sexta-feira, abril 27, 2012

Atualizada!!!!!

27/01 - The Rapture + Breakbot
Descrição ali embaixo, é só procurar.
03/02 - Mayer Hawthorne
Estava em São Paulo. Fim de semana interessante.
09/03 - Morrissey, na Fundição.

Sobre o Morrissey ainda devo umas linhas aqui. Mas ver How Soon is Now ao vivo, vou lhes dizer...
15/03 - The Naked and Famous
Não fui. Estava cansado. Só isso.
17/03 - Happy Mondays, Circo Voador
Cancelado. Afinal, são os Crazy Mondays.
31/03 - Nação Zumbi
Perdi um show com duas horas de duração.
Mas fui em um aniversário e vi todo o Trapalhões no Planalto dos Macacos.
04/04 - Foster The People
Ainda preciso escrever sobre esse show. Um dos melhores do ano.
05/04 – Thivery Corporation
Não.
06/04 – Friendly Fires
Não.
21/04 – Buraka Som Sistema
Não.
22/04 - Anthrax + Misfits
escrito e descrito no post abaixo.
03/05 - Noel Gallagher (comprado)
10/05 – The Kooks
18/05 - Matanza - Circo Voador
04/06 - Tune-Yards, Teatro Odisséia
26/05 - Los Hermanos, Fundição Progresso SOLD OUT
27/05 - Los Hermanos, Fundição Progresso SOLD OUT
02/06 – Owl City
03/06 - Los Hermanos. (comprado)
set/out - SWU
Como foi, amigos. É como foi.


Domingueira quase noite, ainda levemente ressaqueado. Duas fatias de pizza na Guanabara da Lapa, a verdadeira xepa, uns dois chopps e estamos prontos para encarar a maratona de shows. Perto de festivais que duram finais de semana, nossa maratona é café pequeno. Mas para a gente estar aqui vale muito mais. São duas bandas, Misfits e Anthrax. Duas grandes bandas. As camisas pretas abundam pelas cercanias da Fundição Progresso. A fila para entrar, FILA, está imensa. Vamos lá pro final e na metade do caminho começamos a ouvir a barulheira saindo lá de dentro. Felizmente, depois de entrarmos, descobrimos ser o cover de Metallica chamada Anesthesia. UFA... a noite estava salva.

Nos preparamos, arrumamos um lugar tranqüilo, boa visão do palco, som nem tão bom, típico da fundição (e do Misfits)e fomos pro show. Misfits foi aquilo de sempre, grosso até o talo, melódico e com o som emboladão. Normal, né? Jerry Only não tem voz mesmo.
No set, muitas do último álbum e uns clássicos, como não poderia deixar de ser. O show foi bom, então? Claro que foi. Mas para mim, que tive a chance de vê-los sozinho no circo, onde detonaram um set com 38 músicas e começaram com Halloween (dessa vez só mandaram ela no meio do show), achei só ok. Tanto que tive que dar uma saída pra pegar água e nem fiquei tão chateado. Pode ter sido a casa - mais ampla -, o público - mais do Anthrax - ou outros fatores quaisquer que fizeram um show que considerei antológico anteriormente em uma apresentação só ok. Os amigos presentes, Paulinho, Tourco e Bonna podem ter uma impressão diferente.



Tempo para descansar as pernas e lá vem mais pancada. Pela primeira vez, veria o Anthrax com sua formação quase original. Mas pelo menos, era o Belladona na gritaria. E não hove decepção. De forma alguma. A banda, afiadíssima, o som altão e bem menos embolado do que o Misfits e uma galera completamente alucinada no mosh já fizeram desse show um dos melhores de 2012. Sem sombra de dúvida.

O set passeou por quase todos os discos da fase Belladona, com clássicos como Be All, End All; Metal Thrashing Mad; Got the time; Antisocial; Indians; I´m The Man e até umas menos cotadas como Medusa(????????). As músicas do disco novo apareceram também e funcionaram MUITO melhor ao vivo do que no disco. Destaque absoluto pra The Devil You Know, um show de peso e melodia. Falei das músicas, agora falo da banda.



