segunda-feira, maio 31, 2004

Engraçado como as coisas são. Em Portugal este ano acontece a Eurocopa, o Rock in Rio e um festival chamado Super Bock super Rock. O bock daí é uma marca de cerveja, nada a ver com boquete, seu bando de mente suja.
Mas na verdade estou escrevendo isso aqui pra comentar a diferença no line up de um e outro festival.
Enquanto o RiRL (até onde vamos com essas abreviações?) tem Foo Fighters, Evanescence, Gilberto Gil, Paul Macartney, Jet, Metallica, Incubus, Slipknot, moonspell, Kings of Leon, Metallica entre outros, o Super Bock tem Pleymo, Static-X, Muse, Linkin Park, Korn, Los Hermanos, Reamon, Avril Lavigne, Nelly Furtado, N.E.R.D., Liars, Hundred Reasons, Pixies, Lenny Kravitz, Massive Attack e Fatboy Slim.
E então, quem sai na frente? Eu, sinceramente fico com o Liars e Pixies, apesar do Jet dar um gás, lá no RIR, junto com Kings of Leon.

A conclusão? Burros somos nós brasileiros. Os portugas estão com tudo e não tão prosa.
Duas coisas que preciso dizer aqui:



1 - Eu amo o Jane’s Addiction. Não tem nada demais na banda. Nada, nada, nada.
Mas a voz do Farrel é linda e a guitarra do Navarro é assassinante. E eu adoro as músicas deles. Mas de um jeito estranho, diferente. Deixa ver se consigo explicar...
Não acho as músicas muito boas, não acho os discos clássicos (tirando o ritual de lo habitual que é uma das melhores coisas que já ouvi desde sempre). Mas tem alguma coisa lá que me faz querer ouvir e mais ainda sentir a música deles.
Tô com o Strays, ouvindo sem parar e a cada momento descubro uma coisa diferente. Tem um leve toque de anos 90, de uma época que não volta mais, mas que eles conseguiram trazer de novo pra cá. Ah, sei lá.
Deve ser vício. Uma Addicition.



2 - Liverpool. Cidade natal dos Beatles, Echo and the Bunnymes e agora também do The Coral.
Depois de perder o segundo disco deles pro Marzcio lá no Rio, encontrei outro lá no Martini. E fui inventar de ouvir o danado. Fala sério. Deve ser alguma coisa que eles bebem. Deve ter alguma coisa na água dessa cidade. É ridícula a riqueza de detalhes que aparecem em cada música, cada uma mais completa, mais bonita e com mais sons inusitados que a outra. O álbum todo é de uma beleza que dá dó. Dó da gente, sabe, daqui do Brasil. Ver que esses moleque ingleses que lançaram o primeiro disco com 17/18 anos e esse segundo com 20 anos no máximo, fazem um tipo de som que aqui no Brasil nunca, eu repito, NUNCA seria feito.
Esses moleques têm futuro.

informação after post: O produtor do disco é o Ian Broudie, o cara por trás do Lightning Seeds. (alguém aqui conhece essa banda? ela merece uma ouvida)
segundona. de volta à vida normal. Normal? é normal trabalhar pra ganhar dinheiro? ou o normal é se jogar com força em festas nos finais de semana e descansar a semana toda fazendo corpo mole no trabalho?
normal por normal, continuo esquisito.
Mas e a festa, hein?!

Como disse para a hostess Madame Sabá, fica fria que o treco vai ficar quente.
ficou. E repito o que disse pra todo mundo uma semana antes da festa:
A Bagaceira é a festa mais divertida de Vitória. Todo mundo num clima gostoso, feliz, se lembrando da infância, rindo. Isso por si só garante a festa.

Bom, fomos, tocamos e nos divertimos muito.
set?
Mocó começa sempre com sua música dos trapalhões.
depois, Dominó, Balão Mágico, Menudos, Paquitas, Tremendo, partindo pra Metrô, Eduardo Dusek, e mais umas coisas que não me lembro. depois teve Wham!, Culture Club, Pet Shop Boys e pra encerrar Whisky a Go Go do Roupa Nova. No retorno no final da noite mais besteiras e lambada, muita lambada.

