quarta-feira, abril 26, 2006

Tem gente que faz poesia para colocar em suas músicas. E chamam isso de letra.
Mas e quando a poesia é suja, esculachada e tem um toque de humor negro e filme B?
Ah, aí temos uma música do Misfits.

LONDON DUNGEON

They called us walking corpses
Unholy living dead
They had to lock us up
Put us in their british hell

Make sure your face is clean now
Can’t have no dirty dead
All the corpses here are clean, boy
All the yanks in british hell

I don’t wanna be here in your london dungeon
I don’t wanna be here in your british hell
Ain’t no mystery why I’m in misery in hell
Here’s hoping you’re swell

quarta-feira, abril 19, 2006

Pérolas escondidas.

Bom, para alguém que baixa música compulsivamente (menos um pouco agora porque estou sem cds para fazer backup e o espaço no HD está acabando)...

Bom, para alguém que baixa música compulsivamente, ouvir tudo é quase impossível. Então tem-se a oportunidade de passar batido por algumas coisas boas e se pegar ouvindo mil vezes a música nova do Backstreet Boys, Mil, não. Exagerei. Mas umas 15 vezes pode acontecer. E só o tempo, e a sorte, podem reparar alguns erros. Em certos casos, erros irreparáveis. Clássicos passam batido de verdade e só depois você se dá conta que é impossível viver sem aquela canção, ou em maior escala e menor frequência, sem aquele disco.

Noutras vezes, a bolachinha é esquecida e um tempinho depois você ouve e ela já não parece mais tão comum, nem tão chata. E nem pensem em me recriminar. Na maioria das vezes admito que não escuto tudo o que pego mesmo. E quando ainda não ouvi respondo isso mesmo: ainda não ouvi. Queria ver vocês ouvindo 50 músicas em 5 minutos. É início e refrão. E às vezes esse método é furada. Mas na maioria das vezes, ele serve pra peneirar legal as músicas que vão estourar. Lá em casa, pelo menos.

Acho que não preciso explicar que discos são obras de arte, como qualquer outra. Devem ser observados e percebidos como tal em sua integridade. Não como um apanhado de músicas, com algum possível hit. Ou como uma fábrica de milhões. Por isso, o método Kubitschek (50 músicas em 5 minutos, 50 em 5, entenderam?) tem suas falhas.

Bom, tudo isso para falar que estou finalmente ouvindo The Open. Uma bandinha que fez um disco apontado como um dos melhores de 2003 ou 2004, já nem lembro mais. Silent Hours é seu nome. Não tem nenhum início agitado, nem um refrão pegajoso de primeira. Mas ouvido de cabo a rabo se mostra consistente. Talvez por todas as suas poucas músicas baterem, pelo menos, na casa dos 4 minutos, ou seja, 1 minuto além do consagrado formato pop. Deve ser por isso que ele mereça um tempo maior de audição para chegar, não aos ouvidos, mas ao coração.
De uma balada para uma músiquinha estilo Beatles, anos 60, para uma viagem de guitarras e além, como diria Super-homem. Vai levando, seguindo em frente, faixa após faixa. E depois dá vontade de ouvir de novo aquele pedacinho, aquela voz no canto da música.
Aí bate aquela nostalgia, meado dos 90 pra frente, bandinhas assim nem tão conhecidas e legais, boas descobertas, um mundo inteiro de música pela frente...

Vale a pena gastar alguns minutos de velox, já tão banalizados, para pegar esse disco. Não que ele vá mudar sua vida, mas você pode encontrar um pouco de carinho/conforto nele. Como se eles fossem só a sua banda.

And, sometimes, that’s all that matters.

Para ouvir (em seu devido tempo):
The Open – Silent Hours
Elevation
Step into the Light
Close my Eyes
Bring me Down (mas só pelo climão Indie 90’s)


serviço completo:



Audio CD
(July 5, 2004)
Universal

Track Listings
1. Close My Eyes
2. Bring Me Down
3. Lost
4. Forgotten
5. Daybreak
6. Just Want To Live
7. Step Into The Light
8. Coming Down
9. Can You Hear
10. Elevation

Product Description
Debut from the Liverpudlian indie rock quintet whose epic sound has them compared to Doves, Echo & The Bunnymen and the Cocteau Twins, whose Simon Raymonde produced the album.

sexta-feira, abril 14, 2006

CERVEJAS!!!

