domingo, julho 05, 2009

Hoje completei minhas duas derrotas seguidas no estádio. Pouco menos de 7 mil coitados foram ao Engenhão presenciar, testemunhar, acompanhar a queda de 4 do Botafogo frente ao Goiás. Devo dizer que é o segundo quatro a um na cabeça que vejo ao vivo este ano. O outro foi com o Vasco que pena na segunda divisão. Esquecendo o jogo e a falação da torcida (muito engraçado até, não fosse tão trágico), cheguei cedo pra ver a disputa da preliminar. Ia ser uma homenagem ao time de 89. O jogo do time campeão em 89 contra uns artistas da globo, mas cancelaram. E não me avisaram nada. Mas a taça estava lá, assim como alguns deles. E tiveram, óbvio, uma linda demonstração de carinho por parte da torcida. Foi bem legal. Foi por isso que fui até lá. Não para ver fahel, Leo silva e Cia. Foi para ovacionar Mauricio, Mazolinha, Luisinho, Gottardo, Ricardo Cruz e Carlos Alberto. Foram eles que me deram, naquela noite de junho de 89, a primeira alegria e a primeira lágrima derramada por este time de merda que eu amo tanto. Estávamos eu, meu irmão e meu pai, assistindo pela Manchete. Nessa época meu pai morava sozinho ainda, na Praia do Canto. Gostava de ir dormir na casa dele de vez em quando, comer pão frances esquentado no forno de manhã com leite e toddy. Mas engraçado é que o antigo AP tinha uma coisa meio desleixada. Não sei se pela falta de móveis, se pelo próprio prédio que era meio velhinho já, mas a casa dele tinha uma coisa engraçada. Até hoje me lembro do cheiro e da sensação de estar lá.
E da vitória de 89. Criança é boba, né. Fiquei segurando o choro com vergonha quando o Botafogo ganhou aquele jogo, todos se abraçando, felizes. Acho que naquela hora nem chorava mais pelo Botafogo, mas pela felicidade de estar ali, pela proximidade inesperada, pelo abraço, pelos sorrisos no rosto de todos. Foi o melhor campeonato para se ganhar, e foi a melhor noite que passei com pais, filhos e irmãos.

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