Infelizmente não é possível tocar tudo o que a gente leva, mesmo porque foram mais de 10 cds de músicas bagaceiras pra festa. Mas é uma pena pois muita coisa fica de fora do set. Uma horinha deixa você com "gostinho de quero mais". heheheh
Mas também é legal, porque dá pra deixar pra próxima festa algumas preciosidades como Bugalu do Gugu e Planeta Doce do Jô Soares.

o saldo da festa foi positivo. E até convidei pessoalmente o Valderrama pra Tum Pou Soc. Só pra não esquecer o nome dele é Rodrigo Tavares e vai estar na lista de entrada da TPS, junto com seu Adson Vip. É isso.
vejo vocês na sexta, se der tudo certo, com um careca ruivo (o kid vinil, povo com mente suja. É o Kid Vinil!!!)

sábado, maio 29, 2004

comecei a pegar também, depois de muita procura essa banda aqui:


Fruit Bats

as primeiras músicas são bem legais. Uma coisinha devagar, violão e folk. mas não parece muito das antigas, se é que vocês me entendem. tem um sopro de mudernidade neles.

Mas a pérola da semana mesmo é isso aqui:


Death from Above - Romantic Rights EP.
bom, bom, bom, bom, e ainda ssim é pouco bom presses caras de quem eu já sou fã número 1!!!


Continuando minha saga pelas bandas com nome esquisito, me deparei essa semana com uma que pode ser a mais estranha de todos:
Measels Mumps Rubella.

Traduzindo é algo como sarampo, rubéola e difteria (acho que são as doenças da vacina tríplice).
o som ainda não ouvi. Mas dá pra encher a boca pra falar esse nome complicado e tirar onda. hahahahaha


Baixei por esses dias o single da música Take Me Out do Franz Ferdinand. e preciso dizer que os lados B do danado são bons demais.
All for you, Sofia tem uma levada tão retrô que agarra nas sinapses nervosas do seu cérebro como chiclete. dá vontade de ouvir tudo de novo.
Já Words of Leisure é Darts of Pleasure cantada com voz, piano e uma levada mais pra nick cave ou Johnny Cash do que pra FF. E nela dá pra perceber o vozeirão que esse cara do Franz tem. Muito futuro pela frente. Quando sai o disco novo deles?

***

por falar em franz ferdinand sai uma resenha deles na Gazeta nesta quarta.
uma ida ao Martini é sempre emocionante. dessa vez saí de lá com cara de bobo e mais discos pra coleção:

Jane's Addiction - Strays 10 reaul
Libertines - Up the Bracket 10 béreu
The Coral - Magic and Medicine 15 rerais
Manic Street - know your enemy 10 cru crus
Beach Boys - Live at Knebworth (caixa com cd e livreto) 13 dinheiros

é só alegria - coletânea de música bregas e engraçadas 12 barão
rock pop new wave - coletânea essencial para a festa bagaceira de hoje - 13 verdinhas.

E como hoje virou dia de loucura, dei uma passadinha na americanas (online) e mandei ver o Mars Volta, o Elbow, o Feeder, o Longwave, o Electric Six e o Electric Soft Parade.
tá bom ou quer mais?

quinta-feira, maio 27, 2004

estou de volta. de segunda pra quinta, três dias. Coisa essa, de não escrever todo dia. Mas é que agora eu preciso mostrar serviço (não que precise, ma verdade, mas EU me cobro mais)e estou dando um tempo em bloggers da vida. Mas lá em casa tá liberado. o problema é ter saco de ligar o computador. já faço tudo sentado na frente do micro mesmo. E a bunda ficando quadrada?

mas esquece isso. o mês de junho é que promete. Tem bagaceira, tem Tum pou Soc com Kid Vinil, tem Tum Pou Soc excepcionalmente dia 26/06, pro lançamento do cd dos Pedreros e em Julho. se segurem que tem a festa de UM ANO da TPS.
Estamos pensando grande, e logo, logo podem surgir novidades por aqui e pela comunidade Tum Pou Soc no Orkut. o quê, ainda não tá no Orkut? ainda não é meu amigo?
me manda seu e-mail que eu te convido, amigo.
hehhee

Essa letra é pra quem quiser acompanhar na Bagaceira. MERECE!
Agora, só não podem me copiar e tocar ela antes de mim, hein?!