Ver em cena Scott Ian é emocionante. Charlie Benante é um cavalo. Frank Belo estava contido, mas seguro. E o Belladona, meus camaradas, tiozão velho e magricelo com pique de garoto. E com uma cabeleira de dar inveja ao Jassa. Ele chamava a platéia, regia o coro, corria e, além disso tudo cantava. E como cantava. Foi de lavar a alma. Tudo o que precisava para fechar com chave de ouro, a cereja do bolo de um final de semana intenso. Da próxima, espero que mais de vocês possa vir e fazer o consulado tijucano ainda mais feliz.


quinta-feira, abril 19, 2012

A brincadeira é simples.
Escolho cinco discos da minha vida, pego duas músicas deles que mais marcaram e
publico aqui.


Discos da vida


Não é fácil pensar assim, de prima, em cinco discos. Ou por serem tantos em tantos anos, ou por serem poucos os que realmente grudaram na minha história de vida. Mas já que é isso o proposto, vamos a eles.


Titãs – Cabeça Dinossauro

Tenho uma história de amor e ódio com os Titãs. Em uma Lojas Americanas, no centro de Vitória, pedi um disco qualquer para o meu pai. Ele olhou para aquele monte de disco da loja (eles ficavam pendurados ou isso é apenas uma lembrança nebulosa?) e me disse:
Ou você leva esse ou não te dou nenhum. Aceitei. Afinal, melhor um disco rodando do que dois na loja. E ganhei meu primeiro disco de rock. Imagine o baque que ele causou no garoto de 10 anos. A capa era assustadora, e dentro o desenho era mais feio ainda. Ouvir aquelas músicas que falavam em dar porrada, xingavam a igreja ou mandavam os bichinhos irem se fuder mexeu comigo. AA UU, gutural, era a minha preferida. E A Face do Destruidor a que mais me dava medo. Por conta desse disco, virei fã dos Titãs e acompanhei a carreira deles, comprando todos os discos (em vinil) até o Titanomaquia. No colégio, a sala se dividia entre os fãs da Legião e eu, fã e defensor dos Titãs. As discussões eram intermináveis e sempre conseguia colocá-los lado a lado com Renato Russo e Cia.
Ainda bem que não estudava mais quando vieram “As dez mais” e seus sucessores.










GnR – Apetite for Destruction/ FNM – The Real Thing

Aqui não tenho muito como fugir senão citando esses dois discos, que não tem nada a ver um com o outro. Mas voltando do Rio para Vitória, ouvi os melhores momentos do Rock in Rio 2 em uma rádio qualquer. Os pedaços dos shows do Faith No More e do Guns me abalaram. Até então, estava indo por um caminho meio estranho no que diz respeito à música. Tinha algumas trilhas de novela, uns de batucada e, acreditem, um de axé - da Banda Reflexus - que simplesmente adorava. Juntei uma graninha e fui até a Mesbla, no centro da cidade. Lá achei os dois discos vendendo. Comprei-os. Foram os primeiros que comprei com meu dinheiro (apesar de ainda não trabalhar). Até hoje carrego um pouco de orgulho de tê-los escolhido e de saber que foram esses que me colocaram de vez no caminho do rock.












Oasis – Definetly Maybe

Oasis foi é e sempre será a minha banda favorita. Perdeu o posto pro Verve em alguns momentos, mas nada que pudesse abalar sua supremacia. Era uma época de vacas magras. Eu só estudava e não tinha nenhuma forma de renda. Não, nem mesada. Mas era viciado por música e queria continuar comprando mais discos, descobrindo mais bandas. Meu passatempo favorito era ir a uma loja onde ouvia discos a tarde toda.
Para frear meu impulso consumista, tinha duas soluções. A primeira era encomendar um disco de uma banda qualquer em um catálogo imenso. Assim que o disco chegava me ligavam da loja, mas eu nunca ia buscá-los. Umas semanas depois, era certeza, estariam na banca de promoção. Aí comprava por um preço bem menos salgado do que o de um disco encomendado. A segunda era comprar um disco, levar pra casa, ouvir e gravar uma fita k7. No dia seguinte voltava à loja e falava que tinha ganhado um disco igual àquele de aniversário. Fazia a troca e pronto, tinha dois discos pelo preço de um. Uma única vez isso não funcionou. Era um disco de capa azul, com uma foto duns caras numa sala. Comprei pela capa, gostei do azul, sei lá, coisa do destino. Comprei a fitinha k7 e coloquei o disco pra tocar. Quando acabou eu estava tão embasbacado que chamei a minha mãe para ouvir comigo. Era uma experiência que precisava dividir com alguém. Ela ouviu e soltou: parece até Beatles. No dia seguinte não devolvi o disco. E nunca mais soube onde aquelas fitas gravadas foram parar.










