segunda-feira, setembro 19, 2011

***ATUALIZADA***


Cheguei à conclusão que preciso fazer uma agenda de shows, com o risco de ter que ir a dois em um mesmo dia. (não disse que precisava fazer a lista? esqueci o Bad Religion)

02/09 - Metronomy (não comprado) nada feito.
11/09 - Judas Priest (última turnê - não comprado)
16/09 - The Pains of Being Pure at Heart + Ariel Pink's Haunted Graffiti (não comprado)


Cheguei a conclusão que não vou aos shows os quais não compro o ingresso com antecedência.
Um pouco que seja. A casa está sempre convidativa, alegre e feliz por me receber depois de uma semana de trabalho.
Será que perdi alguma coisa imperdível? Morrerei? Não mesmo.
Até morando perto de tudo e de todos é possível ser só.

23/09 - Primal Scream (comprado)
25/09 - RIR III (comprado)
02/10 - RIR III (comprado)
07/10 - Warpaint (não comprado)
15/10 - Bad Religion (comprado)
22/10 - Cut Copy (não comprado)
28/10 - The Kills (não comprado)
06/11 - Pearl Jam (comprado)
07/11 - Queremos festival (comprado)
08/11 - Queremos festival (comprado)
14/11 - SWU (não comprado)
ora, ora, ora.
quem diria que um dia
nada não. Ah, não.

Gosto de brincar com as palavras, vê-las formando sonoridades mais do que sentidos.
Diferentes, deferentes.
Brincar com o que o significado pode e não pode querer dizer.
Rabiscar uma tela em branco, criando vórtices de nada,
de letras embaralhadas.

vez ou outra aparecem sinais aqui.
Aqui mesmo nesse local.
Sinais que me mostram que é melhor ficar longe
do que penso ser poesia.

É só brincadeira.
Mas que às vezes insiste em ser levada à sério.

fazer o que?
ora, ora, ora.
Escrever.

segunda-feira, setembro 12, 2011

Valores.
É disso que falam as câmeras que enquadram pessoas como bichos em realitys shows de todo o tipo.
Dissecando cirurgias plásticas, fazendeiros ou marombados.
Pessoas que precisam aprender a conviver forçadamente com diferenças e diferentes. Um casamento onde o divórcio não é uma opção.
E, a partir daí, as personas vão se definindo. Os arquétipos, ô coisa mais batida, são vestidos à vontade.
Cada um já não é mais si próprio, mas o personagem definido pela mente do público, milhão de público.
Não importa se é verdade a sua forma de ver o mundo (alguma vez é?).
O que importa é o que eu penso de você (não é sempre assim?).
Se você é o vilão, sério, desista. Você será sempre o vilão, por mais que tente se livrar dessa carapuça.
Se você é a mocinha gostosa, terá sempre a admiração dos machos, mesmo que seja mau caráter.
Quem se preocupa com caráter depois de ver uma bunda gigante, coxas grossas ou a cara de cavalo emoldurada por dourados fios longos e lisos?

Eu, um sempre postulante à fama efêmera, começo a me cansar da repetição maniqueísta que esses programas tentam nos enfiar cabeça adentro e goela abaixo.
A vida fora das quatro paredes, ou mesmo aquela mísera fatia ainda que só fora da telinha (cada vez mais telona), parece ter mais sabor e muito, mas bota muito nisso, nuances de cores.

A TV em preto e branco ficou perdida na história. Mas o que vejo na programação não é nada colorido.

sexta-feira, setembro 09, 2011

***ATUALIZADA***


Cheguei à conclusão que preciso fazer uma agenda de shows, com o risco de ter que ir a dois em um mesmo dia. (não disse que precisava fazer a lista? esqueci o Bad Religion)

02/09 - Metronomy (não comprado) nada feito.
11/09 - Judas Priest (última turnê - não comprado)
16/09 - The Pains of Being Pure at Heart + Ariel Pink's Haunted Graffiti (não comprado)
23/09 - Primal Scream (comprado)
25/09 - RIR III (comprado)
02/10 - RIR III (comprado)
07/10 - Warpaint (não comprado)
15/10 - Bad Religion (comprado)
22/10 - Cut Copy (não comprado)
28/10 - The Kills (não comprado)
06/11 - Pearl Jam (comprado)
07/11 - Queremos festival (comprado)
08/11 - Queremos festival (comprado)
14/11 - SWU (não comprado)

terça-feira, setembro 06, 2011

Achei precipitada a convocação do Cortês.
Acho que o Elkeson tem mais futebol e até idade olímpica.
Mas enfim, saudemos nosso novo camisa 6 da amarelinha com um vídeo,
de não mais que seis ou sete meses atrás.
Mudanças que só o futebol traz na vida de uma pessoa.

segunda-feira, setembro 05, 2011

Antes aqui


Burocracia no rock

Se sua música está cada vez mais difícil de diferenciar-se dos milhões de artistas e mp3 jogados na rede, deixe crescer um bigode na cara. Faça shows em festivais grandes onde a música muitas vezes nem é o mais importante. E nunca, em hipótese alguma, saia de sua zona de conforto.