Doméstica (Eduardo Dusek)


Foi trabalhar recomendada pra dois gringos
Logo assim que chegou do interior
Era um casal tipo metido a granfino
Mas o salário era tipo um horror
A tal da madame tinha a mania esquisitona de bater
E baixava a porrada quando a coisa tava errada não queria nem saber
Doméstica...Ela era doméstica
Sem carteira assinada, só caía em cilada
Era empregada doméstica


Nunca notou a quantidade de gilete
Não reparou a mesa espelhada no salão
Não perguntou o que que era um papelote
Baixou "os home" ela entrou no camburão
Na delegacia sua patroa americana ameaçou:
"Lembra que eu sou uma milionária,
Eu fungava de gripada
Não seja otária por favor."
Doméstica...Traficante disfarçada de doméstica
Era manchete nos jornais
O casal lhe deu pra trás
Sujando brabo pra doméstica


No presídio aprendeu com as companheiras
A se dar bem e a descolar como ninguém
Ficou famosa no ambiente carcerário
Como a mulata que nasceu pra ser alguém
Pois não é que a doméstica
Conseguiu uma prisão doméstica
Saiu por bom comportamento, mas jurou nesse momento
Vingar a raça das domésticas


Então alguém lhe aconselhou logo de cara
"Dá um passeio, vê se arranja um barão"
Porque melhor que o interior de uma cela
E ter turista e faturar no calçadão
Até que um dia, um Mercedinho prateado buzinou
Era um louro alemão que lhe abriu a porta do carro
E lhe pagou um boquetão
Doméstica...virou uma baronesa doméstica
Mesmo com as taras do barão, segurou a situação
Levando uma vida doméstica


Realizada em sua mansão em Stutgard
Ouvindo Mozart e Beethoven de montão
Com um pivete mulatinho pela casa
Que era herdeiro de olho azul como o barão
Precisou de uma babá, botou um anúncio bilíngüe no jornal
Seu mordomo abriu a porta, uma loira meio brega, uma yankee de quintal
Doméstica...era a americana de doméstica
A nêga deu uma gargalhada, disse:
"Agora tô vingada, tu vai ser minha doméstica"

segunda-feira, maio 24, 2004

ói eu aqui...
bom, sábado tem bagaceira. Mocó já com seu set tinindo pronto pra colocar as senhorinhas de quase trinta e as com mais de trinta pra rebolar. Não vai faltar crássicos do brega e quem sabe umas músicas até boas de verdade.

no mais, sexta teve robotrix. cheguei cedo lá, eu e a Lu. eram umas 22:30 e a festa ainda não tinha começado. dei uma força ao sr. rike na arrumação do local, que devo dizer está MUITO melhor, inclusive a acústica!!!
Quem foi na primeira TPS vai ter uma surpresa ao ver o lugar no dia do Kid Vinil. Bom, vamos a festa.
Angel tocou dark e gótico. coisa preta mesmo. Mas o pessoalzinho que se amarra num vinho de garrafão e num cemitério não compareceu. Pena. teve tudo o que eles gostam. Xmal Deutschland, lacrimosa, Joy Division e muitas outras coisas mais escuras que realmente não conheço, mas que aprecio em certas horas. No começo estava meio "lamentação" o set, mas mais pro fim ficou divertido.
depois EBM que realmente ainda não sei diferenciar de outros tipos de som eletrônico. depois gilmar (não consigo chamar de gimu) tocando electro. Teve Chicks on Speed (já toquei essa música na TPS), Faint e um monte de outras coisas que não me lembro direito agora. Vale ressaltar que a noite estava sendo turbinada por espumante chandon, numa taça flute de plástico. ìcone do kitsch. Depois do espumante acabar, arrumei outro espumante, um de cevada em latinhas, pra colocar no copinho. hehehe
depois keri (ou rike, como queiram) tocou computador (é, ele levou o dele). e vestiu-se de robozinho. uma chuva de balões pretos caíram na hora do set dele, que eu fiz o favor de subir e jogar. Tocou Scissor sisters e mais um montre de coisas que não lembro. dancei e me vesti de robô no meio da pista. Óbvio, que já estava devidamente alcoolizado pra fazer uma dessas. Minha voz foi-se para Bagdá e eu fiquei rouco o resto da noite e do sábado.
valeu. agora é esperar a bagaceira que vai ser o bicho. todo mundo se divertindo pra caramba, nuns sets regados de preciosidades do cancioneiro popular...

