segunda-feira, fevereiro 27, 2012

Atualizada!!!!!

27/01 - The Rapture + Breakbot
Descrição ali embaixo, é só procurar.
03/02 - Mayer Hawthorne
Estarei em São Paulo. Não, não me pergunte muito sobre isso...
09/03 - Morrissey, na Fundição.
Ops, ainda não fui retirar meus ingressos...
17/03 - Happy Mondays, Circo Voador
Cancelado. Afinal, são os Crazy Mondays.
04/04 - Foster The People
05/04 – Gogol Bordello e Thivery Corporation
06/04 – Friendly Fires
21/04 – Buraka Som Sistema22/04 - Anthrax + Misfits
10/05 – The Kooks
04/05 - Tune-Yards, Teatro Odisséia
26/05 - Los Hermanos, Fundição Progresso SOLD OUT
27/05 - Los Hermanos, Fundição Progresso SOLD OUT
02/06 – Owl City
03/06 - Los Hermanos.
set/out - SWU
Fui procurar por Sorocaba no GoogleMaps.
Quando me vi, estava na fronteira do Brasil com o Paraguay.

Dei um pulinho ali pelo Chaco, vi umas rutas conhecidas e, sem entender como, lá estava eu de novo em Filadelfia.
Andava pelas ruas de terra, com a poeira a bater na cara. Pensava em milanesas com purê de papas. Via brasileiros e paraguaios olharem com desdém para os indígenas. Entrava na Toyota e a levava até o Boquerón para fazer comprar e olhar as pessoas fazendo algo da vida. Comia pizza enquanto assistia a filmes. Deitava no quarto quente e ligava o ar-condicionado. Tomava café da manhã, mate e tereré. Editava, editava e editava.

Bateu, claramente, a saudade. Com ela veio, em cheio, a melancolia.
A lembrança de um tempo perdido, improvável, de aventuras e sem rumo.
Deu vontade de tentar tudo de novo. Esquecer como devo viver a vida, seguindo convenções muito bem impostas, e seguir o caminho que escolhi.

O mundo ainda é pequeno, creiam.
Por mim.

quinta-feira, fevereiro 23, 2012

Acabou o carnaval.
Me impus uma auto-penitência.
Farei a quaresma. Sem beber cerveja por 47 dias.
Até domingo de páscoa.

***

Vamos ver quais as maiores mudanças até lá.
Fiquem ligados...
De metrô, faço o caminho casa trabalho e, aproximadamente 40 minutos.
Tempo o bastante para a empolgação da happy hour virar preguiça,
ou para a vontade de ir para casa virar sede de cevada.

Ontem foi um dia em que fiquei com vontade e sem vontade num período curto de tempo.
No entanto, quando liguei o mp3 e escolhi a trilha do Trent Reznor & Atticus Ross para
o filme The Girl with the Dragon Tatoo, meu mundo deu uma virada.

O filme ainda será lançado em terras tupiniquins, mas se a trilha servir de indicação,
ele será bem soturno e sombrio. Reznor sabe como ninguém dar significado a ruídos e barulhinhos e,
mais incrível ainda, juntar melodias incríveis a eles. Então, com essa trilha sonora, fui atrás de uma cerveja.

O local, onde já sou local, foi o Mr. Beer do Shopping Tijuca.
Aproveitando a promoção, comecei com uma Colorado Indica.
Garrafa de 500ml por R$11,90.

Da Indica acho que nem tenho mais o que falar.
É uma IPA (falo Ai Pi Ei), India Pale Ale.

A história desse estilo todo mundo já deve conhecer:
mais lúpulo e álcool numa pale ale inglesa para conservar a cerveja durante uma viagem até a India.
O culpado disso tudo? George Hodgson. Ou pelo menos é o que uma certa quantidade de exemplares de uma larga biblioteca etílica nos diz. Há, claro, os que são contrários à ideia de dar nome a UM inventor da IPA, uma vez que ela era feita por outras cervejarias também.
Esquecendo isso e indo para a cerveja:



A Colorado Indica é feita em Ribeirão Preto pela, em minha humilde opinião, melhor cervejaria brasileira. Como em todas as suas edições, há um ingrediente que faz a diferença: a adição de rapadura.
No copo, um cobre translúcido. Aroma de lúpulo, o que não tem como fugir muito numa IPA. Mas também tem um maltado, um toque da rapadura, certamente, que segue na boca.
Explosão de lúpulo no primeiro gole, com notas de malte torrado. Seca no final, pedindo o próximo gole.
Uma cerveja que, devo admitir, seria a minha primeira opção em qualquer ocasião.
Em nada assusta os 7%, perfeitamente equilibrados. Uma cerveja nota 10.

domingo, fevereiro 12, 2012

Domingo, início de tarde.
Falta do que fazer. O suor escorre torso abaixo. Paro para espirrar.
Mais tarde, o almoço será yakissoba. Amanhã, yakissobras.

