sexta-feira, maio 25, 2007

Acabo de saber, numa troca rápida de palavras que teremos um mini festival por estas bandas. Estas bandas que, inclusive, andam bem movimentadas quando o assunto é agitação e ferveção cultural. DOIS festivais de cinema, TRES prêmios de publicidade, ALGUNS festivais de rock espalhados pelo ano, BOAS bandas (de verdade)...

MQN e Lucy and the Popsonics estão na lista das apresentações "de fora". Ainda faltam umas 4 bandas que, sinceramente, não me lembro. Mas que também vão botar pra quebrar!

Já no aguardo!

quinta-feira, maio 24, 2007

Aqui faz frio. A cidade do calor eterno se apagou.
Hell City não parece mais o inferno.
Assim é como vou vendo e vivendo as coisas a 2,200 quilômetros do lugar que forçosamente aprendi a chamar de casa. A tristeza da separação já nem era tanta no momento de sair. Era como um grito de liberdade, um arrebentar de correntes que me mantinham preso havia 25 anos.

E foi assim. O mundo se abriu, de vez. Os medos, as perguntas, a insegurança se foram com um chamado para o embarque. Embarque para uma vida que, mesmo tardiamente, controlo de forma total.

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O tempo que passa, mesmo depois de tudo certo, dói. A melancolia, e como gosto dela, deve ser aproveitada até o último momento. Sofra, pense, sofra mais. Esprema aquela sensação de solidão, aquele aperto no peito, até ele virar palavras. Estenda o momento, mesmo que estranhamente familiar e acolhedor, até a hora de dormir. Até, pelo menos, o ponto final. Se questione, questione os outros. Escute músicas e descubra a beleza tristonha em cada uma delas. Engula em seco, sinta o nó se formar na garganta até o momento de explodir. E acabe com tudo isso de uma vez, se for essa sua opção. Ou ao contrário, saboreie tudo. Até a próxima vez, onde tudo começará novamente. Inclusive as patadas no teclado.
Quanto ao Botafogo, de verdade, desencanei. Estava assistindo ao jogo em pé, durante todo o primeiro tempo. gritei gol QUATRO vezes!
No segundo tempo, sentei e esperei ansiosíssimo! Era nossa. a vaga na final, mesmo nos penaltis seria nossa... Mas eis que surge, aos 44 do segundo tempo um chute despretensioso, do meio da rua, exatamente onde estaria o Túlio e seus 6 pulmões (se ele estivesse em campo). A bola percorre mais de 30 metros. Nosso goleiro está lá. Nele, a gente confia. A bola vai, já sem tanta força... ele se abaixa, faz a pose para a defesa e apenas rebate a bola, que sobe, dando ainda a mínima esperança, em apenas alguns milésimos de segundo, de que poderia tocar ali, no travessão, e salvar milhares de almas do purgatório vexaminoso da desclassificação.

Mas, não. Nem quando temos total confiança em nosso time. Nem quando colocamos 60.000 botafoguenses no Maracanã. Nem quando todos os astros parecem brilhar no céu estrelado...

Talvez seja esse o problema. Se ontem, em vez de todo um céu, apenas uma estrela solitária brilhasse, minha noite teria sido a mais bela de todas.

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Após o terceiro gol, nada comemorado, continuei em choque, em silêncio por pelo menos 20 minutos. Sem conseguir reagir. Sem me mexer. Sem nem trocar de canal.
O gosto amargo estava entalado em algum lugar do meu corpo. Na garganta, no peito, no coração já desgatado por tanto sofrimento. Só tive forças para ir dali da sala para a cama. Me deitar e cobrir todo o corpo. Talvez tentando me esconder da realidade, talvez, esperando que tudo fosse um pesadelo. Dormi tentando esquecer. Amanhã será um novo dia.

Acordei mais triste. É mais um dia frio e cabisbaixo na vida de um botafoguense.

terça-feira, maio 22, 2007

Ainda em Year Zero...

