quinta-feira, agosto 11, 2005

Vocês já pensaram como seria se, ao nascermos, já soubessemos o dia de nossa morte?
Ok, poderia ser uma informação confidencial, disponível apenas para nossos pais. Mas que talvez eles nos contassem em certa parte de nossa vida.

Penso isso pois, hoje, gostaria de saber exatamente o dia de dizer adeus. Não preciso de mais detalhes, como onde ou porque. Só a data. Sei lá, 15/08/2089. Penso isso pois quero decidir coisas. Quero saber se viajo, se me endivido, se espero filme X ou Y ser lançado em vídeo para assistí-lo ou se vou agora, correndo ao cinema. Uma data me tiraria da cabeça todas as pertubações psicológicas que a síndrome do pânico fez o favor de colocar lá.

Se tivesse a nítida sensação de que meu tempo está se esgotando, poderia ser mais corajoso para largar tudo e me jogar no mundo. Conhecer cada montanha da Ásia, cada gota de orvalho da América do Norte, conviver com os golfinhos de Noronha. Dizer a todos que gosto o quanto gosto deles. Dizer aos que amo o quanto os amo. Consertar erros que, pensamos, só o tempo é capaz de consertar. Tentar acertar cada vez mais, em cada escolha. Sorrir mais e aproveitar ainda mais os dias que não poderei desperdiçar.
Afinal, dobro a esquina logo lá na frente.

Mas nem tudo é como gostaríamos e nos escondemos atrás da indefinição. Atrás da dúvida do amanhã. Não nos mostramos por inteiro, abertos, por vergonha, por timidez, por medo do que vai acontecer. Como somos bobos.
Se tudo o que realmente precissásemos é uma data, fica aqui estipulado o dia 29 de março de 3027 como o dia do fim do mundo. Fim total. Seremos sugados por um buraco negro e aí, só Deus sabe. Minha dica?
Aproveite hoje como se fosse um dia único. Um dia que talvez seja quase passado. Diga bom dia, sorria, faça os outros rirem. Talvez o dia seja amanhã. E não há nada melhor do que sentir que acabou com um sorriso nos lábios, sabendo que você fez tudo para aproveitar cada segundo e aproveitou.

:)

seja feliz.

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