 


DESPERADO MAS
sabe a Nova Schin 2, aquela com mistura de tequila e limão? então, aqui foi um fracasso. Gosto de água com gás, misturada com tônica. Sumiu das prateleiras. POis lá em Paris me vi de cara com essa. Comprei um doritos genérico de pimenta (coitada da Lu) e parti pra essa franco-mexicana. Qual foi minha surpresa quando senti exatamente o gosto que esperava. Era meio doce, mas ainda tinha um gostinho de cerveja e tequila. Enfim, uma Ice de cerveja.
Bebi como água e logo depois voltei para a minha boa e velha amargona.
Experiências, como diria o chef. Tem que se experimentar!
Nota 8, pelo gosto de refrigerante. Posted by Picasa
CERVEJAS!!!

 


Café les deux moulins. O mesmo da Amelie Poulin.
Sentamos e ficamos um tempão vendo o lugar. bem diferente de como pensei. Sem o estilo "filme". Tava muito mais para um local de turismo, cheio de estrangeiros, e até, atrevo-me a dizer, meio decadente. Pedimos o maior copo que tinha lá. Uma titiquinha de 300 ml, se chegava a isso. A cerveja era a já conhecida 1664, da Kronenburg. Já conhecida porque foi dela que tomei na primeira refeição a bordo do avião com destino a Europa. Cerveja honesta, com um bom sabor e um pouco de amargor no fim. Uma lager típica, mas nada pela qual se deva ter calafrios numa noite de verão. Se começar a estipular uma nota... diria que passa com 7. Posted by Picasa

quinta-feira, abril 13, 2006

Para matar a saudade - This Train Terminates at Stanmore!!!!


Believe the Hype

Sei que não vou ser o primeiro a falar deles. Na verdade, posso ser mesmo um dos últimos. Coisa que, para quem sempre buscou falar de coisas novas, não é comum. No entanto, o Arctic Monkeys merece estar aqui. Mesmo atrasado e com todo hype em cima deles. Mas acredite, todo o hype, dessa vez, tem fundamento. O que se escuta no primeiro disco dessa banda, formada por ingleses de mais ou menos 20 anos, é uma urgência típica da juventude. Uma catarata de sons. Pesados. Tensos. Graciosos. Soam exatamente como uma banda que não esperava estar em uma página de revista no Brasil. Mas estão.
A despretensiosidade, e as boas músicas, os colocaram no topo do mundo em pouco tempo. E de lá, ainda assustados com tamanha popularidade, o Arctic Monkeys vibra. Em “Whatever People Say I Am, That's What I'm Not”, o peso do rock anda lado a lado com a facilidade do pop. Dos primeiros acordes de The view from the Afternoon, sua primeira faixa, até o silêncio inalterável após a última nota da última música, o que acontece a sua volta parece não importar. É. É assim mesmo. Talvez por isso eles mereçam estar aqui. Ou talvez esse disco seja bom o bastante para dobrar o mais orgulhoso dos críticos.



Aqui antes
Da janela do avião, tudo o que via eram nuvens. Muitas nuvens. Isso quando não estava dentro de uma delas, o que não me possibilitava enxergar muito além do meu nariz. E foi assim que cheguei na terra dos Leprechauns, dos trevos e dos pubs. Muitos pubs.