sexta-feira, maio 21, 2004


The Thrills - So Much for the city

Essa eu devo compartilhar com vocês.
No Martini, faz uns meses talvez, comprei o The Thrills por dez beréu. Comprei no escurão, apesar de já Ter inclusive baixado o danado e nucna ouvido direito. Bom, o lance é que fui ouvir o disco esses dias lá em casa, num motorhead, antes de todos chegarem. Acho que só o Caio estava lá. E hoje trouxe pra agência. Bom, por dez reais acho que comprei um dos melhores discos do ano passado (lá fora. Não sei quando foi lançado aqui no Brasil). Até a voz do cantor, que me irritava um pouquinho por ser sofridinha demais, eu já consegui assimilar. Pra quem gosta de um folk mais pop mais beatles mais britpop mais meladinho, eu aconselho.
Definição em uma frase:
Kings of Leon apaixonados.
Sim, é verdade!!
Vitória vai sambar ao som do mestre do Indie rock.
Tum Pou SOc e Antimofo trazem para Vitória O DJ de rock do Brasil:



KID VINIL EM VITÓRIA
Clube Centenário 04/06 - 23 hs

(ok, sei que tem outros Djs de rock no Brasil, como euzinho heheheh, mas ele é O homem, né?)

quinta-feira, maio 20, 2004


sexta tem!

Robotrix, no Centenário, Praia do Canto.
Vamos dançar como máquinas e nos destruirmos em ritmos
auto-destrutivos, do electro ao dark.

quarta-feira, maio 19, 2004

cuidado com o Google que o Google que te pega.
te pega daqui, te pega de lá!!

google dono do Google, do Orkut, do Blogger...
se alguém quiser saber de tudo o que você gosta, pensa ou faz, é só perguntar ao google.
eles sabem tudo. o cookie que você gosta.
Opa. Sumi de novo. O trabalho está mais pesado agora. Bem mais pesado, diga-se.
Mas nada que um fim de semana ou um dia bem dormido não dê jeito.
Nem tenho muito o que escrever aqui. Poucas novidades. Eu gripado, com a garganta arranhando, nariz entupido. Tentando melhorar minha qualidade de vida, comendo menos porcaria.
Tenho que mudar minha agência do banco.
Tenho que pagar minhas contas (celular, Velox, provedor, cartão de crédito).
Tenho que escrever que recém adquiri umas preciosidades em vinil (caras pra caramba, mas tá valendo).
São elas:
Stone Roses - Stone Roses
Jesus and Mary Chain – Psychocandy
The Smiths – Rank (agora sim! só falta o “the queen is dead” em vinil).
New Order - Movement