Shame on us
Doomed from the start
May God have mercy
On our dirty little hearts
Shame on us
For all we've done
And all we ever were
Just zeros and ones
Primeiro Aqui

Nos primeiros segundos podemos nos enganar, achando que estamos ouvindo alguma manifestação trabalhista dentro de uma metalúrgica em pleno funcionamento. Os sons metálicos e as vozes abafadas dividem espaço com uma guitarra e pronto: estamos no clima do novo e apocalíptico trabalho do Nine Inch Nails, capitaneado por Trent Reznor, Year Zero.

Após a experiência inicial, partimos para The Beggining of the end, o começo do fim. Como nosso planeta, cada vez mais próximo de seu final, a música é uma contagem regressiva para o fim do disco. E a partir delas as coisas só tendem a melhorar, ou piorar, dependendo de seu ponto de vista.

O clima de Year Zero foi espalhado aos poucos, com pistas em camisas de turnê, músicas deixadas em Pen Drives em banheiros e com sites que aos poucos iam revelando algo maior por vir. Inclusive, segundo Reznor, o disco é apenas um pedaço de algo muito maior por vir, “uma trilha sonora para um filme que ainda não existe”. Tomara que ele esteja correto, que isso seja para um filme mesmo, porque o cataclisma praticamente imposto a toda sociedade por fatores como poluição, derretimento das calotas polares e miséria, nos lembra a todo momento que o som que sai das caixas pode ser um réquiem para a civilização como a conhecemos.

The Good Soldier e Is this Twilight mantêm o elevado padrão de baladas do NIN, enquanto Survavalism, Capital G e Meet Your Master nos levam à imagem de furadeiras em tonéis de metal fazendo um barulho ensurdecedor e ao mesmo tempo hipnotizante. Um típico disco do som rotulado como “industrial”, para poucas pessoas realmente abertas para este tipo de sonoridade, mas essencial para elas.
e aí, de repente, volto a escrever aqui como se tivesse passado um ano.
Ou um passar de anos. Enfim, dia 16 ficou para trás, assim como a sensação de estar mais próximo dos 29 do que dos 31.
Agora os 31 estão na cara e na assinatura, que afirma os dados preenchidos anteriormente.

***

É tempo de redescobertas ou apenas mais uns dias, como quaisquer outros que já passaram. Em real, o tempo já não me assusta tanto quanto antes. A infinidade de opções e escolhas não são mais tão opressivas. Com o tempo você a prende a levar ao invés de ser levado.

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A idiotia da juventude ainda me agride em certas horas. Mas me traz pensamentos e alguns momentos interessantes vez ou outra.

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Adoro escrever assim.
:)

segunda-feira, maio 14, 2007

Novo do Arctic Monkeys rolando. Os garotos cresceram. Não muito, porque de um ano para o outro não dá para crescer muito. Mas o som deles está, sem sombra de dúvida, mais adulto.
E continua bom pra caramba. Depois de ouvi-los umas duas, tres vezes fui tocado.

E agora é isso, chego na agência, ligo o som, coloco o fone e tome Arctic Monkeys.

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Fim de semana de aula. Pouco tempo para faxina. Mas a casa mais limpa dá um outro clima, uma outra energia. E a cacetada de remédios para o estômago estão me fazendo maravilhas. Não sinto uma pequena pontada desde quinta. Já sinto até vontade de me testar em um belo expresso.


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Vi o Homem-Aranha 3.
Vi não. Senti. Porque nas cenas de luta, mais uma vez a câmera parece amarrada em um gato fugindo de um pitbull. Não se entende nada, se vê partes de uma correria louca. E mesmo assim, pouco se entende. òtima oportunidade para rever a cena frame a frame no DVD, depois.

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Ainda sobre o filme, finalmente provei outra coisa típica da culinária cinematográfica de Cuiabá. Pipoca com molho de pimenta. Sim, as pessoas aqui colocam pimenta na pipoca que levam para o cinema. É gostoso, mas as pipocas murcham e viram uma coisa meio empapada. Uma sujeira danada nas mãos.

