terça-feira, maio 24, 2011

Sou um neófito no que diz respeito a cervejas. Entendo pouco de malte e lúpulo.
Sei de minha preferência, secular, pelo segundo. E desde sempre, achava sem graça as nacionais, gosto de nada engarrafado ou enlatada, em latas de alumínio.

No entanto, começo a sentir aromas, sabores, diferenciar cores e diferentes formações de espuma. Sou um enochato da cerveja. Um cervechato. Confesso que ainda estou nas europeias (com ou sem acento?). No Velho Mundo, é fácil achar uma cerveja com mais de 100, 200 anos de tradição. E quem faz cerveja a tanto tempo, não pode estar errado. Belgas, Tchecas, Alemãs, Inglesas...

Mas e daí? Daí que os americanos, chutaram a tradição, e resolveram fazer cerveja também. Diferente daquela American Lager, reproduzida a perder de vista e de sabor, tipo Buds e afins, os caras decidiram mexer em times que estavam ganhando. E, sem tradição para os amarrarem, saíram criando, sem medo de ser feliz. É uma ótima amostra dessa chamada nova escola americana que vem parar aqui no Brasil.
Rótulos como Flying Dog, Anderson Valley ou Rogue já estão nas prateleiras e o que falta para mim (ou faltava) era dar o primeiro passo.
Tradicionalista, como sou, demorei. Mas tive o prazer de ser apresentado a esse novo mundo, com trocadilho por favor, com uma bela escolha: uma Anderson Valley, Oatmeal Stout.


Americana, retiro de ti o meu preconceito...



ô cerveja gostosa, viu...
Preta, preta, pretinha, com uma espuma cor de caramelo. Lindíssima no copo. O tostado, defumado, o tempo todo no aroma e no paladar. Mas com os goles foi pesando na língua, lá atrás sabe, naquele lugar onde o lúpulo aparece... nos últimos goles, parecia que estava bebendo chumbo, tamanho o peso. Aí fui ler sobre as americanas e todos dizem que uma característica delas é ser forçada no lúpulo. É ruim? Não mesmo. Até achei equilibrada nos primeiros goles. Mas poderia ter dividido a garrafa com alguém.

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