E ainda teve boatos que o Red Hot Chili Peppers estava numa pior. E parece que estão mesmo. Faz algum tempo, desde Californication há 12 anos atrás, que a ex-banda mais maluca da cidade não lança um álbum relevante. O próprio Californication já sinalizava uma mudança no estilo, com uma levada mais pop. A partir daí, os pimentas se esforçaram para jogar no limbo uma carreira até então inventiva, mesmo que não muito coesa. E parece que conseguiram. A banda hoje está mais para um Dave Mathews Band, o famoso suflê de chuchu, do que para Faith No More.

Acumulando discos que afastaram os fãs, tentando a qualquer custo manter-se na crista da onda, o RHCP chega a mais um trabalho: o insosso I'm With You. Está tudo lá, de novo. As baladas bonitas, que já não viram mais clipes de alta rotação na MTV, são Brendan's Death Song e Police Station. As grooveadas, para dar aos fãs uma ligeira impressão de que eles ainda sabem fazer aquilo bem, também estão presentes. Factory of Faith é um bom exemplo. O resto passa por encheção de lingüiça, as famosas fillers, músicas que não se destacam nem trazem aquela vontade de ouvir mais uma vez para descobrir pequenas boas partes. Em um álbum sem refrões pegajosos ou riffs marcantes (ainda mais com a saída de John Frusciante), o que sobra é a voz de Kiedis, e a cozinha certinha de Flea e Chad Smith. Pelo menos são “apenas” 14 músicas, diferente de Stadium Arcadium e suas 28, mas que poderiam muito bem ser umas sete ou oito.


I´m With You?
Não, Red Hot, eu não estou mais com vocês.

Nem precisa falar nada.
Meteoros, rápido!!!
Se isso é estar na pior, porra.... A música americana é mesmo uma piada.
vejam os vencedores do VMA 2011 e comparem com os vencedores de, sei lá, 1996...
Parece mesmo que estamos perdidos, sem muito rumo. A MTV deixou de ser relevante faz alguns anos.
A MTV está morta! Viva a Internet!!!


Neste domingo (28/08), a MTV americana premiou os melhores artistas da música americana. A 28ª edição do Video Music Awards (VMA) foi realizado no Nokia Theater, em Los Angeles e teve a apresentação de vários artistas, incluindo um tributo a Amy Winehouse.

Conheça abaixo os vencedores do VMA 2011.

Melhor Clipe Pop
Britney Spears – ‘Till the World Ends’

Melhor Clipe de Rock
Foo Fighters – ‘Walk’

Melhor Clipe de Hip-Hop
Nicki Minaj – ‘Super Bass’

Melhor Parceria Musical
Katy Perry feat. Kanye West – ‘E.T.’

Melhor Clipe Masculino
Justin Bieber – ‘U Smile’

Revelação
Tyler, The Creator – ‘Yonkers’

Melhor Clipe Feminino
Lady Gaga – ‘Born This Way’

Clipe do Ano
Katy Perry – ‘Firework’

Direção de Arte
Adele – ‘Rolling in the Deep’

Coreografia
Beyoncé – ‘Run the World (Girls)’

Fotografia
Adele – "Rolling in the Deep"

Edição
Adele – ‘Rolling in the Deep’

Clipe com Mensagem
Lady Gaga – ‘Born This Way’

Efeitos Especiais
Katy Perry feat. Kanye West – ‘E.T.’

domingo, setembro 04, 2011

***ATUALIZADA***


Cheguei à conclusão que preciso fazer uma agenda de shows, com o risco de ter que ir a dois em um mesmo dia. (não disse que precisava fazer a lista? esqueci o Bad Religion)

02/09 - Metronomy (não comprado) nada feito.
11/09 - Judas Priest (última turnê - não comprado)
16/09 - The Pains of Being Pure at Heart + Ariel Pink's Haunted Graffiti (não comprado)
23/09 - Primal Scream (comprado)
25/09 - RIR III (comprado)
02/10 - RIR III (comprado)
07/10 - Warpaint (não comprado) - adicionado recentemente
15/10 - Bad Religion (comprado)
06/11 - Pearl Jam (comprado)
07/11 - Queremos festival (comprado)
08/11 - Queremos festival (comprado)
14/11 - SWU (não comprado)
Velhice ou nível de qualidade?

