sexta-feira, abril 29, 2011

Da Série: Coisas inusitadas na caixa postal do trabalho.


Aviso de credenciamento | Festa Flávia Noronha – TV FAMA
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No próximo dia 29 a apresentadora do TV FAMA, Flávia Noronha, comemora 28 anos e a ótima fase profissional em uma grande festa.

Prestes a completar um ano à frente do programa TV FAMA, ao lado de Nelson Rubens, a apresentadora celebra o sucesso do programa, os projetos profissionais e também os pessoais. Flávia é noiva do empresário Alexandre Abraão e esta com o casamento marcado para o inicio de 2012.

Além de continuar no comando diário do TV FAMA, Flávia marcou o inicio de 2011 com grandes projetos publicitários, apresentando pelo segundo ano consecutivo o carnaval da REDE TV (uma das maiores audiências da emissora) e outros projetos ambiciosos.

Companheiros de emissora e outros artistas já confirmaram presença para a festa. Valeska Popozuda vem celebrar a data com a amiga e promete um show para animar os convidados.




Dia: 29/04
Horário: 21h
Local: Museum – R. James Joule, 65.
Brookling Novo, São Paulo – SP

terça-feira, abril 26, 2011

Mais textinhos que estão no site


Som

Em um estúdio de áudio tudo o que não esperávamos encontrar era silêncio. E foi justamente com ele que nos deparamos ao chegar. Simone, Maria e Louzeiro, três sócios e editores de som, sabem que além criar um ambiente tranqüilo para o trabalho, o silencio é como uma folha em branco, pronta para ser rabiscada com sons, efeitos e trilhas.

O silêncio foi quebrado, no entanto, assim que começamos a conversar. Com a experiência de quem trabalhou em mais de uma centena de longas, os três contaram histórias e lembraram momentos curiosos. Como o que Glauber Rocha pediu para saturar todo o som de um de seus filmes. O responsável pelo som disse que aquilo não ficaria nada bom. Só que naquela época, o resultado alcançado pelos estúdios de sonorização era sofrível. Glauber então disse: se vai ficar uma merda que fique tudo uma merda. Pelo menos vou poder dizer que é estilo.

Enquanto percorremos o estúdio de mixagem, sala certificada pela Dolby, e as ilhas de edição, fomos conhecendo um pouquinho mais da realidade de quem trabalha com som, tantas vezes relegado ao segundo plano. Só que é importante lembrarmos sempre essa é uma arte audiovisual, escrita assim mesmo, com o áudio a frente do vídeo.



Montagem

Uma sala, uma máquina, um corpo. A única coisa que pode causar estranheza nesse cenário até então normal são as duas telas no computador. Ok, você já deve ter percebido, estamos no novo formato da ilha de edição. As moviolas, os pedaços de filme jogados no chão, as grandes máquinas de edição linear, as fitas. Tudo isso parece coisa de cinema, ou melhor, do passado. Hoje, bastam os programas certos, os arquivos certos, e, claro, um bom profissional.

Marcelo Moraes está em casa e no momento edita o longa Meu Pé de Laranja Lima, de Marcos Bernstein. No seu currículo, sucessos de público como Meu nome não é Johnny, Muita calma nessa hora e De pernas pro ar. Sua visão, na hora de montar, é a de um espectador. Ele busca as emoções primárias, aquela que você sente no momento em que vê uma cena, e tenta mantê-la no corte final. Pelo resultado que seus filmes vem alcançando, essa parece mesmo ser uma boa forma de conquista. O público, já na casa dos milhões, que o diga.

Esse programa também ficou bem legal.
E tome mão minha nas matérias...
Pipoca quentinha

Buscar um pipoqueiro para participar do programa não foi uma tarefa das mais fáceis. O famoso pipoqueiro do Espaço de Cinema, em Botafogo, com sua carrocinha cheia de poemas, cartazes de filme e fotos de estrelas, simplesmente voltou para o nordeste depois do Festival do Rio de 2010. Os outros, ou não queriam falar ou estavam realmente desanimados com a difícil realidade do mercado do milho estourado em frente aos cinemas. Estava quase desistindo quando aos 45 do segundo tempo encontramos o Seu Salvador. Quarenta e cinco anos de pipoca, em frente ao Antigo Cine Coral, hoje Arteplex Unibanco.

