio é ótimo.
No entanto, não consigo nunca terminar um roteiro, que criei para ser feito nos momentos de ócio. Já para o trabalho, paro uma tarde inteira, queimo a mufa e eureca, um roteiro está feito.
Já pensei em tomar um medida extrema e me matricular em uma escola de roteiro, onde precise entregar um por dia, durante um ano e meio, para perder de vez a mania de não terminar as coisas.
Só para terminar este texto aqui, feliz dia da mulher.

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Já rolou, por aqui, que só minoria tem dia de comemoração. É índio, negro, homossexual, mulher, árvore, santo… Essas coisas. Portanto, NÃO aceitem o parabéns de qualquer um.
O meu, fiquem tranquilas, vocês podem aceitar.
como disse antes, sou um engenheiro das palavras.
Nunca tenho comentários suficientes quando faço esse tipo de pergunta, o que sempre deixa a escolha por minha parte. No final, ela acaba sempre sendo minha, não importa o quanto as pessoas escrevam. Mas vamos, lá:
É melhor escrever um pouco todo dia ou me destruir de escrever quando tiver vontade e publicar trinta textos em um só dia e esquecer o resto do mês?

Vocês me lêem? Vocês me entendem?
O que vocês querem?
Com o tempo fui deixando de frequentar algus lugares. Alguns bares. Algumas pessoas.
Sinto falta de todos, é claro, mas sei que um dia estiveram em minha vida e a lembrança, às vezes, me basta.
Disse isso pois, ultimamente, tenho ido a bares mais bem frequentados, mais caros e mais chiques. Disse isso pois pensei na porção de polenta frita do Botequim Atual, na Praia do Canto, e tive vontade de ir até lá, tomar uma Baaden Baaden de onze reais e comer uma dessas porções bem servidas e suculentas. Não sou um frequentador do lugar, entretanto. Fui lá apenas algumas vezes, menos de uma dezena com certeza. Mas hoje em dia, prefiro suas cadeiras acolchoadas, seu serviço perfeito, sua cerveja cara e gelada ou seu chopp lindo na caldereta transparente e suada a ter que me sujeitar a sentar a céu aberto, numa cadeira de madeira e ser atendido por pessoas com cara de cu, lá na Rua da Lama.

Abro exceção à presença dos amigos, pois saída que se preze precisa ter a presença de um bom papo, de uma boa gargalhada, de um abraço ou aperto de mão de despedida. Chego ao cúmulo de escrever aqui que, se o amigo não estiver presente, o chopp fica aguado, a cerveja desce quadrada e o petisco esfria rápido demais. Nesses dias prefiro ficar em casa. Lá, pelo menos, ainda posso contar com meu amendoim.

segunda-feira, março 07, 2005

"Eu sou o homem mais chato do mundo.
Mas a culpa não é minha. Ela raramente é. O que acontece é que o mundo em que vivo teima em se virar contra mim, às vezes até nas mínimas coisas. Vocês já viram alguém comprar uma caixa de fósforos com alguns palitos a menos? Ou alguém ser enganado no peso de seu prato em um restaurante a quilo? Pois é, essas coisas já aconteceram comigo. E “essas coisas” trouxeram, além de uma bela dose de reclamação imediata, um recalque que não temo em assumir. Sou azarado, sim. Sou perseguido, sim. Sou pessimista, sim. E assim fiquei meio amargo.

Entenderei se, a partir daqui, você parar de ler este texto. Ninguém se interessa pela desgraça dos outros, muito menos de alguém que já começa um jogo esperando perder. E além do mais, não tenho mesmo o menor jeito para escrever. Não vai ser surpresa se este texto nunca for publicado. E pensando bem, não sou o homem mais chato do mundo. Talvez seja do meu prédio ou do metro quadrado em que estou agora. Ser o maior do mundo em alguma coisa significa ser extremamente bom naquilo que você faz. Não compactuo com esse otimismo exarcebado. E acima de tudo, sou realista.

Quem sabe a gente não tem a oportunidade de se encontrar de novo aqui e, quem sabe, você se identifique com algumas das minhas opiniões. Mas o mais provável é que você vá caminhar pela manhã e se esqueça de me ler. Tudo bem, prometo tentar entender.

Até."

Por Deyvid Hornby

sexta-feira, março 04, 2005

Saí ontem. Bebi os copos gigantes. Não passei mal, difícil passar mal. Ressaca, se muito uma pontada na cabeça vez ou outra, espalhadas por três horas da minha manhã. Um vazio imenso toma parte da carcaça. Uma grande interrogação será carregada por todo o dia, até mais uma festa e mais uma chance de beber. Admito, isso não está cheirando bem, e o cheiro que exala é etílico até a alma e entorpece de verdade todos os sentidos. Principalmente quando você os quer alerta.

Um alerta, isso poderia ser seu significado. Uma verdade, difícil de se lidar. Mas inegável. A bebida o está levando embora. A cabeca já não é mais a mesma, o corpo já não é mais o mesmo, a vida está diferente.

Assim como chegou, pedindo a primeira dose, se levantou e foi embora, deixando jogado na mesa alguns trocados amassados. O bastante para pagar sua parte na conta.