segunda-feira, maio 17, 2004

sexta tem a primeira festa de electro e new wave e sei lá mais de que de Vitória.
estaremos, lá.
Robotrix!!!
dance like a machine.
Bom, como começar a falar do meu fim de semana? Sexta estava cansado, mareado, morto e mesmo assim fui no fest-ufes ver qualquer coisa. Fiquei uma hora e meia e nada aconteceu. Foi paia. Fui pra casa me preparar para o que estava por vir. E para quem não sabe, era o show do Motorhead. Sábado o dia começou cedo. Acordei as oito da manhã e fui direto para o mercado com minha mãe, comprar as últimas coisas para o churrasquinho marcado em cima do laço como aquecimento pro motorhead. E que aquecimento. Cervejas geladas, lombinho de porco, arroz, vinagrete e farofa... cachacinha que Lacaio fez o favor de levar e presença dos amigos, já doidos para o início do show. Então fomos para o Álvares umas sete da noite. Encontramos as pessoas de Colatina, comendo pizza como sempre, e adentramos o recinto. Estava vazio, mas que clima!!
Bom, fui com o Gozo pra frente do palco na hora que a luz apagou e duas Birrugas entraram em cena. Daí em diante, me lembro de um liquidificador e de ver o Gozo sumindo, para aparecer alguns metros adiante, já sem o boné e com uma cara de desespero danada. Presença ilustre, lá na frente MESMO, do Cassio Ramone. Peguei o gozo pela camisa, coloquei ele sentado (opa!) no meu ombro por uns quinze segundos, até achar que ia morrer! Ele deve Ter visto o lemmy de perto, por isso a cara de terror dele ao voltarmos para a arquibancada. Lá, tomei chopp de todo mundo sem querer, sem pedir e sem comprar nenhum (não me perguntem como, já que estava mais pra lá do que pra cá). Toquei guitarra, bateria, metralhadora, morteiro, levei uma saraivada de bumbadas nos peito e acabei o show de joelhos na arquibancada de cimento que estava toda seca, com exceção do EXATO local onde resolvi pagar meus pecados. Resultado: calça rasgada, calça molhada, lps do lips na mão e muita vontade de tomar baldes de chopp, desejo que foi prontamente realizado no Galpão. Tomamos baldes, sabres de luz, chopps, queijos e mais outros belisquetes. E acabamos a noite carregando uma cara que não poderia estar dormindo, não daquela jeito. “Pescoço de Ganso” Bonna reduziu seu vocabulário a uma expressão de dor: “ai”. Dita de um jeito seco e engraçadíssimo, em situações onde eu realmente achava que estava dobrando demais o braço ou a perna dele.

Domingo foi de comilança. Almoço na casa do pai, jantar na casa da mãe e dois bolos depois, fui para o fest-ufes. Sim, Domingo, 10 da noite eu fui assistir a um show de rock. E agradeço a Deus por ter ido. O que aconteceu não foi um show, foi uma experiência. O primeiro show de post rock de Vitória. Ou de Jazz rock, ou de trilha sonora para 2001 uma odisséia no espaço. Quem viu, viu. Quem não viu, só irá ouvir os comentários. Mas uma banda que te deixa arrepiado e com as pernas tremendo de emoção deve ser coisa fina. É, pessoal, Hurtmold engoliu o festival todo. Era como se tudo tivesse sido armado para aqueles seis paulistas, tocando xilofone, trompete, percussão, bateria, guitarras, casios, escaletas e o diabo, tirassem da gente expressões de espanto, de descrença, de regozijo. Que mente doentia pode criar tamanha confusão sonora e ao mesmo tempo fazer tudo soar tão belo e inatingível?
Que situação, ver todas aquelas pessoas escutando o hurtmold, sem se mexer, vendo a primeira música e depois irrompendo em aplausos em total aturdimento. E na hora em que no meio da música, depois de um solinho de xilofone (vibrafone ou metalofone ou o que quer que aquilo seja) todo mundo começou a aplaudir emocionado?
Uma das melhores coisas que já vi acontecer, uma música que não é música. E que fez o Jesus and Mary chain que estava comigo no carro parecer brincadeira de criança.

Não sei, não, mas é bem provável que já esteja na hora d’eu começar a ouvir jazz.

quarta-feira, maio 12, 2004

ouvindo "Heaven Up Here - Echo and the Bunnymen"
que belo álbum, de uma bela banda. Anos 80?
parece que foi gravado ontem.
***
faltam 3 e 4 dias.
3 dias pro motorhead destruir Vitória
4 dias pro tempo me destruir.

segunda-feira, maio 10, 2004

É festa. É festa, chiclete com banana, chiclete com banana.
Tirando a gastronomia da frase acima, tudo é verdade. Ou foi.
Sexta, depois de uns meses desde a última festa, a Tum Pou Soc voltou a ativa.
Graças à força de vontade de todos os envolvidos, o que era sonho saiu do papel e virou realidade. A festa aconteceu no Centenário, local novo para todos, e sinceramente acho que se saiu bem. Obviamente, como a primeira festa, algumas falhas aconteceram e serão contornadas na próxima. Mas o saldo foi positivo.

