quarta-feira, abril 19, 2006

Pérolas escondidas.

Bom, para alguém que baixa música compulsivamente (menos um pouco agora porque estou sem cds para fazer backup e o espaço no HD está acabando)...

Bom, para alguém que baixa música compulsivamente, ouvir tudo é quase impossível. Então tem-se a oportunidade de passar batido por algumas coisas boas e se pegar ouvindo mil vezes a música nova do Backstreet Boys, Mil, não. Exagerei. Mas umas 15 vezes pode acontecer. E só o tempo, e a sorte, podem reparar alguns erros. Em certos casos, erros irreparáveis. Clássicos passam batido de verdade e só depois você se dá conta que é impossível viver sem aquela canção, ou em maior escala e menor frequência, sem aquele disco.

Noutras vezes, a bolachinha é esquecida e um tempinho depois você ouve e ela já não parece mais tão comum, nem tão chata. E nem pensem em me recriminar. Na maioria das vezes admito que não escuto tudo o que pego mesmo. E quando ainda não ouvi respondo isso mesmo: ainda não ouvi. Queria ver vocês ouvindo 50 músicas em 5 minutos. É início e refrão. E às vezes esse método é furada. Mas na maioria das vezes, ele serve pra peneirar legal as músicas que vão estourar. Lá em casa, pelo menos.

Acho que não preciso explicar que discos são obras de arte, como qualquer outra. Devem ser observados e percebidos como tal em sua integridade. Não como um apanhado de músicas, com algum possível hit. Ou como uma fábrica de milhões. Por isso, o método Kubitschek (50 músicas em 5 minutos, 50 em 5, entenderam?) tem suas falhas.

Bom, tudo isso para falar que estou finalmente ouvindo The Open. Uma bandinha que fez um disco apontado como um dos melhores de 2003 ou 2004, já nem lembro mais. Silent Hours é seu nome. Não tem nenhum início agitado, nem um refrão pegajoso de primeira. Mas ouvido de cabo a rabo se mostra consistente. Talvez por todas as suas poucas músicas baterem, pelo menos, na casa dos 4 minutos, ou seja, 1 minuto além do consagrado formato pop. Deve ser por isso que ele mereça um tempo maior de audição para chegar, não aos ouvidos, mas ao coração.
De uma balada para uma músiquinha estilo Beatles, anos 60, para uma viagem de guitarras e além, como diria Super-homem. Vai levando, seguindo em frente, faixa após faixa. E depois dá vontade de ouvir de novo aquele pedacinho, aquela voz no canto da música.
Aí bate aquela nostalgia, meado dos 90 pra frente, bandinhas assim nem tão conhecidas e legais, boas descobertas, um mundo inteiro de música pela frente...

Vale a pena gastar alguns minutos de velox, já tão banalizados, para pegar esse disco. Não que ele vá mudar sua vida, mas você pode encontrar um pouco de carinho/conforto nele. Como se eles fossem só a sua banda.

And, sometimes, that’s all that matters.

Para ouvir (em seu devido tempo):
The Open – Silent Hours
Elevation
Step into the Light
Close my Eyes
Bring me Down (mas só pelo climão Indie 90’s)


serviço completo:



Audio CD
(July 5, 2004)
Universal

Track Listings
1. Close My Eyes
2. Bring Me Down
3. Lost
4. Forgotten
5. Daybreak
6. Just Want To Live
7. Step Into The Light
8. Coming Down
9. Can You Hear
10. Elevation

Product Description
Debut from the Liverpudlian indie rock quintet whose epic sound has them compared to Doves, Echo & The Bunnymen and the Cocteau Twins, whose Simon Raymonde produced the album.

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