sábado, novembro 29, 2003

pois é moçada.
minha sexta acabou as sete da manhã de sábado, sozinho, tomando café numa padaria. muito grato, viu CST.
nem deu pr´eu avisar aqui essa semana que sábado, HOJE!!!, tem Tum pou soc n° 5.

as novidades dessa vez?
camisas da festa para quem compareceu a todas as edições.
ok, não tem pra todo mundo, mas tem umas guardadas com a Ilma pros de sempre.
vocês sabem quem são.
hahahaa

espero vocês lá.

PS: que foto ridícula a minha no prazer e cia da Gazeta de sexta feira...
parecia que estava bebado e tomando um choque..

***

agora deixa eu ir que tem meio jogo do botafogo pr´eu ver.

sexta-feira, novembro 28, 2003

40 titulos e textos e anuncios e conceitos e dias e dias e dias de trabalho.
Não é coisa de Hercules ou de 80 dias de uma volta ao mundo. Mas tá quase, quase, quase.
O limite entre insanidade, trabalho e direitos humanos é muito tênue.
Os dias passam e nada, eu disse, nada fica.

Quando morrermos, nada será lembrado. Nada ficará.
E não estamos muito longe de dias como esses. Eles estão por aí, a espreita, prontos para lhe atacar ao menor sinal de …

De qualquer coisa.

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coisas coisas coisas (tudo pode ser coisas)
TUDO E COISAS.

***

kalunga - o livre
(engraçado isso. invejo essa liberdade, apesar de conhecer as incertezas que ela traz).
antes que perguntem, deve rolar um dragonlance, no máximo um Forgotten Realms.
perdi uma vez o livro que eu queria jogar muito (na verdade, pelo menos ter):
o "PENDRAGON".

RPG ambientado na época de Ouro da Inglaterra, nos reinados do rei artur.
lembrei!!!!
quero jogar RPG.
estou montando um grupo de 4 ou cinco pessoas.
alguém topa?
dá um toque por aqui. e outra coisa, vi o trailler do filme do HELLBOY!!!!
imperdível!
bosta..
ia escrever alguma coisa aqui e esqueci o que era. pronto.
vamos falar mais o que hoje?
não sei...
ontem paulinho me salvou. ligou, do nada, meia noite pro meu celular. ele estava em VV e passou aqui na MP pra me salvar. peguei uma carona até a Reta da Penha, mas aí, fiquei com preguiça de andar até em casa e fui até o teatro galpão ver o ensaio do pedreiro, quer dizer, márcio.
foi legalzim...
mas o sono imperou.
bom, o sono impera em minha vida essa semana. e no fimde, quando é pra gente descansar, tem festa. ai jesuizsi.
kit fome, trabalho escravo, noites mal dormidas, olhos ardendo e salmão com guaraná. ah, uns anúncios de vez em quando.
hehehe

acho que vocês sabem do que estou falando.

quarta-feira, novembro 26, 2003

um dois tres...
to sem foto outra veiz.
fale sério moçada, estou eu aqui de novo, sem nada para escrever.
bom, só se fazer disso um diarinho...
segunda eu fui no cinema e vi matrix revolutions... médio. ler na internet as explicações do filme está sendo muito mais legal. daqui a pouco se tornará, com certeza, projeto de mestrado e doutorado em hollywood.
terça eu assisti ao cena aberta, um programinha legal da Globo. passado no sul. então, fui assistir na casa de um gaúcho. Foi bem legal. ele estava fazendo um prato tailandês, com abacaxi, frango, camarão, creme de leite... e que se come, não em um prato, mas dentro de um abacaxi.
bom. acompanhava uma salada de rucula com manga e molho de mostarda.