Vontade de cappuccino. Muita vontade. A padaria não é tão longe. Mas não irei até lá.
Passou o tempo. Deixei o texto de lado.
Passou a vontade de cappuccino.
O suor, continua.
Como está quente essa cidade.

Essa cidade. Olho para janela e minha vista não é mais que uma série de janelas. Outros quartos que olham para o meu quarto. Nesses momentos em silêncio, penso.
Olha quanto prédio. Quanta gente morando no ar. Sim, no ar. O chão é dividido, centímetros para cada. O ar é nosso. Esse pedaço de cimento e vergalhões.
Para cada prédio desses, quanto dos recursos naturais da Terra está investido?

Quanta brita, pedra, areia, metal, madeira? Quanto?

O mar está subindo mesmo ou somos nós que subimos deixando a Terra mais baixa? Tiramos tanto para nos colocarmos aqui em cima que o buraco deixado está abaixo da linha do mar. Ah, mas isso é problema deles que moram embaixo.
Deixem que se virem, nadem se for o caso.
Eu, nada.
quebra de paradigma

não sei se é o caso do botafogo, mas tem time pagando 700 mil reais pra jogador meia bomba pra caramba por todo o Brasil.
Com essa grana não dá pra trazer um Sneijder, que tá com contrato quase encerrando na Inter?
Acho que chegou o momento de usar essa força financeira do Brasil e a crise na Europa pra trazer
uns caras bons, europeus de ponta, pra jogar no Brasil.
Ou nosso complexo de vira-latas não deixa?
Bunda


Senta a bunda e começa a escrever. Se quer viver de palavras é o que tem que fazer.

Não parece tão difícil de se pensar, mas é muito, mas muito mais complicado do que se pensa fugir do futebol na televisão, das páginas e páginas de bobeiras na internet ou da música que sai do fone. É um trabalho árduo, apesar de não cansar tanto os braços, escrever.

Então senta a bunda. Liga o computador. Esquece o futebol na televisão, diga não às malditas noticias da morte da última celebridade musical. Esquece a música... Bem, a música talvez não seja tão ruim. Ela relaxa, cria uma imensidão na mente. Com sorte pode trazer recordações, sensações, lembranças. Pode, mesmo, servir de musa. Inspiradora. Liga-se, então, a caixa sonora.

As melodias que saem como ondas levam as mãos a surfar pelo teclado.

Agora parece mais fácil dar adeus ao futebol na televisão, às muitas paginas de imbecilidades escritas na internet. Há que se admitir: a facilidade da negação é obtida pela falta de sinal do roteador wireless. Sem sinal, sem internet. Sem Facebook, sem Orkut, sem MSN, Gmail, notícias online, fotos de shows, vídeos da celebridade morta da vez.

Espera!

Pontinhos acessos, pirilampos em sua dança à procura de atenção. O sinal está de volta. Uma olhada nas mensagens recebidas na alta madrugada. Mesmo que você saiba, como sempre, que elas não serão mais do que anúncios de cupons de rodízio de pizza ou de diárias a preços nada módicos em pousadas afrodisíacas em Búzios. A onda musical também serve para um outro tipo de surf. Surfar as páginas, em intermináveis séries, cheias de vagas que te levam cada vez mais longe da costa segura do papel em branco, devir papel em telas de cristal líquido.

Segura a onda, camarada. Senta a bunda na cadeira, liga a máquina de escrever. Prepara a caneta para as anotações que virão. Começar a escrever, mantra, começar a escrever. A música, a internet, digita, vai, por favor, digita.

O locutor grita, berra, se esgoela. Por cima do gol. Tiro de meta, e lá vai a atenção chutada, junto com a bola, pelo goleiro. Correria, música, email, internet e a página, em branco.