Sem celular ou telefone fixo para mantermos contato, o encontro foi marcado em frente a um prédio na Praia de Botafogo. O carrinho foi preparado para a filmagem, com um tapa no visual. Nada mais do que um pedacinho de fórmica para segurar uma porta. Seu Salvador estava com Cícero, seu ajudante. Na verdade, é Cícero quem faz a pipoca, enquanto Salvador dá conta da venda. O cheiro que sobe atrai a atenção das pessoas que começam a se aproximar, perdendo o medo da câmera.

Entre milho, óleo, açúcar e sal, histórias de quem passou muito tempo vivendo com o cinema ao seu lado. Desde a época em que era lanterninha e porteiro, até a pipoca de depois da aposentadoria, os encontros com Sofia Loren, Wagner Moura e outros astros do cinema e até mesmo uma confissão: “Não sei muito bem o nome dos atores dos filmes nacionais. É que todos eles são de novela, né. E eu não acompanho novelas.” Claro, Seu Salvador. A gente entende. Afinal, novela nunca combinou com pipoca.

terça-feira, abril 19, 2011

Arthur Xexéo

Cinemas de rua, pipoca, filmes antigos, grandes estrelas. Com assuntos como esses permeando todo o programa, nosso entrevistado não poderia ser outro. Foi com um grande e animado bate papo que o jornalista Arthur Xexéo visitou Júlia Lemmertz nos estúdios do Revista do Cinema Brasileiro.

A conversa começou pelos cinemas e filmes da infância de Xexéo, em Piquete, no interior de São Paulo, onde assistia aos filmes no cinema da Vila Militar, onde morava. Depois, passou por Juiz de Fora, onde também teve acesso aos filmes pelo clube de outra Vila Militar e parou em Copacabana, aonde veio se instalar, e que foi carinhosamente chamada de a “verdadeira Cinelândia”.

Depois, numa demonstração de sua facilidade em guardar nomes, momentos e filmes, relembrou seus momentos de Cineclube no Leme, onde participava organizando sessões e debates em plena ditadura. O encontro, que era para ser um bate-papo, acabou se tornando uma pequena aula sobre cinema e, principalmente, sua magia.


Admito, rolou uma certa tietagem.

quinta-feira, abril 14, 2011



Esse foi o primeiro programa que teve a minha mão em praticamente todas as matérias.
Me pediram para fazer uma pequena playlist e escrever um pouco sobre ela.
Fiz e compartilho aqui com vocês.






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e o pequeno texto que escrevi, sem revisão, claro...


Caramba, fazer uma playlist pra colocar num site que nem é meu. Difícil isso, viu.
Desde que comecei a botar som, lá se vão quase 10 anos, me preocupo com que os outros querem ouvir. Ou pelo menos deveria me preocupar. Sempre escolho as melodias mais pegajosas, pois penso que são elas que levam os pés pra um lado e para outro, e abrem um sorriso na cara de quem quer pular no meio da pista.
Nem sempre as melodias que me agradam são as que agradam o grande público, mas pelo menos fico com a consciência limpa, pois sei que fiz minha parte.

Na playlist, acabei não me prendendo a épocas, estilos ou rótulos. Selecionei o que passou pela cabeça na hora, o que mais tenho ouvido, ou mesmo o que já ouvi muito e me marcou de alguma forma.
Para começar, três pérolas pop. Se isso não faz você feliz, pouca coisa o fará.
Depois, uma música do novo disco do Strokes, a única que consegui ouvir até agora, e que achei sensacional.
As próximas três são daquelas que marcaram um momento, Two Door Cinema Club, Trail of Dead e Death Cab. Tim Maia porque, bom, é o Tim Maia. E você tem a chance de comprar grande parte dos discos dele na banca. Toro y Moi ta na lista para você conhecer, gostando ou não.
E para encerrar, duas pedradas: Mastodon, a melhor banda pesada da atualidade e Matanza, que também sabe construir melodias, mascaradas pelo peso, como ninguém.



Acho que é isso. Bom Proveito.

terça-feira, abril 12, 2011

St. Patrick´s Day

ou a parte dele que foi documentada. Muita, muita cerveja. E olha que eu só ia tomar uma Guinness sozinho pra descontrair. Mas aí encontrei um conhecido com uma amiga dele de Sampa. Ele curte cerveja, eu curto cerveja...
Foi pra conta.