é, até que tive umas coisas para escrever. hoje, quarta, tem uma festa na MP para os clientes. é nossa hora de faZer sala para todos os caras que reprovam nossos textos, idéias e lay-outs. fazer o que, né?
tem sushi e uisque, pra facilitar o trabalho, pelo menos.

heheheheh

segunda-feira, novembro 24, 2003

daqui a pouco fotos de colatina e das bebedeiras do fim de semana.
na quarta tem um happy hour aqui na MP.
sábado tem TPS 5 com o DJ Bonna direto de Colatina.
se lembra dessa, Val?
com direito a uma garrafa de JegueMestre.
ou Jegue Macho, seja lá o nome dessa coisa...
estou em falta com meus leitores, mas o FOGÃO ESTA DE VOLTA A PRIMEIRA DIVISAO!!!!!!!!!

terça-feira, novembro 18, 2003

ok, o complemento perfeito para o dia. acaba de chegar uma multa para mim, de quase 200 paus.
merda de transito. merda de cidade. merda de guardinhas que merecem a morte.
***
deu no Uol.
o real é a moeda mais instável do MUNDO!!!

o que que eu estou fazendo aqui?!
MEU DEUS!!!!
***
Echo no Brasil. será que eles passam no ES?
só no dia que morrerem eles vão se lembrar do que é Espirito Santo.
o inferno, o que eu estou fazendo aqui??!!!

***

ahhhahahahaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhh!!!!!!!!
(isso foi um grito de raiva, ódio, de3cepção, vontade de matar, esquertejar, destruir)!!!!!!

que dia de merda. que blog rabugento!!!!!
hoje acordei cedo. perdi o ônibus, e fiquei mofando VINTE minutos na porra do ponto de onibus.
debaixo do sol, é claro.
Meu dente estádoendo pra caralho e é tudo culpa da carniceira que se diz dentista.
droga de dia!!
esse agora é o Blog das lamentações. primo do muro, que existe em algum lugar d o Oriente médio.

segunda-feira, novembro 17, 2003

essa está no próximo Zine.
claro que lá tem coisas a mais para ler e fotinhas.
***
Guitarristas graças a Deus
Já é tradição. Uma banda aparece, fica grande, faz sucesso, o principal guitarrista sai e lança seu álbum solo. Isso quando não o lança como um trabalho paralelo a própria banda. Mas a tradição só é boa até aí. Geralmente, na avassaladora maioria das vezes, esses discos costumam ser esquecidos pelos fãs, ignorados pelo público e às vezes detonados pela crítica.
Será que os grandes guitarritas solo, técnicos até o fim, chatos e enroladores para alguns, Deuses para outros são os únicos que conseguem algum sucesso comercial?
O que explica uma boa vendagem do Joe Satriani, por exemplo, e um resultado pífio do Dave Navarro? Ou um disco de ouro para ymgie malmsteim e um de borracha pra Jerry Cantrell?
Segue uma pequena lista de artistas das seis cordas que tentaram, alguns em vão, partir para uma carreira solo.

Jerry Cantrell
Dave Navarro
Graham Coxon
Bernard Butler
Wayne Kramer
John Frusciante
John Squire
Minha pele já não é tão lisa como antes. Minha mão já não é tão livre de calos como uma vez foi. Minha cabeça já não tem tantos fios de cabelo quanto tinha há uns anos atrás. E ao mesmo tempo, nada mudou. Aqui dentro nada mudou. É assustador.

Mas um dia isso tudo bate na gente mesmo e aí, é melhor deixar o tempo passar e aproveitar o resto que nos resta.

domingo, novembro 16, 2003

e nessa semana sai o short list do tão esperado prêmio colibri. para onde será que a revoada de pássaros correrá neste ano?
***
queria umzim pra mim. mas acho melhor deixar para pedir isso para o Papai Noel ano que vem, né?
vamos lá.
estou com umas coisas novas por aqui. deixa eu colocar aqui, quem sabe alguém não fala deles depois de um tempo e aí, eu posso falar mais uma vez que "descobri" antes.
(isso já deu no saco, estou cansado de ter que virar noites atrás de qquer bandinha semi-conhecida dos 2 continentes)


Bleu - Redhead
capinha mais ou menos, né? mas o som até agora está muito bom.



Black Keys - desse aqui tem dois discos. o primeiro "The big Come Up"



e o segundo, Thickfreakness. um som negão, como disse Paulone, o fazedor de Panetone.

na verdade estou ouvindo mais o primeiro, mas a capa do segundo é mais bonita. heheh


o Brassy - Gettin Wise é outro que roda bem.



e pra finalizar, o Franz Ferdinand

um discão. na verdade, um singlão com 3 músicas que eu aposto alto pra estourar nas pistas no planeta Terra. Vitória está fora, óbvio. aqui nem liam lynch rolou...



alo.
all right.
vamos do começo.
fim de semana nas montanhas, no meio do nada. cerveja na geladeira, comida no fogão a lenha, namorada, amigos, risadas. foi tudo muito bom.

