quarta-feira, julho 19, 2017

Algumas escolhas e fatos da vida:

Não vendi nenhum LP quando o vinil era dado como morto e todos trocavam suas coleções por Compact discs. Por conta disso, acabei comprando muito vinil barato, numas daquelas promoções de baciadas que as lojas faziam para abrir espaço para os novíssimos cds que ocupavam muito menos espaço e eram mais caros.

Amigos meus compravam CDs antes mesmo de ter o aparelho que o tocaria porque, não é, em algum momento a tecnologia estaria acessível e, aí sim, poderiam ouvir seus disquinhos. O mesmo fizeram com DVDs e Blu-Rays. Eles estavam certos, a tecnologia barateou. E eu nunca comprei um dvd, blu-ray ou cd antes de ter o tocador em casa.

Por falar nisso, meu primeiro DVD player foi ganho num sorteio em uma festa do Dia do Mídia, oferecido pela Rede Gazeta. Nessa época tinha uma pequena agência que de tão pequena não suportou a retração do mercado com a possível eleição do Lula em 2002. Ali aprendi o que era crise. E nunca mais tive um negócio.

Voltando ao LP, comprei um disco do Smiths e demorei a entender como aquilo funcionava. Não o LP, mas o Smiths. Era muito diferente do que eu ouvia até então: basicamente rock, guitarras e barulho. Quando as guitarras de Johnny Marr bateram, foi uma viagem sem volta. E me dei uma missão: comprar APENAS em vinil, toda a discografia da banda. Demorou anos e era bem difícil achar o The Queen is Dead nos sebos da vida. Mas o vinil voltou com tudo e fez com que os proprietários os trocassem por novos e menos empoeiradas edições. Comprei o meu em um sebo, algum tempo depois.

Por acaso, comprei um monte de discos do The Cure em vinil, nesta época dos descartes LP vs. CD.