terça-feira, maio 31, 2011

Mais textos de

Terror

Mesmo quem ainda não conhece Guarapari, um balneário calmo no litoral do Espírito Santo, já deve ter ouvido falar das famosas paisagens de suas praias de águas limpas. Mas mesmo quem já conhece as areias pretas da cidade, não espera encontrar o Mangue Negro que existe por lá.

Saído da mente e da habilidade no trabalho com efeitos de Rodrigo Aragão, o longa Mangue Negro abriu um novo caminho para o cinema de terror produzido no país. Atrelado ao estilo gore, onde tripas e sangue têm tanta importância quanto uma boa interpretação, Aragão já foi comparado ao mestre Zé do Caixão, e coleciona prêmios nos festivais por onde passa.

Seu próximo projeto, A noite do Chupacabras, também feito com pouco orçamento, está prestes a ser lançado. Se filme de terror no Brasil era motivo para risos, agora a situação ficou mais séria. É melhor você pensar duas vezes antes de abrir aquele armário ou sair sozinho à noite pelas ruas desertas de sua cidade.



Ficção

Depois que seu vídeo A Menina e o Gigante ganhar notoriedade no youtube, com milhares de exibições, Ademir di Paula se tornou um nome falado e conhecido, mas não uma unanimidade. No vídeo, um robô gigante aparece para salvar uma menina de uma invasão extraterrestre.

Depois dessa primeira carta de apresentação, Ademir di Paula continuou tocando seus projetos, agora com muito mais visibilidade. Unindo efeitos em computação e roteiros de ficção científica, ele lançou há pouco tempo, na internet, o trailer de seu outro filme Contatos Imediatos de Último Grau. Nessa outra história, espaçonaves atacam o Brasil e acaba sobrando até para o Cristo Redentor.

Não demorou muito, e ele voltou a ser o centro das atenções. Seus efeitos espaciais lhe deram a oportunidade de assinar o primeiro filme totalmente brasileiro de ficção científica. Nada mal para qualquer currículo. Já as críticas, bom, essas ele manda para o espaço. Fácil como um clique no computador.

segunda-feira, maio 30, 2011

Queria postar dois textos que li este fim de semana. mas o globo.com não permite.
Pena, queria poder dividir o que Arnaldo Bloch e Artur Xexeo falaram sobre o show do Paul Mccartney. Sem o deslumbre dos focas, que assombram as redações, os dois celebraram a boa música, os bons shows, e tiraram essa aura de oba oba em cima da apresentação do ex-beatle no engenhão. O toque está dado, corram atrás.


***

Sábado fui no Colarinho, encontrei o Caio e perdi a linha...

Fui de Konig Pilsner, Schneider Tap 7 Original e chopps da Colorado Demoiselle, Falke Dry Stout, Mistura Clássica Malzbier, Bamberg Helles (caneca de um litro), dois La Trappe Quadrupel (banana... hum...) e um Viena American Pale Ale (APA). Tudo fora de ordem, claro...

quinta-feira, maio 26, 2011

lá do site...

Bollywood

O Skype estava me chamando. A entrevista estava marcada para as cinco da tarde. Do lado de lá, Beatriz Seigner, diretora do longa Sonhos de Bollywood. O papo começa com um belo sol a iluminar o quarto onde a câmera estava.

Beatriz começa explicando como surgiu a oportunidade de fazer um filme em co-produção com a Índia, e as coincidências que levaram três atrizes a enfrentar todos os vícios da indústria indiana de filmes, inclusive do star system. Entre outros tantos assuntos, a vontade de fazer um filme sobre a estranheza das sensações em um país tão único e tão distante da nossa realidade, e com uma câmera um tanto naturalista captando momentos de improvisação e quase documentais.

As dificuldades da língua e de ser uma mulher dando ordens no set, pouco comum para os indianos, também estiveram na pauta da conversa que, de tão leve e interessante, só acabou quando o sol que iluminava o quarto já tinha se posto.

Ah, o Dahmer... esse gênio da geração...

quarta-feira, maio 25, 2011

Brejas!!!!!

