quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Não tenho tido tanto contato com bandas novas quanto gostaria, mas é até bom este tempo longe dos downloads alucinados de música porque dá para ouvir com mais carinho o que juntei durante tanto tempo. Bom, mas não é fácil ficar tanto tempo sem novidades e na seca por ouvir uma coisa nova, peguei qualquer coisa que vi na internet, em sites mesmo. Uma música por banda, todas independentes. Homeopatia para os melômanos, mas melhor do que nada. E acabei me deparando com uma banda que acho que os leitores deste espaço podem gostar. O nome dela é Black Mountain e seu disco de estréia, homônimo, foi lançado em janeiro. A sonoridade dos instrumentos é bem lo-fi, lembrando os anos 70, meio Stones, meio Sabbath. Toques lisérgicos aqui e ali, melodias marcantes em outras partes. Enfim, interessante. Corri para as outras músicas e percebi que estava diante de um disco muito bom, uma surpresa agradável de uma banda desconhecida, por enquanto. Pode ser uma boa pedida se você, como eu, ainda espera pelos grandes lançamentos de um ano que promete. Vem por aí discos novos de bandas como Oasis, Coldplay e Los Hermanos, para citar uns poucos. Esperemos, portanto, com algo de qualidade nos ouvidos.


Black Mountain - do mesmo carinha por trás do Pink Mountaintop
Qual será a tara que ele tem por montanhas?!


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Ouvindo com calma o último do Helmet, não consigo parar de pensar em como está parecido com um trabalho do Silverchair… Pode ser a voz do Hamilton, sei lá, mas tá me lembrando demais a banda dos rivais do Hanson.
hehehe

terça-feira, fevereiro 22, 2005

terça-feira.
terça feia.

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bom, não tenho o que escrever. só queria dar uma passada por aqui, pois estou melancólico, triste mesmo. Mas tudo bem. Domingo tem um showzãozáço. Anthrax na cidade onde moro. Inacreditável.

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hum...
é, vazio, vazio.

nada para colocar aqui.

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Um pedido:
iluminai meus dias e minha vida, protegei a todos que amo e mesmo aos que não amo ou não conheço. Todos merecem sua dádiva, todos o querem bem. Perdoai tudo o que fiz e farei de errado e não esqueçei que amo acima de tudo e de todos, apesar de não parecer ou ainda não demonstrar.
amém

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

E por falar em ânimo para escrever, do qual nem falei, ele parece estar de volta. Tinha muitos textos prontos para colocar aqui. Infelizmente eles não sobreviveram ao apagão de memória de uma tela com teclado da Apple.

Foram-se, sabe Deus para onde, talvez para o céu dos textos nunca lidos. São os contos perdidos do Luis. Uma raridade que nunca será publicada, como a maioria das baboseiras escritas de cabeça quente.

Foram, pelo menos, fontes de prazer enquanto os escrevia. Ler algo que gosto é bom. Ler algo que escrevi e que gosto é excelente. Não sou tamanho crítico, pelo contrário. Costumo dizer que escrevo meus textos para mim. Ao lê-los, parecem que não foram escritos por minhas mãos (dois dedos indicadores, na verdade). Filhos de um pai que não os reconhece, apenas sente uma vaga familiaridade. Uma letra específica, um pensamento, uma construção…

Em algum ponto da caminhada, as fugas acabam voltando e estapeando sua cara. Não quis ser engenheiro, apesar da facilidade em lidar com os cálculos (ciências exatas não têm erro nem a dádiva da dúvida). Mas construo textos. Uso a base da gramática, ligando com o cimento de verbos e vírgulas. O acabamento, deixa com os adjetivos. Contrua um mundo novo numa folha de papel.

É possível. Mas não é real.

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

A brincadeira perdeu a graça, ficou mais e mais séria e deixou para trás risadas e pegadas na terra fofa molhada pela chuva de um dia anterior.

O sorriso se foi. Após tres anos tudo se torna rotina. Até o acento que falta, o açúcar no café, o dinheiro do ônibus.

O acento não faz mais falta, o açúcar no café adoça de menos, o dinheiro do ônibus me foi levado pela felicidade momentanea de um copo de bebida.

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E a brincadeira que parece ter perdido a graça com o passar de três anos? Três anos?
Dragões, jacas e bacalhaus ficaram para trás.
365 o tempo mais frio, o mês longe do blog, um par de músicas melancólicas e pronto. Lá vou eu para meu estado preferido de consciência. Uma estado fértil como o solo roxo do sul do país, pronto para fazer brotar palavras e pensamentos e raciocínios ilógicos, mais motivados por emoções e pelo sentimento de derrota iminente (gracas ao Botafogo).

Não sei. Nunca soube. Aprendo com o tempo, com o passar do tempo.
Os dias trazem quase sempre nada novo. Os dias se arrastam quase sempre levando minha forca vital por entre seus ponteiros frenéticos que, quando olho de supetão, posso jurar que estão andando para trás, roubando um segundo a mais, um instante que pode não ser devolvido, que pode não voltar. Meu tempo se esvai como o passar de um dia em frente a um computador, coisa que faço todo dia. Meu tempo é desperdício.

O que resta são coisas nas estantes de um quarto empoeirado, sensações, cheiros, dores no peito, apertos na garganta, viagens no tempo para frente e para trás, marcando cada segundo do passado com uma melodia.

O que resta são restos. Eles ficarão por aí, esperando o resgate que provavelmente nunca virá. O herói foi embora faz algum tempo e parece que ninguém percebeu. A conta, preciso agora. A conta, rapaz, que meu tempo se esgotou.
Hoje topo ouvir o que você disser. Hoje escuto sua voz a qualquer momento.

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perdi. perdi meu computador da agencia, perdi meu arquivo 365, perdi uns 12 textos já prontos que esperavam por um texto de um sabado perdido. Precisavam ser colocados em ordem.

Agora não mais. Não há mais porque lutar. Nunca houve...

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sexta eu viro feliz por algumas horas. Visto a carapuça, o disfarce e vou para o Clube Centenário. Me encontram lá, dias diferentes, músicas nem tanto. Fale comigo.
Prometo um sorriso.