The Verve – Northern Soul

Bom, esse disco meio que acompanhou a minha entrada na internet, no chat do ZAZ, e em todas as listas que entrei depois disso. E ainda foi uma conhecida de São Paulo quem me mandou uma fitinha com capa azul, com esse disco gravado. Envolto em um jornal de Santos onde ela trabalhava, “Veja só o que faço com o meu trabalho”.
Sofria com a solidão e a distância, que a realidade me impunha, de uma vida que eu queria levar. E tive essas músicas como trilha sonora.












Slowdive - Souvlaki

Uma pena nessa lista não ter nenhum disco do Metallica, Slayer ou Anthrax, para reforçar minha psique metaleira. Inclusive foi a turma que encontrei que mais acolheu discussões e audições de discos novos em eventos especiais. Mas o Slowdive entrou de sola na minha vida numa época estranhíssima. Nem rola começar a contar senão o parágrafo vira uma espécie de autobiografia proibidona, coma algumas páginas. Resumindo, teve término de namoro, reatamento, outro namoro - com a melhor amiga da ex, término, paixão por uma menina 10 anos mais nova, rompimento, paixões platônicas e muita, mas muita bebida. E isso é só a ponta do Iceberg. Mas a imagem que tenho quando ouço esse disco, são duas pessoas deitadas em um colchonete, em um domingo quente à tarde, ouvindo cada pedacinho do barulho mais lindo já feito por uma guitarra. E espaço sideral. Talvez o lugar Ideal para estar durante aquilo tudo que vivia.





segunda-feira, abril 16, 2012

Antes Aqui


The Shins – Port of Morrow


Faz alguns anos que espero o novo álbum do Shins. Cinco, para ser mais exato. E sempre os inclui na lista das minhas bandas prediletas. Durante esse tempo entre Wincing e Port of Morrow, James Mercer, o cabeça por trás da banda, se tornou conhecido no mundo da música e, mais do que isso, respeitado.

Assim não foi difícil arrumar parceiros de peso para participar de projetos paralelos, enquanto deixava os fãs de sua banda principal em modo de espera. Junto com Danger Mouse formou e lançou, em 2010, o incrível Broken Bells. “Se um projeto paralelo, ele chegou a esse nível, imagina o que não fará no próximo disco.” Expectativas foram catapultadas ao infinito.

Como todos sabem, expectativa é a irmã mais próxima da decepção. Se ele tá falando isso é porque o disco é ruim, você deve pensar. Nem é que seja ruim, já que conta com algumas boas músicas. Mas ele não se sustenta e seus poucos pontos altos acabam se perdendo em uma paisagem desértica. Geralmente escuto o disco sobre o qual escrevo para buscar inspiração, mas hoje estou escutando o melhor disco que o Shins nunca lançou, o já citado Broken Bells.

Desde o primeiro single lançado na internet, Simple Song, o gosto que ficou foi de comida requentada. Aquela que até tem um temperinho gostoso, mas que é sempre uma segunda opção depois de posta à mesa. The Rifle's Spiral abre os caminhos do disco, que até cumpre seu papel, mantém a atenção ligada no que se está tocando. Infelizmente, o resto parece ser um grande mexidão, onde se escuta mais do mesmo e acabamos sendo levados para longe da música, pelo qualquer coisa que aconteça ao redor. A atenção só volta a ser atraída quando se chega a 40 Mark Strasse, a penúltima do álbum. Ainda assim, apenas por segundos. Muito pouco, para quem fez tanto em outras tentativas.

Depois de tanto tempo, acho que merecíamos mais, hein, Mercer.

***

Enquanto isso, revejo a lista dos melhores de 2011 publicada aqui mesmo e me dou conta que deixei de fora o coeso Torches, dos moleques do Foster The People. Imperdoável. Se você ainda não ouviu, não perca tempo.