Pra começar, chegamos cedo. Dentro do Centenário pouca gente, mas muita gente da organização, pessoal que ia tocar, que ia trabalhar, essas coisas. Depois da meia noite é que o público quis começara entrar. E deu foi gente, viu? Mas nada comparado com aquele aperto quente do Pub. O centenário, apesar da acústica criticada por muita gente, tem ventilador pra caramba e acho que deu pra quebrar um galho. A cerveja é que, como sempre, ficou quente e acabou antes da hora. Mas a culpa não é nossa, apesar de queimar a festa. O bar sempre foi terceirizado (isso é que é capitalismo). O Rike estava doido(no bom sentido), corria de um lado para outro e só foi jantar (e almoçar) quase uma da manhã. Três ferreros rocher.
Tirando o lado da organização, que estava bem legal, vamos as atrações.
O Preto (VJ) manda bem, muito bem. Mas não pode colocar os vídeos nas costas das pessoas. Uma alternativa é colocar o telão em cima de onde fica o DJ. Lá as projeções teriam mais visibilidade.
Primeiro teve a apresentação empolgada, do Niki Lauda Quartet. O nome deles gerou até discussões antes da festa. Por mim, nada que não fosse esperado. Os quatro colocaram coisas finas para tocar. Um set bonito, com Reptilia, Beat it e Toxic, três que estavam praticamente certas no meu set. heheheh, ok, não vou levar a mal. Mas que foi sacanagem tocar Toxic, foi. Teve Dead Kenedys, le tigre, presidents of USA, EMF, e Punka, hininho indie dos 90,que nem é muito difundida por aqui. Foi bom, mas com mais gente teria sido melhor. Ainda bem que pro fim do set a pista estava mais cheia. Talvez por isso, falei pra eles tocarem mais um tempinho.
Depois entrei eu messss. Taylor e seu set, que dessa vez parecia mesmo comigo, velho e pesado. Digamos que me dou nota 6. Não foi tão legal como poderia ter sido. Acabei enveredando por um caminho errado, certa hora, que me levou a belezas como Muse, a nova do Beastie Boys, Planet Hemp, Boo ya Tribe e Faith No More, At the drive-in, Rage against the machine, Cure, Smiths, Ramones, Bad Religion, Green Day (em homenagem ao show), Motorhead, caindo pra Beatles (sim, me rendi), Roling Stones, Led Zep, Doors, Sabbath...só faltou o who, mas aí seria demais, e fechei com Renegades of Funk, versão original (só pelo verso do começo, mas que deve ter passado batido pela galera “No matter how hard you try, you can’t stop us now”. Enfim, um set quase nada indie, talvez mais acessível ao estilo rock, mas pouco dançante. Nem Rapture toquei.... (por falar nisso, Junior Senior está nas rádios. Ano que vem vamos ouvir falar do Franz Ferdinand). Pelo menos cumpri a promessa da Ilma de tocar coisas clássicas. Pensando bem e vendo a lista das músicas, até que não foi tão ruim. Mas eu não gostei.

Depois de um tempo tocando, o Nigel Mansell Trio entrou em cena. Com bobs nos cabelos, lenços na cabeça e bebes no colo, em homenagem ao dia das mães, eles mandaram ver nos beats acelerados. Song 2, Hives e White Stripes não faltaram. Foi a hora de ir pular (dois pulos, depois meu joelho arrebentou).
A festa estava acabando quando a Nave pousou por lá. Perez pediu pra dar uma canja e foi colocado no palco. Mas já era bem tarde e as pessoas, em sua maioria já tinham ido embora. Fechei o clube às 5 e tanto com Surf music, Otto e mais umas coisas que nem me lembro mais. Vi uns sorrisos em alguns rostos que me responderam uma dúvida. Sim, estamos fazendo a coisa certa. Agora é sentar e marcar a próxima. Estão todos convidados.