***

Pedra Azul também poderia ser conhecida como Paraíso. não faria feio.
eita lugar lindo...

***

Domingão, chego em casa as 17:00. dá tempo de arrumar minhas coisas, dar um pulinho no mundo virtual e esperar o jogo.
e daí, me veio a vontade de escrever isso aqui.

do amor e de outras coisas

é bom amar. sentir-se amado.
estar junto de pessoas que, como você, conseguem entender um pouco do que passa nesse mundo cada vez mais louco.
o problema do amor é quando você não consegue mostrar que ele existe.
um abraço refugado, um telefonema esquecido entre títulos e textos, um beijo estalado perdido em um bico de descontentamento...
ok. pode parecer repetitivo, mas não o é. hoje, principalmente, não o é.
tenho formas diferentes de amar. e dessa forma amo a todos. mesmo.
é uma pena que nem todos sintam isso. ou entendam.
eu só posso agora pedir desculpas...
e tentar seguir como se nada estivesse acontecendo.

***

até.

sexta-feira, novembro 14, 2003



Strokes – Room on fire
nota 8.



Depois de trazer o rock de volta aos holofotes, os Strokes se tornaram uma referência. Deram início a um movimento chamado da “nova revolução do rock”, acordaram a cena nova-iorquina e, de quebra, entraram para a história. E isso com um só disco lançado. A pergunta que pairava no ar era: será que eles sustentam a farsa por mais um disco?
Bom, como no rock menos às vezes é mais (vide o movimento punk), o Strokes emplacou um belo segundo trabalho. Room on Fire não muda muita coisa em relação ao Is This It. Tem aquela voz típica do Casablanca, aquelas guitarrinhas vagabundas, aquela cozinha emporcalhada de gordura. Tem músicas como Meet me in the bathroom, Reptilia e I can’t win, que não dá para ouvir só uma vez. Tem o peso e a sujeira de uma banda que todos sabemos que é ruim, mas que não conseguimos deixar de gostar.
antes que me perguntem, e aí, como foi? eu conto aqui.
bom, ontem, dia 13/11 teve uma festa do Encontro Nacional de Estudantes de Filosofia lá no Pub 455. Fui convidado para tocar, e apesar de dizer que não poderia tocar pois era uma quinta-feira e tudo mais, acabei indo. (meu nome tava no flyer, né? ia acabar me queimando se não aparecesse). Cheguei e a casa estava bem vazia. o caio estava na mesa de sinuca e o Edson, o Tato, o Xatir e o Diego (que nem conhecia, mas que estava fazendo aniversário) estavam lá também. Renato já estava tocando alguma coisa na hora em que eu cheguei. pedi para tocar logo, pois precisaria sair cedo, tinha mesmo que dormir de ontem para hoje.

então, peguei as carrapetas lá pelas 23:00. comecei tocando pra mim, não tinha ninguem na pista mesmo. rolou uns electro tipo peaches, adult., le tigre e umas coisas mais rockão. foi bem legal e vi que funciona bem. Bem até demais. dá pra encarar um chicks on speed e levar um lance mais dançante. A TPS vai ser um pouco diferente.

house of Jealous Lovers está devidamente aposentada. fiz um teste ontem e Out of the races and onto the tracks ficou foda naquele somzão. Olio, a primeira versão, mais rock, também pode ser uma boa pedida.

fora isso, encaixar um motorhead depois do adult. foi algo, digamos corajoso e irresponsável.
L7 caiu bem também. e seguiu um Future Kings Of Spain bem barulhento. não sei se dá certo. é muita guitarria (esse nome de banda é realmente um achado), e um melodia escondidinha, lá no fundo... tímida.

outra que vi que dá certo e muito é The Music. como nunca tinha tocado isso antes?!
bom, entre mortos e feridos, salvaram-se todos. a pista encheu, a casa encheu e espero todos vocês para curtir um som diferente MESMO, dia 21 no Aperto. e dia 29/11...

