sexta-feira, abril 27, 2012

Como foi, amigos. É como foi.


Domingueira quase noite, ainda levemente ressaqueado. Duas fatias de pizza na Guanabara da Lapa, a verdadeira xepa, uns dois chopps e estamos prontos para encarar a maratona de shows. Perto de festivais que duram finais de semana, nossa maratona é café pequeno. Mas para a gente estar aqui vale muito mais. São duas bandas, Misfits e Anthrax. Duas grandes bandas. As camisas pretas abundam pelas cercanias da Fundição Progresso. A fila para entrar, FILA, está imensa. Vamos lá pro final e na metade do caminho começamos a ouvir a barulheira saindo lá de dentro. Felizmente, depois de entrarmos, descobrimos ser o cover de Metallica chamada Anesthesia. UFA... a noite estava salva.

Nos preparamos, arrumamos um lugar tranqüilo, boa visão do palco, som nem tão bom, típico da fundição (e do Misfits)e fomos pro show. Misfits foi aquilo de sempre, grosso até o talo, melódico e com o som emboladão. Normal, né? Jerry Only não tem voz mesmo.
No set, muitas do último álbum e uns clássicos, como não poderia deixar de ser. O show foi bom, então? Claro que foi. Mas para mim, que tive a chance de vê-los sozinho no circo, onde detonaram um set com 38 músicas e começaram com Halloween (dessa vez só mandaram ela no meio do show), achei só ok. Tanto que tive que dar uma saída pra pegar água e nem fiquei tão chateado. Pode ter sido a casa - mais ampla -, o público - mais do Anthrax - ou outros fatores quaisquer que fizeram um show que considerei antológico anteriormente em uma apresentação só ok. Os amigos presentes, Paulinho, Tourco e Bonna podem ter uma impressão diferente.



Tempo para descansar as pernas e lá vem mais pancada. Pela primeira vez, veria o Anthrax com sua formação quase original. Mas pelo menos, era o Belladona na gritaria. E não hove decepção. De forma alguma. A banda, afiadíssima, o som altão e bem menos embolado do que o Misfits e uma galera completamente alucinada no mosh já fizeram desse show um dos melhores de 2012. Sem sombra de dúvida.

O set passeou por quase todos os discos da fase Belladona, com clássicos como Be All, End All; Metal Thrashing Mad; Got the time; Antisocial; Indians; I´m The Man e até umas menos cotadas como Medusa(????????). As músicas do disco novo apareceram também e funcionaram MUITO melhor ao vivo do que no disco. Destaque absoluto pra The Devil You Know, um show de peso e melodia. Falei das músicas, agora falo da banda.



Ver em cena Scott Ian é emocionante. Charlie Benante é um cavalo. Frank Belo estava contido, mas seguro. E o Belladona, meus camaradas, tiozão velho e magricelo com pique de garoto. E com uma cabeleira de dar inveja ao Jassa. Ele chamava a platéia, regia o coro, corria e, além disso tudo cantava. E como cantava. Foi de lavar a alma. Tudo o que precisava para fechar com chave de ouro, a cereja do bolo de um final de semana intenso. Da próxima, espero que mais de vocês possa vir e fazer o consulado tijucano ainda mais feliz.


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