segunda-feira, abril 30, 2007

Que belo fim de semana.
Nada no sábado, nada no domingo.
As roupas empilham, a poeira se espalha pelo chão, a louça apodrece na pia.
A vida já não cheira tão bem. Os sons, os cheiros, os sabores já perdem a graça. O resto, bom, o resto se leva.

Assim, autômatos da vida moderna, vamos seguindo. Dia após dia. Cada vez mais difícil de se concentrar nas coisas mais simples, cada vez mais difícil de achar a fagulha que pode dar vida e fogo ao gás que por enquanto só escapa levemente da mangueira. Cada hora mais cinza, mais solitária, mais cheia de abandono.

Pois é assim, seu Juca Pirama, é assim que o mundo nos faz hoje.

sexta-feira, abril 27, 2007

como pude ser tão insensível, escrevendo lista de bandas e esquecendo alguns nomes como o Black Rebel Motorcycle Club, com mais um disco beeeem legal, o Baby 81.
Também teve disco novo do Dinossaur Jr.

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E o disco do Pinback é do ano passado.

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O Tokyo Police Club provavelmente entrará na lista, assim como o White Stripes e QOTSA (já ouvi duas músicas e PIREI!) quando lançarem seus discos. E o Wilco, assim que ouví-lo (é só uma questão de baixar e ouvir).


Ouvindo: Shitdisco - OK
olá.
Sexta-feira. hoje tenho aula à noite.
esse final de semana é o terceiro seguido sem descanso.
pelo menos na terça é feriado.

amanhã tem show da Ivete aqui.
e daí, né?

quando isso aqui começa a virar diário é melhor parar de escrever porque realmente não tenho nada para dizer.

quarta-feira, abril 25, 2007

O Filme (A fonte) da vida

Alguns poucos filmes são capazes de mudar sua visão de mundo, alterar sua percepção da vida, enfim, mudar você. Acho esses filmes geniais, por um motivo óbvio. Entretenimento é o cacete, quero crescer.

E ontem, posso dizer que cresci.
Estando em Cuiabá, tenho uma dificuldade impar de conseguir ver filmes “diferentes” em cartaz. É pior que Vitória, acreditam? Sim, é possível ser pior que Vitória. Hahahha.
Então, por isso, deixei de ver alguns bons filmes do ano passado no cinema. E agora tiro o atraso no DVD.
Enfim, aluguei ontem a Fonte, do Aronofsky, um dos meus cineastas preferidos.
Na verdade, periga ser O preferido. E fiquei de quatro.

Um dos filmes da minha vida. Lindo, maravilhoso, estético, profundo, emocionante. O amor, como deve ser. Tantas perguntas, tantas respostas, tanta busca pelo impossível. Esqueçam isso.
Vivam um dia após o outro e aproveitem todos como se fossem o último. E chega de idealizar uma vida que não a sua. A sua é boa o bastante.

Enfim, queria um dia, poder pensar em uma história tão genial e tão bem contada como essa.

Me senti um pouco menor. Me resignei à minha insignificância, por N motivos. Inclusive pelo tamanho do universo que nos cerca. Sei lá, um desbunde total.
Óbvio que terei uma cópia disso muito em breve para poder ver e rever e degustar um caviar para os olhos e para a mente.
sessão pré-conto

Batizado

O mar trouxe Seu Miguel, o patriarca da família no início do século passado. E de perto do mar ele nunca saiu. Talvez para poder passar os fins de tarde olhando para o horizonte, pensando no que sua vida poderia ter sido se não tivesse cruzado o oceano em busca de uma nova vida no país das oportunidades.
Seu filho, o primeiro brasileiro de nascimento na família, costumava acompanhar o pai nas andadas à beira-mar. Na verdade não entendia porque seu pai parecia tão distante durante as caminhadas. Mas adorava dividir esse momento com ele. O mistério do mar o fez seguir a vida perto da praia. Sempre ficou a pelo menos uma quadra do mar. Lá conheceu garotas e passou as tardes batendo bola na areia. De vez em quando a lembrança de seu pai o fazia olhar para o horizonte se perguntando o que haveria de tão extraordinário depois daquela linha no fim do mundo.
O filho cresceu, teve seus próprios filhos. Seus filhos o deram netos e uma neta. Hoje é seu primeiro dia na praia. Ana Tereza, de maiô de florzinha, sorri gostoso quando sente a areia fazer cócegas em seu pé.

