domingo, dezembro 25, 2005

Uma paixão:

O time que tinha Didi, Amarildo e Zagallo, mas só era campeão porque o ônibus entrava de ré no maracanã;

O time de grandes ídolos que nunca foram campeões (Mendonça, Heleno, Alemão, Dirceu, Marinho Chagas, entre outros);

O time que viu o Vasco dar volta olímpica com uma caravela na cabeça, para depois perder o título, no campo e no tapetão (1990);

O time que impediu o flamengo de ganhar o único título que faltou em 1981 (o brasileiro);

O time daquelas horrorosas e lindas meias cinzas;

O time das estrelinhas amarelas que sumiram no novo milênio;

O time do Mendonça, que jogava de camisa 8 e short 13, para dar sorte;

O time da gemada do Carlito Rocha;

O time campeão carioca de 1997, em cima do Vasco, futuro campeão brasileiro daquele ano;

O time campeão carioca de 1989, em cima dos futuros tetra-campeões mundiais (Jorginho, Aldair, Leonardo, Zinho e Bebeto), mais o Zico e o Telê;

O time que, apesar de grande, não tem um lateral-esquerdo decente desde Rodrigues Neto (1978);

O time do Mané e seu compadre Nilton;

O time da vitória dos reservas sobre o flamengo de Romário e Sávio;

O time que atropelou o expresso da vitória do Vasco, em 1948;

O time dos 100 mil contra o Juventude, uma tragédia anunciada, a cara do clube;

O time dos meninos do Largo dos Leões;

O time daqueles que choram de alegria e riem da própria desgraça;

O time que tinha Garrincha, mas foi campeão carioca de 1962 porque jogou com camisas de mangas compridas em dezembro, para dar sorte;

O time recordista brasileiro de jogos invictos (52 jogos, entre 1977 e 1978, o time do camburão);

O time recordista de jogos invictos em campeonatos brasileiros (42 jogos, entre 1977 e 1978);

O time de maior número de jogadores cedidos à seleção brasileira em todas as copas;

O time tetra na década de 30;

O time da torcida de massa .... cinzenta! Olavo Bilac, Vinícius, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Clarice Lispector, Glauber Rocha, entre outros. Que linha!

O time do Túlio Maravilha, fanfarrão, debochado e, acima de tudo, herói;

O time de tantos craques;

O time do pênalti defendido pelo Max contra o Náutico na série B (2003);

O time de Paulinho Valentim e dos 6 x 2 no pó-de-arroz (1957);

O time de Sério Manoel, mais herói em 1999 do que em 1995;

O time da incrível derrota garfada no carioca de 1971;

O time Robin Hood, que ganha do flamengo e perde do Madureira;

O time da torcida que mais canta o hino em seus jogos;

O time do hino mais bonito do mundo (o américa que se dane!);

O time do Paulo Azeredo, Estelitta e Saldanha;

O time do falecido Mourisco;

O time campeão de 1097 e 1910;

O time conhecido como glorioso;

O time da maior goleada da história do futebol brasileiro, 24 x 0 sobre o Mangueira (1909);

O time do Eliel, do Sinval e do Cléo (que Deus o tenha), que só foi campeão da Conmebol porque tinha um goleiro Bacana;

O time que o Beckembauer procurou na tabela do brasileiro, não encontrou e achou um absurdo toda aquela tradição ter sido rebaixada para a série B (2003);

O time do seu Emil;

O time Cazuza, que foi ao inferno e voltou, várias vezes, a última em 2004;

O time que sempre viveu entre o céu e o inferno (Sérgio Augusto);

O time que, vestindo a camisa do Brasil, rabiscou a Argentina, goleando por 4 x 1, com direito a um “olé” de 5 minutos no último gol (1968);

O time onze vezes seguidas campeão carioca de voleibol (1965-1975);

O time que foi o primeiro carioca campeão brasileiro de futebol (Taça Brasil – 1968);

O time que foi o primeiro campeão brasileiro de basquete (1967);

O time do Biriba;

O time que, nos pés do Mané, inventou o olé;

O time quase eliminado que voltou correndo de uma excursão para humilhar o flamengo no maracanã (4 x 1) e levar a Taça Guanabara de 1968;

O time do Carlos Imperial e do Sargentelli (saravá BOTAFOGO);

O time do Agnaldo Timóteo, que invadiu o campo e interrompeu uma partida para ensinar um pereba a bater penalti (1984);

O time da Sonja, que chorou e paramos de perder, até sermos campeões invictos (1989);

O time do bruxo Espinosa, que sonhou de véspera com o placar piscando: “CAMPEÃO CARIOCA DE 1989”;

O time do mago Nilton Santos que previu o gol do Maurício (por causa da camisa 7), quando atacamos para o lado do “gol do Gighia”;