Resolvi fechar a noite com a Rochefort 6. Nem esperava tanto, mas MEU DEUS!!!
O que é esse cheiro? Uva passa, damasco, tutti frutti. Depois, apareceu um abacaxi rapidinho, conforme ia esquentando. O sabor, lindo, frutado, pão, malte, mais uma vez tutti frutti. No copo, uma cor fechada puxando para o cobre, turva, com deposito. A espuma nem consistente, nem perene... Mas sinceramente? Nem precisava. Uma cerveja fina e elegante como poucas... Quero mais e mais e mais. Bélgica aí vou eu.
hehehehe








Esse dia começou, cervejamente falando com uma nacional que há tempos venho deixando de lado. Sabia que um dia ela estaria a minha frente, então foi mais uma opção de esperar pelo momento certo para degustar a Colorado Cauim.
As Colorados estão ganhando cada vez mais espaço na minha lista de cervejas. A Indica é uma ótima opção de IPA, em bom custo. E a Cauim acaba de se tornar a minha pilsen nacional preferida. Tem aroma, sabor, lúpulo gostoso... Só não consegui sentir a mandioca (ui!). Mas estava com o nariz meio entupido, em um ambiente não controlado. hehehe.



Eu de Pilsen?



Depois, preciso dizer, encontrei uma legítima perfumada. Que cerveja deliciosa, que aroma maravilhoso... Como li por aí, em algum lugar, um chá de grama cortada. Com flores, veja só. Lúpulo floral foi a descrição do vendedor. Achei uma ótima opção, como se fosse uma irmã mais nova da Pilsner Urquell. Urquell que é a minha favorita até hoje.







E depois, para fechar a noite, já em grande estilo uma das minhas marcas preferidas, mesmo antes de provar, a Orval. É uma das taças mais lindas, uma das garrafas mais lindas e uma das bolachas mais lindas. Agora, admito, não estava preparado para o soco que saiu de dentro da garrafa quando a cheirei pela primeira vez... Nem sei com o que se parece, algo tão forte e ao mesmo tempo equilibrado.


a garrafa



a bolacha



o copo

Com umas belezas dessas, a cerva nem precisava ser boa. Mas é.
Além da porrada, cheia de malte, biscoito e, sei lá, AIPO (???) no aroma, o sabor da danada consegue juntar o malte das trapistas mas cheia de lúpulo. retrogosto permanente, MESMO, tipo 5 minutos no mínimo depois de beber ele ainda te lembra do gosto da danada. Até menta veio na leva do último gole. Baunilha, biscoito, o maltado com certo frescor, talvez lupulado...
Complexa, muito complexa. Merece uma segunda degustação, assim como a Gouden Carolus Classic.
Ontem estava pensando numas listas possíveis de serem feitas: melhores shows, melhores bandas, grandes discos... Do nada me deparei com uma, totalmente minha, de bandas que achei no início da onda de compartilhamento de MP3 pela internet. Coisas da época da internet discada, ligada direto madrugada adentro (pulso único, lembram-se?), pré-napster. Nem me lembro como as achava ou como conseguia baixar essas músicas, mas o meu winamp, que usei até a versão 2.8, viu muitas delas fazendo companhia, nas tardes de 98, aos jogos emulados de NES e Flipers das antigas. Então, pensei em buscar algumas dessas bandas e ver como estão hoje em dia...

Algumas delas abaixo:

Essex Green
ouvia muito o disco Everything is Green. E a música de mesmo nome embalou MUITA jogatina de Elevator Action.
Escute ela aqui.



Flashing Lights
Deles, fui catando e ouvia o primeiro disco inteiro. Imaginem a dificuldade em achar(e baixar) um disco inteiro naquela época. Minha tia pediu carinhosamente para eu pagar a conta de telefone que teria vindo alta demais.


Artist: The Flashing Lights
Title: Where The Change Is
Year: 1999
$15.00 CDN
(approx. USD $14.93)
(approx. EURO 10.70 €)
Currently not available.



1 Where The Change Is
2 Highschool
3 Half The Time
4 Heart Like Mine
5 Rotary Hotel
6 Summertime Climb
7 Where Do The Days Go?
8 Talk To The Hand
9 The Unattached
10 The Patient You Forget To See
11 Elavature
12 Day Like That
13 Gone Are The Good Times

A única encontrada online para degustação é essa linkada na tracklist.



The Asteroid #4
Nem sabia que os caras ainda estavam na ativa...
Simplesmente amava o primeiro disco deles, dificílimo de achar. Tinha, se isso, umas cinco músicas do álbum. E olha que procurei com força, viu. O danado, intitulado, Introducing... The Asteroid #4 deve ser mais fácil de se achar hoje em dia.