Cinema x propaganda x videoclipe

Se há uma verdade tola na área do audiovisual, é a de que alguns formatos são menores e menos importantes do que o cinema. Os filmes publicitários e os videoclipes, principalmente, entram nesse lugar comum. Mas se formos ver os nomes que filmam em ambos os formatos, como Michel Gondry, Spike Jonze e Mark Webb, só para citar alguns mundialmente conhecidos, vemos que a história é outra. E aqui no Brasil não é diferente.

Andrucha Waddington, Breno Silveira, Fernando Meirelles... Todos já passaram pelas peças publicitárias e videoclipes e ainda voltam a eles, vez ou outra. Isso, claro, sem abrir mão de suas carreiras no cinema. Estar no set é importante para buscar novas formas de linguagem e experimentar novos ângulos e ideias, ainda mais na indústria nacional, onde anos separam um projeto de longa do outro.

A qualidade, os diretores brasileiros são categóricos em afirmar, vai além de plataforma ou formato. O importante é buscar sempre fazer o melhor, o que aprendemos, e bem, já faz algum tempo.
Cinema no Alemão

Quando começamos a conversar sobre a matéria de cinemas com cunho social, pensamos logo no Cine Carioca Nova Brasília, no Complexo do Alemão. Inaugurado na véspera de natal de 2010, o cinema foi um presente para uma comunidade que estava mais acostumada a cenas de ações na vida real do que nas telas.

Depois da ocupação do Complexo, a paz voltou a reinar, as obras começaram a andar e o poder (do) público finalmente pode voltar a mostrar sua cara. Desde sua abertura, o Cine Carioca é a sala com a maior média de ocupação da América Latina. Sorte? Preço baixo? Ou uma oportunidade para mostrar que quando há a oferta de cultura, independente de local, há a presença do público?

Wellington Cardoso, o gerente geral do Cine Carioca, e quase vizinho da sala, afirma que o preço é importante, já que com 10 reais se assiste ao filme, com direito a pipoca e refrigerante, mas a presença das crianças, vendo repetidas vezes filmes com tecnologia 3D, não esconde que a magia do cinema é mesmo um bichinho que quando morde é difícil se livrar.


***

Parece coisa da juventude Zona Sul (e é). Mas ir no coração do Alemão foi uma experiência e tanto. Almoçar em Olaria, do lado do alçapão da Bariri, ver as ruelas e casas amontoadas, milhares de fios acima de sua cabeça, em um emaranhado difícil de se decifrar, sentir o cheiro do morro, com tratores e escavadeiras num trabalho frenético, como se pagassem a conta de décadas de descaso. Ver crianças brincando, correndo, pessoas andando pra cima e pra baixo, formigueiro humano. Olhares de estranheza parecem me perfurar a cada passo que dou. Saem os fuzis, entram as câmeras de filmagem. A comunidade exposta. Não queria fazer isso, ser mais um "turista da paz". Mas é o ofício. Tenho que ir, tenho que perguntar, quero saber, no fundo.

As perguntas acabam acontecendo, fogem da boca e da cabeça, sem pudor. Como era antes? Como era a violência? As respostas são, quase todas, fugidias. Em vez da violência, vamos falar do futuro. Está bom, está bem. Vai melhorar. Aqui vai ser uma praça, ali um centro de treinamento em audiovisual...

Bom, melhor esquecer. Sem esquecer, na verdade. Para manter sempre um olho aberto, examinando como as feridas da violência estão cicatrizando. E se vão cicatrizar.
Chover no molhado, clichê, deja vú, já vi isso antes...
Mas não muda nunca. Malvados com o dedo na ferida.

terça-feira, abril 05, 2011

admito que tenho um fraco.
quando vou ao supermercado compro sempre um bono de chocolate.

***

Carol uma vez me disse que eu não era carioca porque ainda ficava impressionado quando via uns globais caminhando pelas calçadas manuel carlianas do Leblon.
Pois então estou prester a virar um. Ou só voltar a ser, já que carioca eu sempre fui.
O que mais faço, o que mais vejo, as pessoas com quem mais eu trabalho são, serão ou foram globais. artistas todos são, sem exceção.
o que é legal, porque a aura de incredulidade ao ver alguém que faz uma coisa bem feita cai por terra. E parece até que você também pode.

Dito isso, estou tirando o projeto do mestrado da gaveta, voltando a reler os meus roteiros e querendo aprender francês de uma vez por todas.