Então acho que cheguei na idade em que pesa o bem estar, a vontade de ter paz, as dores nas costas e uma boa cerveja no gelo.
Apesar de toda a vontade, coloquei no fim de um longo dia de trabalho, o show até então "imperdível" do Metronomy na balança.
E resolvi não ir.
Estava cansado, estou sem dinheiro e com um monte de outros shows comprados.
Estava sem vontade de encontrar a modernice hype.
Estava começando a repensar o adjetivo "imperdível" aplicado ao show.
Estava mais velho, com uma cacetada de bons shows, shows medianos e alguns clássicos nas costas.

Mais um, menos um, não me faria diferença alguma. Pensei na hora no Caio que diz que para tirar ele de casa,
só se fosse um show do hendrix. Não vou tão longe, mas também não vai ser mais tão fácil me tirar de casa
para ver um show qualquer de agora em diante.

Mas o Warpaint vem aí, e esse eu considero imperdível.
Pelo menos até ter que sair às oito e meia da noite do trampo na sexta.

sábado, setembro 03, 2011

Como fazer quando a cabeça transborda de ideias mas não há a força necessária para colocá-las no papel?

***

A vida nos prega peças interessantes. Muito interessantes. Bom, andei sem trabalho, estudando cinema, filmando curtas (eram as únicas atividades/oportunidades profissionais que apareciam), sem grana, viajando, assumindo quaisquer riscos e desmandos e até, quem diria, às vezes sorrindo.

Agora, trabalho, montei um ap legal, tenho uma tv grande e um video-game. No entanto, às vezes sinto falta de pegar um avião quarta-feira pela manhã e ir passar um mês no meio do nada paraguaio, cercado de cobras, menonitas e indígenas.

***

Voltei a gostar de comer bananas. Nunca deixei de gostar, mas agora sinto falta.

***

Mais uma peça da vida.
Estava a meu caminho, o caminho metrô-trabalho/casa. No entanto, resolvi mudar o trajeto quer faço quase sem pensar. Passei por outras ruas e em frente de lojas de eletrodomésticos/eletrônicos. Casas Bahia, Casa e Vídeo, Ponto Frio...
E em uma dessas, de frente para a rua, onde a vida não para para respirar (grande erro tirarem o acento de pára), um sem-teto estava parado. Sem-teto, sem-trampo,sem-trato, com seu saco de estopa pendurado a tiracolo, encostado na coluna que separa a rua, da qual também é dono, da loja, onde nunca poderá estar. E lá, parado, olhava para as muitas telas de led, lcd, plasma brilhando. Nelas, vejam só que coisa, acontecia uma festa. Dessas com DJ, moças bonitas, luzes nervosas e muito confete, caindo a todo tempo. Não se ouvia a música, mas as imagens não deixavam enganar.

O que ele devia estar pensando naquela hora, naquele exato instante? Como seria ter uma vida de festas, mulheres, drogas e diversão? Ou será que, perdido, não conseguia distinguir aquelas formas e imagens, tão longe de sua realidade? Seria saudade, esperança ou uma força que o mantinha parado ali, a mesma que o derrubara na vida, o mantendo pobre, coitado, nas ruas que domina agora tão bem?

Uma câmera seria a perfeita forma de captar aquela imagem, mas nunca conseguiremos captar a vida que passou diante dele e de tantas pessoas, para as quais, festa e felicidade são mesmo só uma imagem em uma TV na porta de uma loja onde há um cartaz proibindo sua entrada.

***

Corre pela internet, na mesma velocidade que as amizades midiáticas, um filme antigo, de 1936, com imagens do Rio. O Rio antigo, como gostam de chamar. Infelizmente, o Rio antigo.
O Rio atual é muito, mas muito pior. Se mudaremos de referencial, podemos chamar este de Rio antigo e aquele de Rio novo, novíssimo. Limpo, lindo, monumental. Aquele sim, uma cidade maravilhosa. Essa, em que vivemos, é um arremedo sem humor daquela cidade que vemos ali. A verdade é uma só: estragamos a cidade mais linda do mundo. Se é possível comparar aquela cidade de 36 com Paris, a de hoje não encontra tão facilmente uma outra que a acompanhe. Vemos os sinais da degradação, não em concreto/ferro/aço, mas nas pessoas. Somos piores, somos sujos, somos incultos e pernósticos. Somos essa cidade manchada, acanhada e tentando sobreviver.

Creio que a imagem que mais me marcou foi a Cinelândia.
Uma praça com áreas verdes, desenho em pedras portuguesas, pessoas de bem passeando´.
Hoje o mesmo lugar é ponto de encontro de pedestres que a atravessam com pressa, saída do metrô, mendigos, trombadinhas, barracas cheias de cartazes de protesto, protestos, pombos fétidos e mancos, misto quente de um real com refresco de água açucarada...
ou seja, uma negação da ingenuidade existente há 75 anos atrás. Este fim de semana mostrarei o filme para meu avô de 92. Ele tinha 17 anos em 1936.
Talvez seja por isso que ele sai tão pouco de casa agora. Medo da realidade.