Difícil lembrar de mais nomes agora, principalmente depois de todos os mp3 terem se perdido no tempo e nos hds de velhas máquinas. Mas pelo menos esses me marcaram, tanto que lembro deles até hoje, mais de 10 anos depois...

E isso me faz pensar: Para onde vão os arquivos perdidos? Será que existe um céu para eles?

terça-feira, maio 24, 2011

Com toda essa parafernália em cima do show do Paul, resolvi parar para pensar nos cinco melhores shows que fui. Porque esse eu não fazia questão mesmo de ter ido. A eles, sem ordem definida:

Iron Maiden - RIR 3

Rage Against The Machine - SWU

Oasis - Metropolitan

Mars Volta - Tim Festival

Friendly Fires - Circo Voador

...
menções mais do que honrosas para:
Social Distortion - Circo Voador
Radiohead - Apoteose
Pearl Jam - Apoteose
White Stripes - Tim Festival
Blur - Metropolitan
Smashing Pumpkins - Metropolitan
Pavement - Planeta Terra
Sou um neófito no que diz respeito a cervejas. Entendo pouco de malte e lúpulo.
Sei de minha preferência, secular, pelo segundo. E desde sempre, achava sem graça as nacionais, gosto de nada engarrafado ou enlatada, em latas de alumínio.

No entanto, começo a sentir aromas, sabores, diferenciar cores e diferentes formações de espuma. Sou um enochato da cerveja. Um cervechato. Confesso que ainda estou nas europeias (com ou sem acento?). No Velho Mundo, é fácil achar uma cerveja com mais de 100, 200 anos de tradição. E quem faz cerveja a tanto tempo, não pode estar errado. Belgas, Tchecas, Alemãs, Inglesas...

Mas e daí? Daí que os americanos, chutaram a tradição, e resolveram fazer cerveja também. Diferente daquela American Lager, reproduzida a perder de vista e de sabor, tipo Buds e afins, os caras decidiram mexer em times que estavam ganhando. E, sem tradição para os amarrarem, saíram criando, sem medo de ser feliz. É uma ótima amostra dessa chamada nova escola americana que vem parar aqui no Brasil.
Rótulos como Flying Dog, Anderson Valley ou Rogue já estão nas prateleiras e o que falta para mim (ou faltava) era dar o primeiro passo.
Tradicionalista, como sou, demorei. Mas tive o prazer de ser apresentado a esse novo mundo, com trocadilho por favor, com uma bela escolha: uma Anderson Valley, Oatmeal Stout.


Americana, retiro de ti o meu preconceito...



ô cerveja gostosa, viu...
Preta, preta, pretinha, com uma espuma cor de caramelo. Lindíssima no copo. O tostado, defumado, o tempo todo no aroma e no paladar. Mas com os goles foi pesando na língua, lá atrás sabe, naquele lugar onde o lúpulo aparece... nos últimos goles, parecia que estava bebendo chumbo, tamanho o peso. Aí fui ler sobre as americanas e todos dizem que uma característica delas é ser forçada no lúpulo. É ruim? Não mesmo. Até achei equilibrada nos primeiros goles. Mas poderia ter dividido a garrafa com alguém.

É aquela história, a eterna falta do que fazer.

Estou de volta aos metrôs e aos veículos de transporte coletivo. Fico vendo as pessoas, de um lado para o outro. Histórias diferentes, fico criando. A mãe, simples, com seu bebê com síndrome de Down, que não parava de sorrir e olhar para todos os lados. A nordestina vesga, que falava alto ao celular. O aluno com calça rasgada e camisa do Malvados, escutando uma música em seu fone e acompanhando com o bater dos pés.

Criando, fico. Penso em cada um deles, nos passos, nas pessoas de suas vidas, em suas casas, em seus quartos. Como será a vida de uma pessoa que não pensa na outra pessoa, apenas vive, dia após o outro, sem pensar que nada disso vale nada, pois na esquina há o fim, um muro sem possibilidade de retorno, numa rua sem saída. Uma rua de onde nenhum de nós poderá sair.

Ficando criado, levando na boa. Pensando, pensando.
Pesado.