Detalhes tão pequenos de nóis dois:
- cerveja quente de novo?!
- Quantos metros Jay Gatsby consegue sair do chão quando está dançando?
- Gilmar estava realmente sorrindo?
- O Nigel Mansell trio estava completo, mas senti falta do macaco.
- Por falar em NMT, no fim da festa tinha uma perna de boneca numa canto do palquinho.
- Gustavo Tenório, Fernando Laranja, Fernanda Guimarães, Vitão e mais um monte de gente nova e nem tão nova na festa, que dá a ela uma cara “cosmopolita”. É legal ver que não ficamos somente nos guetos.
- A garota que veio pedir para o DJ, “Põe uma coisa mais dançante, aê...”
- O Adson, que sempre dá sorte pra gente e ganhou o sorteio de cliente VIP.
- As pessoas de sempre, presentes, animadas e que fazem da festa tudo o que ela é. Acho que a todas elas eu devo um grande Obrigado por acreditarem na gente.
- O Antimofo, começando com o pé direito e se tudo der certo, continuando com ele. Hehehe
- Novidades e novidades, que se tudo der certo, logo estaremos espalhando por aí.
- O Clube Centenário, com seu clima bailinho de segundo grau, festa americana. Só faltou as meninas levarem os salgadinhos frios de padaria.

Acho que é isso. Na verdade, não dá pra descrever tudo com palavras. Tem que viver aquilo pra sentir se vale a pena ou não. Eu ainda acho que vale, nem que seja pra tocar o que eu quero ouvir.

***

Ps: complicado esse novo blogger. só agora puder ver que já postei 1.798 vezes aqui, em pouco mais de 2 anos e meio. que coisa. quanto tempo perdido pra tão poucos comentários...
Jesus
Mineirinho
Baré Cola e Tutti-frutti
malzebier (é refrigerante, né?)
Grapette

resultado do meu Top 5 refrigerantes.
só tem porcaria, que coisa.

***
E o blogger novo está lindo. espero logo, logo arrumar tempo pra explorar tudo de novo nele.

terça-feira, maio 04, 2004


The Tangibles - All Systems Failed

esse Ep, com 4 músicas, a seguir, está na minha lista a MUITO tempo. E só consegui pegar a primeira música. o pior é que ela nem é tão boa. Mas o difícil é que me atrai. Por isso ele continua no minha listinha do "Tenho Que Pegar". E a capa é bem bonita.

1. All Systems Failed - 3:09
2. Wasted Blackjack Boy - 3:36
3. The Allies Flags - 2:30
4. Girl Next Door - 2:42
atrasado, muito atrasado:
PJ Harvey
Sonic Youth

***

por falar em música e som, vou tentar fazer um mini-set com umas músicas funky (barry white, james Brown, M.Jackson... é, acho que esses três já dão uma sacudida na pista)
Coisas da Publicidade. Tenho que fazer um texto poético, de preferência um com a cara do beberrão de Ipanema: Vinícius de Mores. Aí, fui procurar coisas dele e achei essa letra de música. achei tristona. E por isso mesmo legal. Na hora pensei em colocar aqui. taí então (e deixa eu voltar ao trabalho).

Nesse dia de natal Em que já não estás comigo Ah, deixa-me chorar ao relembrar a valsa De um natal antigo Ao chegar a velha hora Eu te lembro velho amigo Entrar bem devagar, me beijar E ir chorando embora Meu velho amigo Porque foste embora Desde que tu partiste o meu natal é triste Triste e sem aurora Se o céu existe, se estás lá agora Lembra bem lá do céu Que existe um menino sem Papai Noel.

segunda-feira, maio 03, 2004

bom dia.
hoje, segunda, acordei seis e meia da manhã.
Sai fui ao médico e fiz tanta coisa que às 8 eu tava de volta em casa pra tomar o café da manhã.
uma boa essa de acordar cedo.
Bom, emprego novo, vida nova. Semana começando e festa na sexta. As baixações estão a todo vapor, mas fico com pena de não poder tocar tudo mesmo. Tem muita música boa mas que não é música pra pista. Nessas horas dá uma vontade danada de voltar a fazer rádio.

últimas baixações:

Fennesz - Venice

Keane - Hopes and Fears (agora sim, o Keane verdadeiro)
e por falar em Keane, fiquem de olho nessa banda. Só não tá sendo mais falada que o Franz Ferdinand (que para mim é disparado o melhor disco do ano).

Lost In Translation (OST)
caramba, essa trilha sonora, com as novas do Kevin Shields é alguma coisa. Tá "causando" no meu micro e logo, logo no meu som. pra quem, como eu, viu o filme e ele não bateu, a trilha sonora consegue causar mais estranheza e solidão que duas horas sentado numa sala escura olhando para a parede (sim, essa é a minha descriçõ para cinema)