quinta-feira, maio 24, 2007

Quanto ao Botafogo, de verdade, desencanei. Estava assistindo ao jogo em pé, durante todo o primeiro tempo. gritei gol QUATRO vezes!
No segundo tempo, sentei e esperei ansiosíssimo! Era nossa. a vaga na final, mesmo nos penaltis seria nossa... Mas eis que surge, aos 44 do segundo tempo um chute despretensioso, do meio da rua, exatamente onde estaria o Túlio e seus 6 pulmões (se ele estivesse em campo). A bola percorre mais de 30 metros. Nosso goleiro está lá. Nele, a gente confia. A bola vai, já sem tanta força... ele se abaixa, faz a pose para a defesa e apenas rebate a bola, que sobe, dando ainda a mínima esperança, em apenas alguns milésimos de segundo, de que poderia tocar ali, no travessão, e salvar milhares de almas do purgatório vexaminoso da desclassificação.

Mas, não. Nem quando temos total confiança em nosso time. Nem quando colocamos 60.000 botafoguenses no Maracanã. Nem quando todos os astros parecem brilhar no céu estrelado...

Talvez seja esse o problema. Se ontem, em vez de todo um céu, apenas uma estrela solitária brilhasse, minha noite teria sido a mais bela de todas.

***

Após o terceiro gol, nada comemorado, continuei em choque, em silêncio por pelo menos 20 minutos. Sem conseguir reagir. Sem me mexer. Sem nem trocar de canal.
O gosto amargo estava entalado em algum lugar do meu corpo. Na garganta, no peito, no coração já desgatado por tanto sofrimento. Só tive forças para ir dali da sala para a cama. Me deitar e cobrir todo o corpo. Talvez tentando me esconder da realidade, talvez, esperando que tudo fosse um pesadelo. Dormi tentando esquecer. Amanhã será um novo dia.

Acordei mais triste. É mais um dia frio e cabisbaixo na vida de um botafoguense.

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