Aí, abrem-se as cortinas, as portas de ferro de correr e sai a boiada. Frente e verso, mesmo que partida e chegada. Menos que nada. Preciso partir. Agora fico aqui a pensar até dar a hora de voltar e poder encontrar novamente histórias que não as minhas, mesmo que indizíveis, mesmo que encobertas, mesmo que desconhecidas.
Mas fáceis de criar.

sexta-feira, maio 20, 2011

E depois de algum tempo:
Brejas



Comprei um peixe urbano da vida e ganhei um crédito em um restaurante no Leblon chamado Mekong. Com cozinha oriental, mas fugindo do básico rolinho primavera-yakisoba-sushi, o restô apresentou umas opções bem interessantes, tailandesas, vietnamitas e indianas, entre seus quitutes.
Mas o que me chamou a atenção mesmo foi a cerveja chinesa descrita no cardápio.
Essa danada aqui:



TsingTao

Óbvio, quis experimentar. A lata, com cara de anos 80, tem um anel para abertura pequeno que me lembrou na hora das antigas brahmas daqui. Só faltou a lata ser de ferro. Em um texto escrito em inglês, vi que era uma Rice Beer. Isso mesmo, uma cerveja de arroz. Amarelinha, e super cheirosa, lembrando muito o cheiro do saquê. Meio óbvio, né? Arroz e herbal. Sabe aquelas imagens de plantações de arroz dos filmes de guerra americanos? Então, o cheiro é exatamente esse, como se você tivesse com água até os joelhos no meio de uma platação. No gosto, leveza e refrescância, com pouco retrogosto. Mais uma vez arroz e saquê vieram com força. Com um lupulozinho lá no fundo, chamado talvez pelo herbal. Na média, uma boa experiência, que faria parte do meu cardápio ocasional, caso fosse fácil encontrá-la nos mercados daqui.

Uma cerveja leve e refrescante, para tomar bem gelada.
Nota 5,2

INFORMAÇÕES
Cervejaria Tsingtao Brewery
Estilo Standard American Lager
Álcool (%) 4.8% ABV
Ingredientes Água, malte, lúpulo e arroz
Site http://www.tsingtaobeer.com/
Temperatura 0-4 °C

DETALHES
Degustada em 30/Abril/2011
Envasamento Lata
Volume em ml 300 ml
Onde comprou Mekong
Preço 8,00 (?)

quinta-feira, maio 19, 2011

Aqui antes

Na hora de escolher um disco para resenhar, uma série de fatores são levados em consideração. A banda ser bem conhecida, estar com um grande lançamento, ou uma nova banda com um disco que atraiu os holofotes são fatores que pesam na hora da escolha.

Dito isso, é necessário que a revelação seja feita: está cada vez mais difícil resenhar um lançamento. Ou o momento do lançamento não coincide com o da crítica, ou o disco nem veio com qualidade o suficiente para render uma resenha, ou ainda, na correria para encontrar uma inspiração para o texto, passar batido por um álbum que de primeira pareceu menor, mas que cresce com o tempo. O novo do Foo Fighters, Wasting Light, é um bom exemplo disso. O timing não é perfeito, a primeira audição foi atrapalhada, cheia de notas perdidas, e passou sem chamar a atenção. No entanto, com o passar dos dias, as músicas foram grudando, aparecendo, se desnudando. E bingo! Temos um grande disco, de uma banda bem conhecida, para falar.



É foo fighters, ok.

Os gritos e os refrões grudentos de Grohl estão de volta. E por falar em volta, a de Pat Smear devolveu ao quarteto um pouco da vitalidade dos primeiros álbuns, com seu peso, suas melodias e sua guitarra a mais. Bridge Burning e Rope mostram bem a versatilidade da banda, indo uma para o pop e a outra para o rock. Já White Limo, bem pesada para os padrões radiofônicos atuais poderia muito bem encontrar um espaço no primeiro disco de estúdio deles. Arlandria e These Days não saem da cabeça. E quando chegam I Should Have Known e Walk, as duas últimas, você fica se perguntando o que aconteceu naquele primeiro momento em que você achou que o disco não seria bom o suficiente para ganhar umas linhas. Ora bolas, eles são os Foo Fighters. E nunca, mesmo, fiquei desapontado com um disco deles. Espero que nem você, mas caso aconteça, aqui vai uma dica: paciência e Repeat. Bom proveito.

quarta-feira, maio 18, 2011

Textos para o site do Revista:
www.revistadocinemabrasileiro.com.br


Legião Urbana

Já faz algum tempo que o Brasil perdeu um de seus maiores expoentes dentro do cenário roqueiro nacional: Renato Russo. Mas o trovador solitário nunca saiu da cabeça e dos toca-discos dos brasileiros que o conheceram ou que apenas ouviram falar de sua genialidade.