terça-feira, abril 24, 2007

Bom, chegamos a quase maio (ou seja, mês 05) e já dá pra fazer um levantamento do que de melhor apareceu até agora (e chegou aos meus ouvidos) na música mundial.

Em primeio lugar, o novo do Rakes, como escrevi aí embaixo, ainda no topo. Disco Mágico.

Em segundo, o Year Zero do NIN. Rolando sem parar no fone aqui no trabalho.

Terceiro, mas podendo estar em primeiro, Chikinki com seu Baloon Factory. Excelente, como tudo do Chikinki, banda ótima que ninguém conhece.

Quarto, o Pinback. Sempre por cima, sempre fazendo e bem o que sabem. Um death cab mais maduro.

Quinto - LCD Soundsystem. Que disco! se vocês curtem música eletrônica pensada e bem feita.

Sexto - Klaxons. É bom mesmo, pop, e nada de new rave como andaram dizendo.

Não curti (nem ouvi) muito o The View, o Hot Club de Paris!, Kaiser Chiefs ou Maximo Park.
o Shitdisco fez um disco OK, com boas músicas, mas longe de estar entre os 10 mais. O Kings of Leon também saiu com um discão, mas o nível este ano tá lá em cima.

Ainda não ouvi os novos de figurões como Chemical Brothers, White Stripes e Arctic Monkeys...

PS: Não, não conto coletânea entre os 10 mais, senão o Oasis estaria em primeirão com um disco duplo com o melhor que eles fizeram e não é pouca coisa.

segunda-feira, abril 23, 2007

Minha nem tão nova obsessão. Estou escutando isso faz quase um mês sem parar!
E cada vez me lembra o quanto gosto desses caras. E me lembra o quanto valeu cada centavo da compra do seu primeirão com DVD, edição especial francesa num sebo no Rio.


The Rakes - Ten New messages




Em um trabalho com apenas dez músicas, cada erro tem o poder de arruinar 10% do disco. E podemos dizer que o segundo disco do The Rakes, uma das melhores bandas que a Grã-Bretanha tem para nos oferecer nestes dias, começa com uma erro.
A primeira música se parece demais com todas as outras, já gravadas por eles e levanta imediatamente a questão: “será que eles apenas se repetiram?”. Não, felizmente, é a resposta. E mais feliz ainda é a constatação que 90% do material novo são praticamente irrepreensíveis.

À primeira audição, Ten New Messages, pode parecer estranho. Estranhamente diferente de seu debut, exalando energia punk por todos os poros. As guitarras rápidas deram espaço para uma série de canções com uma construção mais cadenciada, talvez mais ligadas ao pós-punk do que ao punk. Mas tão boas quanto.

E quando digo boas, realmente quero dizer boas. As danadas têm uma facilidade de grudar, de voltar durante uma caminhada, durante um almoço. Têm todos os requisitos para virarem singles. Dez singles, dez número 1, dez novas mensagens. Incrível que antes deles venham tantas bandas meia-bocas na boca do pessoal daqui. Um pouco mais de questionamento, talvez de independência de informação, talvez de bom gosto faz falta. Pelo menos para mim, essa falta não me deixou longe do Rakes. A banda de 2007!

Para ouvir e gostar:
we dance together
suspicious eyes
when Tom Cruise cries

Bom, muito bom!!!!!

Aqui estou de novo, conforme combinado.
Hum, o que escrever? Diário, querido diário?

Fim de semana de aula. Assim como o passado. Assim como o próximo.
Acho que preciso de um fim de semana. De verdade, daqueles de não se fazer nada.

