quinta-feira, maio 19, 2011

Aqui antes

Na hora de escolher um disco para resenhar, uma série de fatores são levados em consideração. A banda ser bem conhecida, estar com um grande lançamento, ou uma nova banda com um disco que atraiu os holofotes são fatores que pesam na hora da escolha.

Dito isso, é necessário que a revelação seja feita: está cada vez mais difícil resenhar um lançamento. Ou o momento do lançamento não coincide com o da crítica, ou o disco nem veio com qualidade o suficiente para render uma resenha, ou ainda, na correria para encontrar uma inspiração para o texto, passar batido por um álbum que de primeira pareceu menor, mas que cresce com o tempo. O novo do Foo Fighters, Wasting Light, é um bom exemplo disso. O timing não é perfeito, a primeira audição foi atrapalhada, cheia de notas perdidas, e passou sem chamar a atenção. No entanto, com o passar dos dias, as músicas foram grudando, aparecendo, se desnudando. E bingo! Temos um grande disco, de uma banda bem conhecida, para falar.



É foo fighters, ok.

Os gritos e os refrões grudentos de Grohl estão de volta. E por falar em volta, a de Pat Smear devolveu ao quarteto um pouco da vitalidade dos primeiros álbuns, com seu peso, suas melodias e sua guitarra a mais. Bridge Burning e Rope mostram bem a versatilidade da banda, indo uma para o pop e a outra para o rock. Já White Limo, bem pesada para os padrões radiofônicos atuais poderia muito bem encontrar um espaço no primeiro disco de estúdio deles. Arlandria e These Days não saem da cabeça. E quando chegam I Should Have Known e Walk, as duas últimas, você fica se perguntando o que aconteceu naquele primeiro momento em que você achou que o disco não seria bom o suficiente para ganhar umas linhas. Ora bolas, eles são os Foo Fighters. E nunca, mesmo, fiquei desapontado com um disco deles. Espero que nem você, mas caso aconteça, aqui vai uma dica: paciência e Repeat. Bom proveito.

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