TUM POU SOC - todo mundo tenta, mas só a TPS é penta.

hahahahaha

ridículo.
.
.
.
.
.fui

PS: Abraços as presenças constantes Sal, Rodrigo1, Rodrigo2, Luciana (sempre comigo:), e o pessoal que sempr trabalha lá. hehehe

ps do ps: o pessoal da filosofia acabou não aparecendo. foram sorteadas caixas de cerveja e eles preferiram ficar lá na UFES bebendo. eu os entendo.

quinta-feira, novembro 13, 2003

14:58. em uma quinta-feira, eu estava de cabeça baixa teclando algum texto no meu micro computador e de repente, senti alguém atrás do monitor se abaixando para falar alguma coisa comigo. Levantei a cabeça para ver quem era e o que queria e adivinhem?
There was no one.

Arrepios e cabelos eriçados seguiram, alguns segundos após a constatação.

segunda-feira, novembro 10, 2003

ao som de Hefner - We love the city
(dé reau, no centrão)
parece que o velox voltou ao normal. as músicas voltaram a baixar novamente (ufa) e o matrix no cinema não me atrai tanto. queria mesmo era ver o conto de verão, mas pelo jeito, com sessão às 17 horas.... vou ter que esperar sair no Vídeo.

***

dúvida rápida:
será que a tecnologia irá modificar também o nome das video locadoras para DVD locadoras?
será que vou falar fui ao DVD ao invés de ir à um vídeo?

***

bom, mas na verdade, o que queria falar aqui é que tem quase uma mini-campanha de spots do Vital/PMV/Prevenção de AIDS aprovada e pronta para ir para as ruas. só falta um OK do vizinho da minha mãe. quem sabe não sai algo amanhã.

e por falar em trabalho, um filme lindíssimo que fiz para a Hortifruti deve chegar por essas paragens logo, logo. Pena que por aqui não vai ter veiculação. só no Rio e em Sampa. já é alguma coisa, né?
hehehe

beijos procêis
bom, com os comentários novamente com numerozinhos (tinha preguiça de renovar os trecos do Yaccs) e de repente não é que volta a vontade de manter esse treco atualizado?! tenho uns tres ou quatro leitores que devem entrar aqui uma vez por semana pelo menos e a eles devo isso, né não?
diz aí...
pára tudo...

como é que é???!!!
O Senhor dos anéis vai reestreiar nos cinemas em Dezembro com as versões com meia hora a mais!?!?!!?!?
A Sociedade do Anel e As Duas Torres com 3 horas e meia de duração?!?!?!!?

preciso de soro, pipoca e muito milk shake de ovomaltine.
alguém encara sessão dupla?
i hope everything is ok, because I've changed some things here...

sábado, novembro 08, 2003

pra terminar

eu sinto o vento entrando no quarto.
a luz acessa me mostra o mundo.
trabalho ou lazer, já não sei.
perco o interesse.
perco a chance de ser como uma vez fui.
ela passa, assim como o vento.
e não me esquenta mais como fazia de tempos em tempos.
dentro de mim agora, há um vazio
talvez não dê tempo de recuperar.
o tempo, talvez, dê.
respiro. penso, me absorvo.
é hora.
é chegada a hora.


e viva os clichês.
ah, ia me esquecendo.
dia 29/11 tem TPS 5.
a última, quem sabe.

quero viver a minha vidinha normal, tranquila. quero casar e ter filhos e sair às 19:30 do trabalho para um happy hour e ir dormir meia-noite, numa sexta-feira.

pode parecer besteira. uma chorumela sem motivo, mas quero ser comum, como diria Sir Jarvis, do Pulp. quero sair para um lugar onde não conheça ninguém. onde possa finalmente me sentar e relaxar. com ou sem cerveja. com ou sem certeza.

ah, um sábado a noite em casa...
não há nada igual.

tá, agora deixa eu botar pra fora uma melancolia causada pelo disco do Elbow.

