segunda-feira, fevereiro 14, 2005

365 o tempo mais frio, o mês longe do blog, um par de músicas melancólicas e pronto. Lá vou eu para meu estado preferido de consciência. Uma estado fértil como o solo roxo do sul do país, pronto para fazer brotar palavras e pensamentos e raciocínios ilógicos, mais motivados por emoções e pelo sentimento de derrota iminente (gracas ao Botafogo).

Não sei. Nunca soube. Aprendo com o tempo, com o passar do tempo.
Os dias trazem quase sempre nada novo. Os dias se arrastam quase sempre levando minha forca vital por entre seus ponteiros frenéticos que, quando olho de supetão, posso jurar que estão andando para trás, roubando um segundo a mais, um instante que pode não ser devolvido, que pode não voltar. Meu tempo se esvai como o passar de um dia em frente a um computador, coisa que faço todo dia. Meu tempo é desperdício.

O que resta são coisas nas estantes de um quarto empoeirado, sensações, cheiros, dores no peito, apertos na garganta, viagens no tempo para frente e para trás, marcando cada segundo do passado com uma melodia.

O que resta são restos. Eles ficarão por aí, esperando o resgate que provavelmente nunca virá. O herói foi embora faz algum tempo e parece que ninguém percebeu. A conta, preciso agora. A conta, rapaz, que meu tempo se esgotou.

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