quinta-feira, abril 13, 2006

Believe the Hype

Sei que não vou ser o primeiro a falar deles. Na verdade, posso ser mesmo um dos últimos. Coisa que, para quem sempre buscou falar de coisas novas, não é comum. No entanto, o Arctic Monkeys merece estar aqui. Mesmo atrasado e com todo hype em cima deles. Mas acredite, todo o hype, dessa vez, tem fundamento. O que se escuta no primeiro disco dessa banda, formada por ingleses de mais ou menos 20 anos, é uma urgência típica da juventude. Uma catarata de sons. Pesados. Tensos. Graciosos. Soam exatamente como uma banda que não esperava estar em uma página de revista no Brasil. Mas estão.
A despretensiosidade, e as boas músicas, os colocaram no topo do mundo em pouco tempo. E de lá, ainda assustados com tamanha popularidade, o Arctic Monkeys vibra. Em “Whatever People Say I Am, That's What I'm Not”, o peso do rock anda lado a lado com a facilidade do pop. Dos primeiros acordes de The view from the Afternoon, sua primeira faixa, até o silêncio inalterável após a última nota da última música, o que acontece a sua volta parece não importar. É. É assim mesmo. Talvez por isso eles mereçam estar aqui. Ou talvez esse disco seja bom o bastante para dobrar o mais orgulhoso dos críticos.



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