Escrever é um ofício. Põe na cabeça. Não há Paris, não há festas. Lofts solitários em sobrados perdidos. Senta a bunda e...

Não. Esquece. Levanta a bunda. Isso, levanta a bunda, aproveita e leva o computador no colo. Aumenta o som. Vai pro sofá e se liga na TV. Depois escreve. Afinal, hoje é domingo.

E domingo é dia de futebol.

sábado, fevereiro 11, 2012

Ando longe daqui, né?
não quer dizer que parei de escrever.
Agora ando rabiscando um pobresquine.
Mas escrever no metrô é difícil, viu?
Tudo treme, fico inelegível até para mim mesmo.

De qquer forma, vamos voltar aos shows, a lista que estou mantendo desde o início do ano.
Com essa notícia abaixo, e com a confirmação da compra do ingresso pro Morrissey, a lista começa a se alongar.
A grana é que aperta...

A vinda de atrações internacionais ao Brasil parece não ter fim. Nesta manhã, o Circo Voador anunciou diversos shows em sua agenda. Foster The People, Gogol Bordello, Thievery Corporation, The Kooks, Friendly Fires, Owl City e Buraka Som Sistema se juntam aos já confirmados The Naked and The Famous, The Vaccines e The Ting Tings entres os meses de março e junho.

As datas das apresentações, disponibilizadas no site do Circo Voador são as seguintes:
04/04 - Foster The People
05/04 – Gogol Bordello e Thivery Corporation
06/04 – Friendly Fires
21/04 – Buraka Som Sistema
10/05 – The Kooks
02/06 – Owl City

quarta-feira, fevereiro 01, 2012



Rapture e Breakbot no Circo Voador

Bom, estava sem grana e até as 20 horas não ia ao show.
De repente, me aparece alguém oferecendo ingresso pela internet.
Pedi e ganhei. Simples assim.

Fui ao show, debaixo de chuva. Chuva esta que nos acompanharia a noite inteira,
dando inclusive uma apertada durante o inicio do set do Breakbot.
As companhias especiais tornaram o show ainda mais legal. E vamos a ele.
O Rapture ficou conhecido mundialmente com House of Jealous Lovers.
Era obrigatório tocar esta música nas festinhas que fazia em 2001/2002.
Isso mesmo, há 10 anos atrás.
De lá pra cá, muita coisa mudou.
Os seguidores do hype, esses esqueceram a banda.
Os apreciadores pegaram tudo o que viram na internet e compraram os outros discos,
conforme foram lançados.
Bom, acontece que dez anos é tempo pra caramba. A banda amadureceu, diriam uns,
envelheceu dizem outros. O pique no palco não é mais o mesmo. A banda não é mais a mesma,
e como um daqueles apreciadores, sinto muita falta do Mattie Safer, que fazia contraponto à voz esganiçada do Luke Jenner.
As músicas, e aí, coloque a culpa no último disco, também não são mais as mesmas, sem o pique que fazia você pular como pipoca.
Há que se pesar na balança a morte da mão de Jenner e a influência do ocorrido na concepção do novo disco, "In the grace of your love", título auto-explicativo.
Dito isso, assistimos a um show de uma banda mais contida. Mais velha, mas com tudo no lugar.
Se as novas músicas não fazem pular, dá para apreciá-las numa boa, porque são boas.
E nas músicas mais "antigas", o pique está todo lá de volta, com direito a gritos e refrões cantados em uníssono.
O show, curto, até para os padrões do circo, deixou algumas pérolas de fora, como Sister Savior.
Mas teve essas duas daí do vídeo, na melhor e mais animada parte do concerto. Colado com a versão de How Deep is Your Love, fechando a noite.
Depois de dez anos, foi bom revê-los. E tive a certeza de que aquela empolgação presente no Tim Festival, onde fizeram o que considerei um dos shows da minha vida (até aquele momento), nunca mais voltará.


***

Breakbot

De repente, surge duas caixas em cima do palco, com um equipamento em cima delas.
Breakbot entraria em cena e faria seu dj set. Como ele mesmo disse, ainda está para lançar seu álbum
em algum momento deste ano. Aí sim, começará a fazer shows. No entanto, tocou sua mais famosa música (baby, i´m yours) logo no início do set e enveredou, em seguida, por um caminho meio trilha de Amaury Jr. Disco com uma levada sexye. Detalhe pro visual Jesus do camarada.