Pílulas


Miike Snow – Happy to You

A Suécia, quem diria, além de exportar loiras de 1,80m com hábitos sexuais liberais, não para de dar ao mundo boa música. O último disco de Miike Snow traz o calor e o ritmo que não se espera encontrar em seu invernal país de origem. The Wave e Paddling Out são destaques em um disco que ainda traz a introspectiva e belíssima Black Tin Box.

http://soundcloud.com/miikesnow/black-tin-box




Jack White – Blunderbuss

O que falar de Jack White que ainda não tenha sido falado? O mentor da finada White Stripes volta com seu primeiro disco solo, com o pé enfiado na lama do Blues e do Country de raiz. Tem peso, tem melodia e, de quebra, umas pitadas de genialidade. Já é possível vê-lo, velhinho, com uma guitarra no colo fazendo um show inesquecível como outros mestres do Blues. Recomendadíssimo.


Estava vendo tv, domingo à noite.
Numa passada, paro na MTV.
Beavis and Butthead, aquele mesmo, antigo, no ar.
Assisto a menos de 5 minutos.
De repente, tudo volta com uma força e velocidade tremendas.

Estou em middle 90's, eu acho.
ou início dessa década.

MTV era um canal que, simplesmente, não existia em Vitória.
Com sorte, pegávamos um rabicho de programação que passava nas madrugadas no canal 6.
TV a cabo não era uma realidade.
Hoje, é tudo mais fácil. Tv, internet, celulares, tudo, TUDO está aí para você.

Voltando aos 90. Que década.
O que realmente aconteceu por ali?
ou, what da fuck, será que aconteceu?
ou eram os meus dourados que passavam ali, embaixo do meu nariz, e me deixariam para trás para todo o sempre?

Lembro de tanta coisa, de tantas pessoas, do que fazia, do que ria, do que pulava, celebrava e curtia.
Bom, acabou-se o que era doce. 90 foi a 22 anos atrás.
Passou.
Passei.
Foi bom, valeu.
Até mais.

Ia golfar memórias e nostalgia, mas pra que? pra quem?
foda-se o que está perdido em memórias.
Um passo adiante e você já não mais no mesmo lugar.
Acho que o mesmo pode ser dito de segundos. minutos.
ou, numa maior escala, anos.
por que não, anos?






Melhor ver os clipes antigos que passam no Beavis & Butthead.
Pelo menos lá, Dave Grohl é só o baterista do nirvana.

terça-feira, abril 10, 2012

Back to teenage

de volta à adolescência

Do nada, resolvi me dar de presente,
graças ao querido torrent e aos queridos usuários que cedem (seedam?) seus arquivos,
as séries My So-called Life e Popular.

A primeira, com a Claire Daines mais linda do que nunca, entrava pelo meu quarto, via telinha, canal 42, multishow em seus passos iniciais. Ainda tentando achar seu perfil de público, passava, às 14 horas, essa maravilha moderna.

Eu chegava do colégio (ou já seria da faculdade?) tomava banho, almoçava, deitava e assistia a série, antes de dar uma cochilada.

A segunda, Popular, passou no SBT e se chamava Popularidade.
Acho que passava domingo de manhã e certos dias me lembrava de ver.
Sempre foi uma série legal, e cheguei a acompanhar alguns episódios.
Mas a lembrança é a melhor possível e talvez eu vá arruiná-la agora que conseguirei rever,
com mais experiências vividas nas costas. Mas é um presente que me darei mesmo assim.

***

A outra classicidade sendo baixada é Férias do Barulho (Private Resort) dublado.
Filme de sessão das 10, do SBT (minha filha viu e gostou) que conta com Johnny Depp
antes dele só interpretar o papel de Johnny Depp.

Agora só falta correr atrás do último americano virgem. heheheh

segunda-feira, abril 09, 2012

domingo, abril 08, 2012

Acabou.
Mas você soube que começou?

Olhaí o que eu pretendi fazer, e fiz, este ano:

Tempo da Quaresma

Na linguagem corrente, a Quaresma abrange os dias que vão da Quarta-feira de Cinzas até ao Sábado Santo. Contudo, a liturgia propriamente quaresmal começa com o primeiro Domingo da Quaresma e termina com o sábado antes do Domingo da Paixão.