Corre o boato que os irlandeses são os brasileiros da Europa. Tirando a falta de jeito para o futebol, poderiam até ser mesmos. Têm um gosto muito particular para o sorriso, para a conversa e para o jeitão tropical de levar a vida numa boa. A Irlanda, amigos, não é um país sério, poderia dizer o General de Gaulle. Mas eles o são. Sérios principalmente quando o assunto é bebida. E eu, com uma pequena disfunção hepática recém diagnosticada, fui para lá lavar a alma antes de dar um tempo no etílico. Não poderia ter escolhido um lugar melhor. Em todo lugar que se olha, a rainha das cervejas está presente. E ela, ao contrário das nossas loiras geladas, é uma morena quente. Placas e pubs carregando a marca da Guinness existem aos borbotões, como se uma fonte inesgotável dessa maravilha estivesse no meio de uma praça, para os sortudos irlandeses. Enfeitiçando cada passo, tornando sua estada no lugar uma experiência inebriante. Um tornado em sua cabeça deixando tudo sempre mais leve. Dublin é assim. Uma cidade com, pelo menos, 5% de graduação alcoólica no ar.

E desse jeito, sempre meio alegre, se vai andando para todo lugar. Visita a fábrica da Guinness, a fábrica do Jameson, a fábrica do Bailleys. Compra uma camisa verde, com o trevo símbolo do país, tenta entender o celta, a língua deles de verdade, e se rende ao hambúrguer nada diferente do Supermac’s. De repente, você se vê irlandês. Não consegue sentir falta do sol, das mulatas, das pernas de fora. E se torna mais um. Começa a não gostar de espanhóis e ingleses cambaleantes, paisagem típica. Começa a ter um pouco de ciúmes de sua cidade, antes tranquila, mas agora invadida por turistas acidentais, aproveitando o preço baixo das coisas. Apesar de, para brasileiros, o “barato“ ainda ser em euro. Começa a ter o seu pub, aquele que você frequenta diariamente, nem que seu diariamente valha por apenas dois dias.

Entender esse local, essa cultura, faz parte de uma experiência maior. Parte do gosto pela cerveja, para o gosto pela música, sempre da melhor qualidade e em qualquer lugar. Seja nas ruas, onde artistas se apresentam em busca de trocados, seja nos restaurantes, onde a música ambiente passa longe da muzak, mas se aproxima maravilhosamente do que de melhor as Ilhas Britânicas têm para nos oferecer. Como Bowie, Beatles e Oasis, só para citar os mais conhecidos. Mas são os não conhecidos, aqui no Brasil, que mantêm o nível musical sempre próximo da perfeição. Claro, pode ser efeito da cerveja, que nos pubs é sempre intercalada com um shot de whiskey (com E mesmo). Ou pode ser o ótimo gosto que os danados realmente têm pela vida. Ou ainda o nacionalismo que emana de cada esquina e, muito diferente da patriotada americana, é simpático e convidativo.

É com essa leveza de espírito que Dublin se firma como uma cidade feita, principalmente, para amigos e para um ótimo bate-papo regado por sua estupenda cerveja e música. Só falta agora eles gritarem pentacampeão.

domingo, abril 02, 2006

 

Sessão Finesse - parte 2

Como sou muito fino, minha espera no Aeroporto de Paris foi regada a ...
Perrier. Bom, tem gosto de água. Como qualquer água tem, até mesmo a da pia. Mas ficou bonita na foto. Metido eu, né? Posted by Picasa
 

Como sou muito fino, fui até Paris para poder pedir um LE big mac. Acompanhado de uma bela cerveja.

hahahaha
Tarantino na veia!

:) Posted by Picasa
 

Tem vista mais clássica de Paris do que a Torre vista da Trocadero?!

Não tem, né?
por isso divido essa daqui com vocês. Posted by Picasa
 


Um pouco de Paris para variar. Esse aí é um pouquinho de mim, em frente ao Louvre.
para chegar lá é fácil. Pegue o metrô (se ele não estiver em greve) e salte na estaçào Concorde. É na Praça da Concórdia, em frente ao Obelisco do Napoleão(viram, nào é só o Rio que tem Obelisco do "Napoleão" César Maia).
A partir daí, entre nos Jardins Tulleries (ou algo assim) e ande. Mas ande mesmo, com vontade. Lá no final do lindo jardim tem o Louvre. E um pedacinho da minha cara.
hehehe Posted by Picasa