quarta-feira, abril 13, 2005

tó Carol, não respondi no comentário, não. Preferi escrever um post novinho.

Nunca subestimei a saudade. Inclusive, foi desde cedo que aprendi a força que ela exerce sobre as pessoas. Quantas viagens terminaram em um banheiro, entre trincos na porta e lágrimas na pia. E, engraçado, esse é um sentimento com o qual você não aprende a conviver com o tempo. Querendo ou não, lá vem ela, cheia de dentes, mordendo sua atenção e te levando anos para trás. Ou mesmo alguns dias, não importa. Quando ela resolve atacar, é que percebemos o quanto é ruim sermos seres racionais conscientes de nossa finitude. Pois é apenas a morte iminente que faz com que tenhamos esse sentimento, da falta de um tempo específico, de um cheiro familiar, de um abraço quente ou mesmo de alguém nem tão especial.

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