A Quaresma pode se considerar, no ano litúrgico, o tempo mais rico de ensinamentos. Lembra o retiro de Moisés, o longo jejum do profeta Elias e do Salvador. Foi instituída como preparação para o Mistério Pascal, que compreende a Paixão e Morte (Sexta-feira Santa), a Sepultura (Sábado Santo) e a Ressurreição de Jesus Cristo (Domingo e Oitava da Páscoa).

Data dos tempos apostólicos a Quaresma como sinônimo de jejum observado por devoção individual na Sexta-feira e Sábado Santos, e logo estendido a toda a Semana Santa. Na segunda metade do século II, a exemplo de outras igrejas, Roma introduziu a observância quaresmal em preparação para a Páscoa, limitando porém o jejum a três semanas somente: a primeira e quarta da atual Quaresma e a Semana Santa.

A verdadeira Quaresma com os quarenta dias de jejum e abstinência de carne, data do início do século IV, e acredita-se que, para essa instituição, tenham influído o catecumenato e a disciplina da penitência pública.

O jejum consistia originariamente numa única refeição tomada à tardinha; por volta do século XV tornou-se uso comum o almoço ao meio-dia. Com o correr dos tempos, verificou-se que era demasiado penosa a espera de vinte e quatro horas; foi-se por isso introduzindo o uso de se tomar alguma coisa à tarde, e logo mais também pela manhã, costume que vigora ainda hoje. O jejum atual, portanto, consiste em tomar uma só refeição diária completa, na hora de costume: pela manhã, ao meio-dia ou à tarde, com duas refeições leves no restante do dia.

A Igreja prescreve, além do jejum, também a abstinência de carne, que consiste em não comer carne ou derivados, em alguns dias do ano, que variam conforme determinação dos bispos locais.

No Brasil são dias de jejum e abstinência a quarta-feira de cinzas e a sexta-feira santa. Por determinação do episcopado brasileiro, nas sextas-feiras do ano (inclusive as da Quaresma, exceto a Sexta-feira Santa) fica a abstinência comutada em outras formas de penitência.

Praticar a abstinência é privar-se de algo, não só de carne. Por exemplo, se temos o hábito diário de assistir televisão, fumar, etc, vale o sacrifício de abster-se destes itens nesses dias. A obrigação de se abster de carne começa aos 15 anos. A obrigação de jejuar, limitando-se a uma refeição principal e a duas mais ligeiras no decurso do dia, vai dos 21 aos 59 anos. Quem está doente (e também as mulheres grávidas) não está obrigado a jejuar.

“Todos pecamos, e todos precisamos fazer penitência”, afirma São Paulo. A penitência é uma virtude sobrenatural intimamente ligada à virtude da justiça, que “dá a cada um o que lhe pertence”: de fato, a penitência tende a reparar os pecados, que são ultrajes a Deus, e por isso dívidas contraídas com a justiça divina, que requer a devida reparação e resgate. Portanto, a penitência inclina o pecador a detestar o pecado, a repará-lo dignamente e a evitá-lo no futuro.

A obrigatoriedade da penitência nasce de quatro motivos principais, a saber:

1º. - Do dever de justiça para com Deus, a quem devemos honra e glória, o que lhe negamos com o nosso pecado;

2º.- da nossa incorporação com Cristo, o qual, inocente, expiou os nossos pecados; nós, culpados, devemos associar-nos a ele, no Sacrifício da Cruz, com generosidade e verdadeiro espírito de reparação.

3º.- Do dever de caridade para com nós mesmos, que precisamos descontar as penas merecidas com os nossos pecados e que devemos, com o sacrifício, esforçar-nos por dirigir para o bem as nossas inclinações, que tentam arrastar-nos para o mal;

4º.- do dever de caridade para com o nosso próximo, que sofreu o mau exemplo de nossos pecados, os quais, além disso, lhe impediram de receber, em maior escala, os benefícios espirituais da Comunhão dos Santos.

Vê-se daí quão útil para o pecador aproveitar o tempo da Quaresma para multiplicar suas boas obras, e assim dispor-se para a conversão.

