terça-feira, maio 22, 2012

http://www.npr.org/blogs/krulwich/2012/05/17/152913171/the-essence-of-science-explained-in-63-seconds

mais do que ver o vídeo, é importante ler o texto.
Que está em inglês, infelizmente.

The Essence Of Science Explained In 63 Seconds
12:00 pm
May 17, 2012

by ROBERT KRULWICH

Here it is, in a nutshell: The logic of science boiled down to one, essential idea. It comes from Richard Feynman, one of the great scientists of the 20th century, who wrote it on the blackboard during a class at Cornell in 1964.

Think about what he's saying. Science is our way of describing — as best we can — how the world works. The world, it is presumed, works perfectly well without us. Our thinking about it makes no important difference. It is out there, being the world. We are locked in, busy in our minds. And when our minds make a guess about what's happening out there, if we put our guess to the test, and we don't get the results we expect, as Feynman says, there can be only one conclusion: we're wrong.

The world knows. Our minds guess. In any contest between the two, The World Out There wins. It doesn't matter, Feynman tells the class, "how smart you are, who made the guess, or what his name is, if it disagrees with the experiment, it is wrong."

This view is based on an almost sacred belief that the ways of the world are unshakeable, ordered by laws that have no moods, no variance, that what's "Out There" has no mind. And that we, creatures of imagination, colored by our ability to tell stories, to predict, to empathize, to remember — that we are a separate domain, creatures different from the order around us. We live, full of mind, in a mindless place. The world, says the great poet Wislawa Szymborska, is "inhuman." It doesn't work on hope, or beauty or dreams. It just...is.



View with a Grain of Sand

We call it a grain of sand,
but it calls itself neither grain nor sand.
It does just fine without a name,
whether general, particular,
permanent, passing,
incorrect or apt.

Our glance, our touch mean nothing to it.
It doesn't feel itself seen and touched.
and that it fell on the windowsill
is only our experience, not its.
For it, it is no different from falling on anything else
with no assurance that it has finished falling
or that it is falling still.

The window has a wonderful view of a lake,
but the view doesn't view itself.
It exists in this world,
colorless, shapeless,
soundless, odorless, and painless.

The lake's floor exists floorlessly,
And its shore exists shorelssly.
Its water feels itself neither wet nor dry
and its waves to themselves are neither singular nor plural.
They splash deaf to their own noise
on pebbles neither large nor small.

And all this beneath a sky by nature skyless
in which the sun sets without setting at all
and hides without hiding behind an unminding cloud.
The wind ruffles it, its only reason being
that it blows

A second passes.
A second second.
A third.
But they're three seconds only for us.

Time has passed like a courier with urgent news
but that's just our simile.
The character is invented, his haste is make-believe
his news inhuman.
Na Internet é assim.
Temos tudo e temos tanto que, no fundo, não temos nada.

segunda-feira, maio 21, 2012

Da pressão de viver

Então, há uns dias atrás, fiz 36 anos.
Passou como um dia qualquer.
Ando meio cheio de tensão, ansiedade dando na cara.
A novidade agora é uma dor no peito, como se fosse um peso horrível,
que às vezes nem dá pra pensar.

Fico grilado com isso, vontade de me esconder do mundo,
das coisas, das contas, das pessoas, de ficar deitado na cama.

Comprei uma batelada de remédios hoje.
Volto para os controlados, o que significa, nada de álcool.
Ótimo, já que me despedi em grande estilo este fim de semana.

Mas enfim, como tem coisas que não dá pra explicar aqui,
fico sentindo minha pressão no peito, a bola na garganta e o enjôo,
sendo taxado de maluco por uns, de fraco por outros.

Esperando o dia em que algo aconteça (ou não, espero que não)
e eu possa dar um sorriso maroto e falar, viram eu tinha razão.
Não, não quero ter. Quero estar sempre errado,
quando o fluxo repentino e potente de adrenalina atinge meu sangue
e tudo o que posso fazer é arregalar os olhos, respirar fundo e tentar evitar o pior.

Não é fácil ser adulto, o que já sabia desde os 15 anos,
síndrome de peter pan em vista.
Mas não pensei que com isso viesse o vazio, as dores, os temores, tremores e terrores
que são mais presentes do que para a maioria de vocês.

É difícil ser literado, culto, inteligente e ver que isso não adianta nada frente
os desígnios mais malucos da natureza humana. Ser humano não é pra qualquer um.

Talvez não seja pra mim, que procuro uma verdade maior,
algo que me guie, que me sirva de bandeira, de força propulsora.
Trabalhar para ganhar um dinheirinho para pagar umas continhas,
para poder continuar trabalhando por misérias de segundos em paz.

Pode ser que nada mude, pode ser que tudo mude.
A partir de amanhã tenho 20mg de cloridrato de paroxetina na minha cabeça.
Não sei o resultado disso na prática.
mais textos? menos textos? uma visão diferente do mundo?
melancolia? felicidade? perspectivas falsas? ou as reais?

Conto com vocês.
conto, antes de tudo, com mim mesmo.



Como diria Ziraldo

Tudo de que você precisa está dentro de um livro.
Seu filho não pode chegar à internet sem passar pelo livro.
Se não for capaz de escrever o que pensa e de entender o que lê, vai pra internet pra virar um idiota.
A internet está cheia de idiotas. Ela conseguiu dar palco pro canalha, pro invejoso.
A humanidade, vocês, adultos, sabem, não presta.
E você multiplica a potencialidade dessa maldade na internet...

sexta-feira, maio 18, 2012

tava pra escrever um texto faz uns meses com o medo que eu tinha do Brasil dessa pujança toda, nova potência e o escambau.
uma hora o mercado ia/vai bater a real.
É/ERA crédito demais pra quem nunca teve e quem nunca comeu melado quando come se lambuza.
resultado: inadimplência, dívida e desespero.