***

é aquela coisa. sábado a noite em casa. um som deprê na vitrola (ou no computador, neste caso). o ombro começa a doer de tanto que mexi no mouse. a vida inteira passa diante dos olhos e, depois dela, a morte também. Me descubro obcecado pela idéia de morrer. a toda hora, em todo momento, qualquer chance que tenho de morrer (o mínimo perigo) eu morro.
morro quando subo a 3° ponte, voltando do trabalho. me jogo lá de cima.
morro quando desço a mesma ponte e percebo que não tenho freios no carro. me espatifo numa cabine de pedágio.
morro quando vou dormir e nunca mais acordar. morro com o coração explodindo depois de subir uma escada, ou depois de correr mais de dois minutos, morro e morro a cada momento. e morrendo assim, esqueço de viver.
...




***

ouvindo: Soundre Lerche - Faces Down
todo mundo faz um monte de coisas no sábado.
Lu lava as roupas.
Fernando arruma as coisas da casa que não funcionam.
ivanilde faz pão de queijo.
luis organiza seus mp3s.

daí, dessa arrumação, saem capas que nunca tinha visto e que são bem bonitinhas...
algumas aí pra vocês. (ao som do Elbow - A cast of thousands)


Starlight Mints - Dream That Stuff Was Made Of



Starsailor - Silence Is Easy



South - With the Tides



***


podem notar que todos os discos são de bandas com a letra S.
essa é a minha letra preferida no Rock and Roll.
Na verdade, para mim, não existe letra mais rock n roll do que a letra S.
Meu filho vai ter um nome começado com a letra S. qual será?

terça-feira, novembro 04, 2003

Ontem, só pra matar minha curiosidade, fui ver o disco que tinha faltado na lista das recentes aquisições. E é esse daqui:
Bluetones – Expecting to Fly (importado)

segunda-feira, novembro 03, 2003

Ah meu Deus, não falei da música “In The Cold Cold Night” , do White Stripes.
Como no disco, que canta é Meg. Ela se levanta da batera, vai até o centro do palco, solta a voz delicada, anda sob intensas palmas e assobios em direção a um pianinho que só serviu para ela tocar um pedacinho dessa música, volta para o centro do palco, mais assobios e palmas e termina a música.

E agora me bateu uma coisa aqui… aquele piano a direita do palco só serviu mesmo para essa música. E mesmo assim, só num pedacinho… Putz!!!
Tim Festival. Ou o que fazer no Rio com 9 amigos.

sexta-feira, um avião da Gol salvou meu dia e me despejou na pista de pouso mais poética do mundo. Do Aeroporto S. Dummont até a casa do meu irmão em Botafogo foram dez sinais e um engarrafamento. Desnecessário dizer que estava hipertenso, apreensivo e já nervoso. Eram 19 e alguma coisa e o Tim Festival começava às 18. Queria conferir o Whirlwind Heat. Mal, mal vi o SFA. Cheguei ao show, correndo e peguei o terceiro show da noite já no clássico Golden Retriever que costumo tocar nas TPSs da vida. Depois vieram Juxtaposed with U, Out of Control e o fim excepcional com They don’t give a fuck about men.

Detalhes do show:
Além de serem uma das bandas mais bonitas e estranhas da Grande Bretanha, o SFA é também bom de palco. Com psicodelia jorrando pelos poros, os galeses encantaram quem já os conhecia e fizeram um show OK para o resto da platéia. Eles vestidos de chewbaccas no fim do show, levantando a taça Fifa foi demais. Mas pelo visto, não foi a primeira vez que eles usam fantasias e roupas diferentes em shows.

Rapture, o hype da noite, começou tímido. Aqueles 4 caras ali em cima, com faces juvenis, pareciam assustados por estarem:
1º - no Rio de Janeiro
2º - abrindo pro WS
3º - tocando para 4.000 pessoas.

Mas não estavam, não. Era só impressão. Uma primeira impressão errada, por sinal. A platéia que estava ali para ver o WS, com certeza já tinha ouvido “House of Jealous Lovers”, pelo menos. Mas Olio e as outras músicas de seu primeiro disco lançado no Brasil, Echoes, também tiveram uma boa aceitação. Destaque para o saxofonista dançando o tempo todo, pra voz gritada e maavilhosa do guitarrista e do contra-ponto feito pela voz sóbria do baixista. E o baterista que pulava para cima e para baixo tocando como se estivesse numa boate dos anos 80. Um bom show, que pegou embalo do meio para o fim, com pelo menos duas ou três músicas queridinhas da modernada presente.