O time que inaugurou o campo de General Severiano colocando um pouco de terra de todos os estados do Brasil;
O time da estrela d’alva;

O time que é o único no Brasil campeão de dois séculos – remo, 1899 e os demais títulos (falta um no novo milênio);

O time do barco DIVA, primeiro campeão brasileiro (remo – 1902);

O time que ficou 3 anos sem ganhar um clássico, e quando ganhou foi campeão;

O time que foi campeão da Taça Rio em 1989 sem volta olímpica, que acabou guardando para o título estadual;

O time do número mágico 21 (21 de junho de 1989, 21ºC, gol aos 12 m que é 21 ao contrário, o Mazolla, 14 cruza para o Mauríco, 7 etc);

O time do Luizinho Quintanilha, campeão de 1989, que botou a faixa de campeão (“CAMPEÃO CARIOCA DE 89”) ao avesso, e apareceu: “CAMPEÃO CARIOCA DE 68”, o ano do último título antes da fila;

O time campeão brasileiro de 1995, que lutou contra todo um Estado, o presidente FHC, o ministro Pelé, o governador Mário Covas, e todas as redes caipiras de televisão;

O time campeão de terra, mar e ar de 1962 (até o carioca de aeromodelismo!);

O time das inéditas 12 vitórias em 12 jogos na Taça Guanabara de 1997;

O time que nasceu com a vocação do erro;

O time que diziam, sempre foi zoneado, porque se melhorar, vira o fluminense;

O time Fênix, que volta das cinzas quando ninguém mais acredita;

O time que subiu de posto, indo de General para Marechal, e todo mundo chorou;

O time do Levir Culpi, que barrou o Almir para botar o Gedeil, e quase ferra a gente;

O time do Levir Culpi, já técnico do Atlético/PR, que torceu para o time dele não fazer um gol no fim do jogo, pois rebaixaria o meu time de novo, e a vitória paranaense não adiantava mais nada (2004);

O time do guerreiro Túlio, que abriu a cabeça, voltou, jogou com raça e chorou no fim do jogo na derrota para o Corinthians (2004);

O time que deu de 6 x 0 no flamengo (1972);

O time que levou de seis de volta (1981) e depois mais seis (6 x 1) no lombo (1985);

O time único que tem a palavra “perder” no hino;

O time do gol do Zé Carlos – o Zé Maluco, que valeu o título do Rio-São Paulo em 1998;

O time do Renato Sá, primeiro carrasco (78), depois herói (79);

O time do Sandro, que quebrou a porta do vestiário quando foi rebaixado (2003) e ficou para quebrar a porta de novo, quando subiu (2004);

O time do Montenegro, que trouxe a sede de volta e nos deu o brasileiro;

O time do Paraguaio, Geninho, Pirilo, Otávio e Braguinha;

O time de Rogério, Gérson, Jairzinho, Roberto e Paulo César;

O time do Puruca, do Perivaldo e do Petróleo;

O time do amor bandido, que tira muito mais do que dá para sua torcida;

O time do Aluísio, que amarrava cortinas por ordem do Carlito, para o meu time ganhar;

O time do Bebeto, turrão, cabeça-dura, mas um alvinegro apaixonado;

O time do velho Valdo, maestro em 2003;

O time do gol do Dimba (1997);

O time que tem como escudo uma invenção de Deus;

O time dos guerreiros Gottardo, Gonçalves e Galvão;

O time da alma, porque coração morre e apodrece, mas a alma é eterna.
oi
escrevi.

Duas coisas me fizeram escrever aqui hoje. Uma, a falta de sono. A segunda, hum... álcool.E essa segunda coisa vem me fazendo umas coisas estranhas faz uns dias. Umas tremedeiras, uns ensaios de crise, umas calmarias...
Enfim, acho que passou da hora de dar um tempo. Talvez até março, quando uma Guinness irá acabar de vez com a abstinência.
Será?

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Set list: Last Exit, Do The Evolution, Save You, Animal, Insignificance, Interstellar Overdrive/Corduroy, Dissident, Even Flow, Leatherman, Given To Fly, Daughter, Don't Gimme No Lip, Not For You, Small Town, Down, Once, Go

1st encore: Soon Forget, Better Man, I Believe in Miracles, Blood, Kick Out The Jams, Alive
2nd encore: Last Kiss, Black, Jeremy, Yellow Ledbetter, Baba O'Riley


falar o que?
Foi lindo, emocionante pra caralho e faz MUUUUIIIITTTOOOO tempo não via um show com platéia e banda se curtindo tanto. Na verdade, tirando o Iron Maiden e o REM, não me lembro de nenhum show que chegue perto desse em matéria de cumplicidade. Sei lá, mais o que dizer. Foi um noite mágica.