sexta-feira, fevereiro 18, 2005

E por falar em ânimo para escrever, do qual nem falei, ele parece estar de volta. Tinha muitos textos prontos para colocar aqui. Infelizmente eles não sobreviveram ao apagão de memória de uma tela com teclado da Apple.

Foram-se, sabe Deus para onde, talvez para o céu dos textos nunca lidos. São os contos perdidos do Luis. Uma raridade que nunca será publicada, como a maioria das baboseiras escritas de cabeça quente.

Foram, pelo menos, fontes de prazer enquanto os escrevia. Ler algo que gosto é bom. Ler algo que escrevi e que gosto é excelente. Não sou tamanho crítico, pelo contrário. Costumo dizer que escrevo meus textos para mim. Ao lê-los, parecem que não foram escritos por minhas mãos (dois dedos indicadores, na verdade). Filhos de um pai que não os reconhece, apenas sente uma vaga familiaridade. Uma letra específica, um pensamento, uma construção…

Em algum ponto da caminhada, as fugas acabam voltando e estapeando sua cara. Não quis ser engenheiro, apesar da facilidade em lidar com os cálculos (ciências exatas não têm erro nem a dádiva da dúvida). Mas construo textos. Uso a base da gramática, ligando com o cimento de verbos e vírgulas. O acabamento, deixa com os adjetivos. Contrua um mundo novo numa folha de papel.

É possível. Mas não é real.

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