quarta-feira, maio 11, 2011

Talvez os últimos textos meus a entrarem no site do Revista do Cinema Brasileiro.

Ponto de Encontro


No meio da tarde o seu parceiro de projetos te liga e pede uma reunião urgente. O local fica a sua escolha. Claro que nesse momento você já deve ter pensado em, pelo menos, três opções diferentes. Mas se você faz cinema e mora no Recife, uma dessas opções é bem óbvia: o café em frente ao cinema da Fundação Joaquim Nabuco.

O proprietário, Leonardo Lacca, é um jovem realizador com alguns filmes no currículo e que não se furta de comentar sobre a cena cinematográfica do Recife e sobre tipos de café. A ideia de unir o útil ao agradável surgiu em uma viagem a São Paulo. E desde então, o café tem servido de ponto de encontro de cineastas e artistas que, entre uma xícara e outra, trocam ideias e discutem projetos.

Quando ligamos para marcar com Lacca uma conversa, ele pediu para ser depois da reunião que teria no local. Aceitamos, mas chegamos antes para testemunhar o encontro. Só esquecemos que isso não era necessário. Enquanto ele, Tião e Daniel conversavam, o cheiro de café servia como fundo para pelo menos outras duas reuniões. Energia é o que não falta pra esse pessoal. Nem local para se reunir.


CINE-PE


O cinema brasileiro precisa fazer público, botar seu bloco na rua. Se hoje essa frase pode parecer datada, há quinze anos atrás, em pleno início da retomada, era a mais pura verdade. E um Festival de Cinema resolveu abrir suas portas para uma multidão. É de público que precisamos? Então toma mais de duas mil pessoas por sessão.

É claro que estamos falando do Festival de Recife, hoje já Cine-PE. Na gigantesca sala de exibição do Centro de Convenções já foram lançados filmes como Central do Brasil e Baile Perfumado. O público agradece. E comparece. Nesta décima quinta edição, comemorada a contento, tivemos homenagens a veículos de comunicação, atores, atrizes e técnicos, a diretores e, é claro, a sua Revista do Cinema Brasileiro, pelos seus 15 anos de programa completados no final de 2010.

E como não poderia deixar de ser, muitos filmes. Família Vende Tudo, de Alan Fresnot; Estamos Juntos, de Toni Venturi; Casa 9, de Luiz Carlos Lacerda; Vamos Fazer um Brinde, de Sabrina Rosa e Cavi Borges; Casamento Brasileiro, que marca a volta do diretor Fauzi Mansur ao cinema; e JMB, O Famigerado, de Luci Alcântara participaram da mostra competitiva de longas e dividiram espaço com curtas digitais e em 35mm. Entre os curtas, destaque para Flash; Mens sana in Corpore sana; Braxília; Calma, Monga, Calma; Ovos de Dinossauro na Sala de Estar e Traz Outro Amigo Também. Como dá para perceber, qualidade e quantidade são características nem um pouco distintas quando estamos falando do Cine-PE.

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