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Mais ainda sobre o filme: vale a pena pelo espetáculo. Por ver o Venom (esperava mais). Por participar dessa parte da história do cinema (um ano com trocentos blockbusters). Mas o filme é tão... bobinho e cheio de coisinhas que deixam você se perguntando onde foi que eles erraram que fica uma leve pontinha de decepção. O boneco assiste (e come pipoca).

quinta-feira, maio 10, 2007

I'm not sick, but I'm not well

And I'm so hot cause I'm in hell

update daí de baixo -
Bjork - Volta e
Hail Social - The Modern Love and Death (muito legalzinha a banda. vale a pena uma ouvida)
já devidamente baixados:
Arctic Monkeys novo
Interpol novo (diferente pra caramba)
Black Rebel Motorcycle Club novo (mas nem tão novo assim).

e em busca de mais, porque a festa nunca termina.
E não é que a cidade que nos presenteia com calores acima dos 45°
também nos reserva um frio de 10 (eu disse DEZ!!!) graus?

frio pra peste. Mas é assim que eu gosto.

segunda-feira, maio 07, 2007




FUCK OFF!!!!!!

Que do caralho é ter Mr. & Ms. White de volta.
Quero essa bateria mal tocada, essa guitarra suja, essas calças ridículas de duas cores e tudo o mais que vocês quiserem me dar.
porque WHITE STRIPES é bom pra caralho!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
EPIFANIA.

você não sabe o que quer dizer, até ter uma.
se você me conhece de antes, sabe como estou.
Se você ainda não me conhece, não perdeu muita coisa.
Agora, se você me viu com cabelo, vai achar meio estranho.

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I´m back to machine time.

dois na mente, shampoo, gel e pente aposentados indefinidamente.
E não é que fui dormir domingo mais inteligente?
Com um pouco menos cabelo, mas com muito mais conteúdo.

Animus-anima, lado feminino, lado masculino, o fio de ariadne,
a sombra, o arauto, a caverna oculta, a provação, a busca do elixir...

Pois é, essas coisas de estudar ssão boas. A gente pode até parar para pensar
o mundo de um jeito diferente. Acho que daqui a pouco estou pronto para voltar
à filosofia. Tem um livro de capa azul me esperando com risos abafados no meu criado-mudo.
Será que consigo tirar essa alegria da intransponibilidade de Proust?

quarta-feira, maio 02, 2007

Morram de rir, mas para mim o Good Charlotte fez o disco que o Kaiser Chiefs não conseguiu. Pelo menos nos singles, os emos de cabelos acertadamente desarrumados, deram um pau. Keep Your Hands Off My Girl é de longe muito mais legal do que Ruby.
Pois então, amigos, não é que o feriado foi muito mais legal do que o fim de semana?
Acordei naquele clima “me deixem aqui”, mas depois de uns telefonemas, acabei acertando minha ida para um Termas (no sentido de lugar com piscinas e água, não no sentido casa de massagem) na cidade de Jaciara, a uns 150km daqui de Cuiabá. Lá, fiquei sabendo, rolava rapel e rafting, além é claro de cachoeiras.

Apesar de ter encarado uma estrada nada convidativa, chegamos animados ao local. Fomo logo procurando o rio e suas cachoeiras, mas nos assustamos com a força das águas. Era impossível chegar ao meio do rio sem ser levado pela corredeira. Então ficamos na margem mesmo. As cachoeiras eram legais, mas como não exigiam uma bela caminhada por trilhas indigestas, não tinham aquela sensação de conquista, de superação. Mas quando topei fazer o rafting, veio a recompensa. Uma cachoeira (cachoeira da fumaça) com um clima incrível, impossível de chegar perto, mas com um rio massa, água boa, corredeiras, cachoeiras...

Enfim, só fazendo para sacar a emoção. Nem foi tão assustador. A água é, um pouco, meu habitat. Talvez pela praia sempre perto, talvez pela energia de lavar a alma.
É por isso que hoje, uma quarta com cara de segunda acordei cedo, e vim trabalhar cheio de vontade e idéias. O psicológico faz uma diferença danada.

Se algum incauto visitante quiser conhecer a Cachoeira e encarar um rafting, estamos aqui para isso!