segunda-feira, maio 10, 2004

É festa. É festa, chiclete com banana, chiclete com banana.
Tirando a gastronomia da frase acima, tudo é verdade. Ou foi.
Sexta, depois de uns meses desde a última festa, a Tum Pou Soc voltou a ativa.
Graças à força de vontade de todos os envolvidos, o que era sonho saiu do papel e virou realidade. A festa aconteceu no Centenário, local novo para todos, e sinceramente acho que se saiu bem. Obviamente, como a primeira festa, algumas falhas aconteceram e serão contornadas na próxima. Mas o saldo foi positivo.

Pra começar, chegamos cedo. Dentro do Centenário pouca gente, mas muita gente da organização, pessoal que ia tocar, que ia trabalhar, essas coisas. Depois da meia noite é que o público quis começara entrar. E deu foi gente, viu? Mas nada comparado com aquele aperto quente do Pub. O centenário, apesar da acústica criticada por muita gente, tem ventilador pra caramba e acho que deu pra quebrar um galho. A cerveja é que, como sempre, ficou quente e acabou antes da hora. Mas a culpa não é nossa, apesar de queimar a festa. O bar sempre foi terceirizado (isso é que é capitalismo). O Rike estava doido(no bom sentido), corria de um lado para outro e só foi jantar (e almoçar) quase uma da manhã. Três ferreros rocher.
Tirando o lado da organização, que estava bem legal, vamos as atrações.
O Preto (VJ) manda bem, muito bem. Mas não pode colocar os vídeos nas costas das pessoas. Uma alternativa é colocar o telão em cima de onde fica o DJ. Lá as projeções teriam mais visibilidade.
Primeiro teve a apresentação empolgada, do Niki Lauda Quartet. O nome deles gerou até discussões antes da festa. Por mim, nada que não fosse esperado. Os quatro colocaram coisas finas para tocar. Um set bonito, com Reptilia, Beat it e Toxic, três que estavam praticamente certas no meu set. heheheh, ok, não vou levar a mal. Mas que foi sacanagem tocar Toxic, foi. Teve Dead Kenedys, le tigre, presidents of USA, EMF, e Punka, hininho indie dos 90,que nem é muito difundida por aqui. Foi bom, mas com mais gente teria sido melhor. Ainda bem que pro fim do set a pista estava mais cheia. Talvez por isso, falei pra eles tocarem mais um tempinho.
Depois entrei eu messss. Taylor e seu set, que dessa vez parecia mesmo comigo, velho e pesado. Digamos que me dou nota 6. Não foi tão legal como poderia ter sido. Acabei enveredando por um caminho errado, certa hora, que me levou a belezas como Muse, a nova do Beastie Boys, Planet Hemp, Boo ya Tribe e Faith No More, At the drive-in, Rage against the machine, Cure, Smiths, Ramones, Bad Religion, Green Day (em homenagem ao show), Motorhead, caindo pra Beatles (sim, me rendi), Roling Stones, Led Zep, Doors, Sabbath...só faltou o who, mas aí seria demais, e fechei com Renegades of Funk, versão original (só pelo verso do começo, mas que deve ter passado batido pela galera “No matter how hard you try, you can’t stop us now”. Enfim, um set quase nada indie, talvez mais acessível ao estilo rock, mas pouco dançante. Nem Rapture toquei.... (por falar nisso, Junior Senior está nas rádios. Ano que vem vamos ouvir falar do Franz Ferdinand). Pelo menos cumpri a promessa da Ilma de tocar coisas clássicas. Pensando bem e vendo a lista das músicas, até que não foi tão ruim. Mas eu não gostei.

Depois de um tempo tocando, o Nigel Mansell Trio entrou em cena. Com bobs nos cabelos, lenços na cabeça e bebes no colo, em homenagem ao dia das mães, eles mandaram ver nos beats acelerados. Song 2, Hives e White Stripes não faltaram. Foi a hora de ir pular (dois pulos, depois meu joelho arrebentou).
A festa estava acabando quando a Nave pousou por lá. Perez pediu pra dar uma canja e foi colocado no palco. Mas já era bem tarde e as pessoas, em sua maioria já tinham ido embora. Fechei o clube às 5 e tanto com Surf music, Otto e mais umas coisas que nem me lembro mais. Vi uns sorrisos em alguns rostos que me responderam uma dúvida. Sim, estamos fazendo a coisa certa. Agora é sentar e marcar a próxima. Estão todos convidados.

Detalhes tão pequenos de nóis dois:
- cerveja quente de novo?!
- Quantos metros Jay Gatsby consegue sair do chão quando está dançando?
- Gilmar estava realmente sorrindo?
- O Nigel Mansell trio estava completo, mas senti falta do macaco.
- Por falar em NMT, no fim da festa tinha uma perna de boneca numa canto do palquinho.
- Gustavo Tenório, Fernando Laranja, Fernanda Guimarães, Vitão e mais um monte de gente nova e nem tão nova na festa, que dá a ela uma cara “cosmopolita”. É legal ver que não ficamos somente nos guetos.
- A garota que veio pedir para o DJ, “Põe uma coisa mais dançante, aê...”
- O Adson, que sempre dá sorte pra gente e ganhou o sorteio de cliente VIP.
- As pessoas de sempre, presentes, animadas e que fazem da festa tudo o que ela é. Acho que a todas elas eu devo um grande Obrigado por acreditarem na gente.
- O Antimofo, começando com o pé direito e se tudo der certo, continuando com ele. Hehehe
- Novidades e novidades, que se tudo der certo, logo estaremos espalhando por aí.
- O Clube Centenário, com seu clima bailinho de segundo grau, festa americana. Só faltou as meninas levarem os salgadinhos frios de padaria.

Acho que é isso. Na verdade, não dá pra descrever tudo com palavras. Tem que viver aquilo pra sentir se vale a pena ou não. Eu ainda acho que vale, nem que seja pra tocar o que eu quero ouvir.

***

Ps: complicado esse novo blogger. só agora puder ver que já postei 1.798 vezes aqui, em pouco mais de 2 anos e meio. que coisa. quanto tempo perdido pra tão poucos comentários...

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