Agora uma nova geração pode se preparar para conhecer a fundo o legionário e sua banda, formada também por Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos. Vem aí, nada menos do que três filmes que têm a Legião, ou suas músicas, como personagem. Faroeste Caboclo é uma ficção, dirigida por René Sampaio, baseada em um dos maiores sucessos da banda, de mesmo nome. O épico de 10 minutos de duração conta a história de João de Santo Cristo, dos seus primeiros dias até o duelo final com Jeremias, o bandido traidor.

Ainda nessa leva, o documentário Rock Brasília, Ninguém Segura Essa Utopia, de Vladmir Carvalho, mostra em imagens feitas desde a década de 80, como o rock feito na capital federal cresceu e virou gente grande, conquistando todo o Brasil. E para fechar, Somos tão jovens, de Antonio Carlos da Fontoura, que conta a adolescência de Renato Manfredini Júnior que sonhava em se tornar o maior roqueiro do Brasil. Se ele conseguiu? É só você se perguntar se conhece um tal de Renato Russo.
Urbana Legio Omnia Vincit.



Raulzito

Falar de rock no Brasil e não citar Raul Seixas é cometer um erro craso. Talvez um dos principais roqueiros da primeira leva, Raulzito causou com sua banda os Panteras, e deixou muita gente com a pulga atrás da orelha com músicas e atitudes nada convencionais.

O defensor da sociedade alternativa, parceiro de Paulo Coelho e carimbador maluco do Plunct Plact Zum terá sua vida (e morte) esmiuçada por ninguém menos que Walter Carvalho e Evaldo Mocarzel. Com imagens da Virada Cultural de 2009, onde os 20 anos da morte de Raul foram lembrados, depoimentos de familiares e colegas de palco, o documentário vai fazer muita gente se lembrar de hinos como Eu nasci há dez mil anos atrás, Metamorfose Ambulante e Maluco Beleza. Está mais do que na moda gritar: Toca Raul!!!!

quinta-feira, maio 12, 2011

Da Série: Coisas malucas que chegam no e-mail do trabalho

A/C Redação
Os jornalistas que comparecem ao evento ganham uma técnica de terapia complementar.

Paranapiacaba é sede da VIII Convenção de Bruxas e Magos

“Tudo que realmente acreditar é possível se concretizar”. Este foi o pensamento que Tania Gori, juntamente com a sua equipe da Casa de Bruxa, teve em 2004. Organizar uma Convenção de Bruxas e Magos em Paranapiacaba (Santo André) promovendo todas as formas de expressões ligadas ao misticismo e mundo espiritual, com respeito a adversidade, a história de cada tradição e principalmente, desmistificando o conceito sobre bruxaria. O sonho tornou-se real e no próximo dia 13 de maio tem início a oitava edição envolvendo profissionais do Brasil inteiro, com a expectativa de público de 12 mil pessoas em três dias de evento. O tema deste ano é “A Jornada da Alma” onde diversas linhas filosóficas, religiosas, esotéricas e afins apresentam sua perspectiva de um mundo melhor.

Consagrado como um dos maiores eventos do gênero, em âmbito nacional, a proposta é interagir informações sobre Energia, Natureza Humana, processos e técnicas terapêuticas, questões sobre metafísica, entre outras abordagens. Durante três dias (13, 14 e 15 de maio) serão abordados diversos caminhos que levam à busca do autoconhecimento e ao aprimoramento de seres humanos mais iluminados. O evento é de inciativa da Universidade Livre Holística Casa de Bruxa e conta com o apoio da Prefeitura de Santo André.

Para marcar o início da Convenção de Bruxas e Magos, às 21h, na Sexta-feira 13, acontece a tradicional Procissão de Velas para iluminação do caminho, atraindo felicidade e bem estar, por toda Vila de Paranapiacaba. Em seguida, no Locobrek (espaço onde ficava a ferrovia) será realizado o ritual de transformação, onde são focados todos os tipos de prosperidade.

No sábado e domingo, a partir das 9h, cerca de 70 profissionais estarão presentes em vários locais, com atividades diversas: palestras, workshops, apresentações de danças, teatro, rituais, oficinas e muito mais. Os temas são os mais variados possíveis: astrologia, kabala, oráculos, magia hermética, bruxaria, cultura grega, nórdica, oriental, cigana, xamã, mistérios do sagrado feminino, numerologia, ervas, anjos e arcanjos, druidismo, vampyrismo, chacras, entre outros temas de extrema importância e notoriedade nacional.