Revi, em uma aula, decupando, estudando, destruindo/desconstruindo o filme
Dançando no Escuro do Lars Von Trier e com a Bjork, aquela esquimozinha do vestido de ganso, lembram-se?

Como no cinema, empaquei. Não consegui me emocionar com a história, apesar do chororo geral na sala. E eu descobri o porquê. Quer saber também?
Porque é uma merda de um musical, porra! Como entrar na história se toda hora ela pára para tocar uma musiquinha?

Não me entendam mal, adoro música, adoro cinema, mas ODEIO musicais. Não vi Moulin Rouge, não vi Chicago, não vi DreamGirls e não vou ver mais nenhum musical na minha vida. Até Os Produtores, onde botei todas as fichas desceu mal como um gole errado de cachaça. Isso sim traz lágrimas aos olhos.

sexta-feira, abril 20, 2007

Incrível. Eu adoro uma bandinha.
Adoro todas as músicas, todos os discos. E isso é tão difícil de acontecer que automaticamente ela entra em meu top 10, ao lado de ícones como o Verve, o Oasis, o Shins e o NIN, só para vocês terem uma idéia do nível da lista.
Hahahahha

Mas falando sério. Toda vez que escuto Pinback, me pego pensando: caramba, gosto realmente desses caras!

Então fica a dica: Pinback, a banda do fim de semana.








e não é que essa porra foi liberada na agência?

agora posso postar minhas idéias por aqui.
Ou pelo menos tentar.

Prometo me tornar mais consistente e mais assíduo.
E mais: prometo não prometer mais isso.
Afinal, deve ser a quarta ou décima vez que falo a mesmíssima coisa
para um público inexistente.

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acompanhem diariamente a atualização chocante do meu fotolog.
Fotos de Cuiabá e afins.
visita vai, lá uma imagem não valem por mil palavras.

www.fotolog.com/craddie
Melancolia desde cedo. Lia muito quadrinho quando era menor. Lia Turma da Mônica, Pato Donald, e devorava as tirinhas do jornal. Mas esperem um pouco. Vocês já pararam para ler, depois de maduros, as tirinhas do Horácio? Ou ainda as da Mafalda, Charlie Brown ou Calvin? Caramba, isso devia ser proibido para crianças. Essas personagens agem de tal forma na criação da visão de mundo durante a infância que tudo se torna um pouco amargo, meio tristonho. Somos resultados do meio, sim, mas também das mensagens. A melancolia diante da vida, a falta de jeito com a garotinha ruiva e os problemas da ditadura transformaram uma geração de leitores em usuários de prozac e outros tantos ansiolíticos e antidepressivos. Vivemos hoje num mundo que os quadrinhos de outrora mostravam como opressivo e doentio. E sofremos as conseqüências. Mas a solução para tanto stress e correria, também está lá nas páginas desenhadas. Na verdade, são as próprias páginas desenhadas. Pare um pouco, leia as histórias que você lia na sua infância e lembre-se de quando tudo o que você precisava fazer era o dever de casa, munido de biscoitinhos e chocolates.
Já escrevi um roteiro de curta, desde que comecei a pós em cinema. E dois começos, claro. Porque eu sou mestre em começar e não acabar as coisas. Freud explica.

Mas é legal porque pela primeira vez consegui tirar as coisas da cabeça e coloquei no papel.
O problema é que agora dependo do governo e do seu dinheiro para tirar do papel e colocar na película. Triste realidade a dos cineastas do Brasil...


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Inaugurando a sessão

Piadas de duplo sentido
A Lu me cortou as pontas. A partir de agora lá em casa, só cigarro inteiro mesmo.



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E por falar em sessão, mais um
Pré-conto

É verdade. Sou pirotécnico. Gosto de aparecer de explodir em cores e luzes, principalmente. E fazer com que as pessoas me notem logo, desde o primeiro momento.

Seja na rua, seja no bar, seja no trabalho, e principalmente no trabalho.
Entro numa sala para apresentar meu trabalho com a confiança de um leão. Sabendo que lá, só tenho presas.