WS… bom, o que falar do White Stripes? Fui esperando vê-los como há um ano atrás na entrega do VMA da MTV, pela TV. Simples e vigorosos. E foi isso que pude presenciar. Jack, Meg e sua gangue de terno preto e gravata vermelha fazendo a segurança mandaram no palco. Mandaram na platéia. E mandaram o sossego embora. As guitarras esporrentas de Jack e sua voz gritada preenchiam todo o Tim Stage. E preciso dizer que o som estava perfeito! A acústica era muito boa (apesar de estarmos em uma tenda de lona!!!). Meg não toca bateria. Ela bate com as baquetas nos tambores, como uma criança que acabou de ganhar uma mini-bateria de presente faria. Mas é tudo tão sincero, sua falta de jeito, sua jogada de cabelo pro lado, sua cara de esforço, ao estender umas porradas mais vigorosas, sua pose, meio de lado, trazendo as baquetas lentamente para mais perto de si, seu prazer quase sexual ao tocar (quantas caras daquelas poderiam estar ilustrando uma fotonovela pornô?)…

Enfim, na falta de uma análise mais imparcial, espero pelo texto de Caio. Eu não posso comentar o show dos dois. Mas acho que a minha vontade de assistir dez shows deles seguidos, um atrás do outro, vale como uma mostra do que achei. Maravilhoso, apoteótico, grandioso, divino. Deus, naquela hora e vinte minutos, vestia botas e uma calça de lycra metade vermelha, metade preta.

****

sábado fomos caminhar de manhã (quase 1 da tarde). Ipanema, Copacabana, sebos, cds usados, habib’s, choppes e mais choppes e manjubinhas fritas com limão, cervejas Baden Baden…
das lojas maravilhosas vieram:
- um vale de 50 reais para a próxima visita às lojas
- Super Furry Animals – Phantom Power
- White Stripes – Elephant (importado)
- Deconstruction – S/T (importado)
- The House of Love – S/T (o da borboleta) (importado)
- South – From Here on in
- The Apples in Stereo – Velocity of Sound
- Levellers – Zeitgeist (importado)
- REM – Reconstruction of the Fables
- REM – Perfect Circle (ao Vivo, pirata) (importado)
- The CURE – desintegration
- Ah, falta um que eu nem me lembro…

Depois fomos a um Pub irlandês em Copa, tomamos um copo com 650 ml de Guiness ao módico preço de 15 pratas. Vendo por esse lado, o copo de heinekken do mesmo tamanho até nem parecia muito caro em seus 5 reais. Conversas de literatura, provas de uisque irlandês e músicas ao vivo com violão e gaita. Bom, bebemos e eu já mais pra lá do que pra cá, acabei aceitando a provocação do Carlos Alexandre (nosso anfitrião) e me vi na frente do Tim Festival. Mais 30 pratas e lá estava eu, vendo a Peaches detonar no palco. Louca, desesperada. Calcinha e sutiã, fuck the pain away, um manto com as letras “ XXX”, o microfone no short rosa de lycra que ela vestiu depois, o dueto com o Iggy Pop via telão, double A triple X, uma guitarra em punhos, esporro, duas mulheres, tres mulheres, beijos e beijos. Louco, nota dez.

A espera pelo Marlboro é que foi feita de sangue, suor e lágrimas. Já passavam das seis quando ele resolveu começar a tocar. Foi uma aula de funk, desde Sex Machine até vai lacraia. Mas com convidados do naipe de Bonde das tchuchucas, Os carrasco, Cidinho e Doca, a espera estava se tornando enlouquecedora. E, por mais cool que possa ser, aguentar aquela enrolação às 8 da manhã era uma verdadeira batalha. Desistimos do show alguns segundos antes do MC Serginho entrar em cena. Ainda ouvimos alguma coisa dele… nada demais. Uma padaria antes da cama. E foi só. Domingo, 4 da tarde estávamos, eu e Lu, na casa dos meus parentes e de lá só paramos aqui em VIX.

Foi bom ver tanta gente da Ilha lá pelas bandas cariocas. Um ótimo rock, com gosto de quero muito mais. Dia 15/11 tem D2 e afrika Bambaata. E aí, encara um BRA?

O saldo: positivo.