Segundo os Santos Padres, a Quaresma é um período de renovação espiritual, de vida cristã mais intensa e de destruição do pecado, para uma ressurreição espiritual, que marque na Páscoa o reinício de uma vida nova em Cristo ressuscitado.

A Quaresma tem por escopo primordial incitar-nos à oração, à instrução religiosa, ao sacrifício e à caridade fraterna. Recomenda-se por isso a freqüência às pregações quaresmais, a leitura espiritual diária, particularmente da Paixão de Cristo, no Evangelho ou em outro livro de meditação.

O jejum e abstinência de carne se fazem para que nos lembremos de mortificar os nossos sentidos, orientando-os particularmente ao sincero arrependimento e emenda de nossos pecados.

A caridade fraterna — base do Cristianismo — inclui a esmola e todas as obras de misericórdia espirituais e corporais.

Fonte: Missal Romano

sábado, abril 07, 2012

Eu entendo o Caio.
Cada dia mais.

Para os que não conhecem, o Caio é um grande amigo, com uma diferença de idade de quase dez anos.
É, eu faço 36 em maio, ele 46 em dezembro.
Quando o conheci, ele devia ter seus 30 e poucos. Era mais velho.
Hoje o mais velho sou eu.
E cada vez entendo mais o que ele falava naquela época.
Hoje, então, pensei que deu pra festivais.
E me peguei pensando o mesmo que ele, só saio de casa agora pra ver um show do Hendrix.
Ok, não vou tão longe, vai.

Mas depois de duas décadas de shows, acho que já vi bastante coisa e cada vez menos me sinto compelido
a assistir a um show imperdível. Eles cada vez são menos imperdíveis, cada vez mais descartáveis e passageiros, cada vez mais da banda do dia, do mês ou, se muito, do ano. Acho que a bagagem, tudo o que você já viu acaba pesando nessa hora.
Vi muitas das bandas que queria, muitas mesmo. Já fiz uma lista aqui mesmo nesse blog.
Música ainda é legal. Mas shows são cada vez menos.

Como não posso cuspir no prato em que comi, fui no Circo ver o Foster The People e me diverti bastante.
Ótimo show, com energia e timing perfeitos. Mas e daqui a cinco anos? Será que fará tanta diferença assim tê-los visto em 2012?

E o Friendly Fires, que tocou aqui em 2009, e voltou em 2012 na turnê do disco meia boca?
Esse eu tive tanta preguiça, que acabei nem indo ver. No fundo bate uma dorzinha, mas que passa em dois, três dias. Já vi, no auge (e era só o primeiro disco, hein...).

Agora são onze e quarenta da noite. Acabei de ver o Foo Fighters fazer um bom show no Lolapaloza, em São Paulo.
Acabou, desliguei a tv. Estava em casa, de banho tomado, sem dor nas pernas, sem suar, sem ter que pensar em como farei para voltar para o hotel, sem crise em poder dormir até tarde, sem o danado do compromisso de ter que estar lá de novo no dia seguinte, ainda cansado da noite anterior e encarar mais um dia inteiro comendo porcarias, ao relento, ouvindo qualquer coisa até que as bandas que eu gosto toquem, em geral, um set menor, feito para festival mesmo.
Ou seja, motivo algum para me martirizar por não ter ido. Na verdade, fiquei até feliz por não ter ido.

Inclua aí o público mais interessado em aparecer, dizer que foi, beber pra caralho cerveja ruim e quente por sete, oito reais a lata, a fumaça de cigarro, o futum da maconha...
É, bicho, o lance é cada vez mais em casa.

Agora, do alto dos quase 36, o que me faz sair de casa pra ir em um show é um bom disco, a memória afetiva e os amigos. Ou um show do Hendrix. Esse, nem eu e nem o caio, perderíamos.

***

Quem sabe até o SWU eu mude de opinião e compre umas entradas vips, com comidas, bebidas e lugar pra sentar?

quarta-feira, abril 04, 2012

E hoje tem:
Foster The People.
Com ingresso comprado a chance de não ir é mínima.
Pelo menos não fico com o gosto amargo na hora de ler a resenha do show.
Como fiquei ao ver que tinha perdido 2 horas intensas de nação zumbi, sábado no circo.
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