sexta-feira, abril 20, 2007

Melancolia desde cedo. Lia muito quadrinho quando era menor. Lia Turma da Mônica, Pato Donald, e devorava as tirinhas do jornal. Mas esperem um pouco. Vocês já pararam para ler, depois de maduros, as tirinhas do Horácio? Ou ainda as da Mafalda, Charlie Brown ou Calvin? Caramba, isso devia ser proibido para crianças. Essas personagens agem de tal forma na criação da visão de mundo durante a infância que tudo se torna um pouco amargo, meio tristonho. Somos resultados do meio, sim, mas também das mensagens. A melancolia diante da vida, a falta de jeito com a garotinha ruiva e os problemas da ditadura transformaram uma geração de leitores em usuários de prozac e outros tantos ansiolíticos e antidepressivos. Vivemos hoje num mundo que os quadrinhos de outrora mostravam como opressivo e doentio. E sofremos as conseqüências. Mas a solução para tanto stress e correria, também está lá nas páginas desenhadas. Na verdade, são as próprias páginas desenhadas. Pare um pouco, leia as histórias que você lia na sua infância e lembre-se de quando tudo o que você precisava fazer era o dever de casa, munido de biscoitinhos e chocolates.

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