Destaque especial para o Centro das Terapias Naturais (Galpão do Judô) que promoverá as Terapias Vibracionais e Naturais para o reequilíbrio energéticos, das 10h às 12h e das 14h às 16h, pelo valor do convite a R$ 10,00. No sábado a noite, promovendo a confraternização entre os presentes, acontece às 22h, o Sarau “Entre Brumas e Sonhos: A Jornada da Alma” e em seguida, o Bailado Cigano – com Grupo Luz de Sara Kali

A VIII Convenção de Bruxas e Magos em Paranapiacaba é uma idealização da Universidade Livre Holística Casa de Bruxa cuja anfitriã é Tania Gori, idealizadora da Bruxaria Natural no Brasil. Os temas abordados e a linha de pensamento são de total responsabilidade de seus percussores, não necessariamente sendo a mesma diretriz adotada pela instituição.

Os convites que estão sendo vendidos a R$ 25,00 que dão direito, com exceção do Centro de Terapias, a todas as demais atividades.

Programações específicas: http://www.casadebruxa.com.br/convencao/2011/

Demais informações:
Universidade Livre Holística Casa de Bruxa
Rua Almirante Protógenes, 281 - Bairro Jardim – Sto André

quarta-feira, maio 11, 2011

Talvez os últimos textos meus a entrarem no site do Revista do Cinema Brasileiro.

Ponto de Encontro


No meio da tarde o seu parceiro de projetos te liga e pede uma reunião urgente. O local fica a sua escolha. Claro que nesse momento você já deve ter pensado em, pelo menos, três opções diferentes. Mas se você faz cinema e mora no Recife, uma dessas opções é bem óbvia: o café em frente ao cinema da Fundação Joaquim Nabuco.

O proprietário, Leonardo Lacca, é um jovem realizador com alguns filmes no currículo e que não se furta de comentar sobre a cena cinematográfica do Recife e sobre tipos de café. A ideia de unir o útil ao agradável surgiu em uma viagem a São Paulo. E desde então, o café tem servido de ponto de encontro de cineastas e artistas que, entre uma xícara e outra, trocam ideias e discutem projetos.

Quando ligamos para marcar com Lacca uma conversa, ele pediu para ser depois da reunião que teria no local. Aceitamos, mas chegamos antes para testemunhar o encontro. Só esquecemos que isso não era necessário. Enquanto ele, Tião e Daniel conversavam, o cheiro de café servia como fundo para pelo menos outras duas reuniões. Energia é o que não falta pra esse pessoal. Nem local para se reunir.


CINE-PE


O cinema brasileiro precisa fazer público, botar seu bloco na rua. Se hoje essa frase pode parecer datada, há quinze anos atrás, em pleno início da retomada, era a mais pura verdade. E um Festival de Cinema resolveu abrir suas portas para uma multidão. É de público que precisamos? Então toma mais de duas mil pessoas por sessão.

É claro que estamos falando do Festival de Recife, hoje já Cine-PE. Na gigantesca sala de exibição do Centro de Convenções já foram lançados filmes como Central do Brasil e Baile Perfumado. O público agradece. E comparece. Nesta décima quinta edição, comemorada a contento, tivemos homenagens a veículos de comunicação, atores, atrizes e técnicos, a diretores e, é claro, a sua Revista do Cinema Brasileiro, pelos seus 15 anos de programa completados no final de 2010.

E como não poderia deixar de ser, muitos filmes. Família Vende Tudo, de Alan Fresnot; Estamos Juntos, de Toni Venturi; Casa 9, de Luiz Carlos Lacerda; Vamos Fazer um Brinde, de Sabrina Rosa e Cavi Borges; Casamento Brasileiro, que marca a volta do diretor Fauzi Mansur ao cinema; e JMB, O Famigerado, de Luci Alcântara participaram da mostra competitiva de longas e dividiram espaço com curtas digitais e em 35mm. Entre os curtas, destaque para Flash; Mens sana in Corpore sana; Braxília; Calma, Monga, Calma; Ovos de Dinossauro na Sala de Estar e Traz Outro Amigo Também. Como dá para perceber, qualidade e quantidade são características nem um pouco distintas quando estamos falando do Cine-PE.