segunda-feira, novembro 02, 2009

o que ando fazendo nesses dias?
nada demais, na verdade.
ando parado, ando sem pensar em muita coisa, sem me cobrar saber nomes e marcas de câmeras e como cada uma delas funciona.
Ando sem pensar em como captar melhor o som em um ambiente não controlado e com árvores por todos os lados.
Me pego viajando por estradas de terras e indígenas no Paraguay, mesmo que só na minha mente (por enquanto).
Penso em escrever e em criar, propaganda mesmo.
Não adianta, gosto. De verdade. Ainda me arrepio quando penso num conceito que sei que abraça toda a criação. Quando penso num título (dois anos depois, será que ainda usam títulos em anúncios?!), fico feliz. Quando viajo num roteiro de 30 segundos, acho um tesão. Talvez seja a hora de entrar de cabeça nisso, de um jeito que sempre me neguei. E achar tempo para a terapia e para estudar para o mestrado.
É, acho que tenho metas.

Mas continuo baixando discos e querendo ir aos shows.
(últimas aquisições: Weezer - Raditude e Jet - Shanka Rock)

Consegui a segunda parte de CHE. Via SP e camelódromos da vida.
Mas fico com uma pena de ver um filme em que sei que o mocinho morre no final.
mocinho?
fica pra você decidir.

2 comentários:

Kalunga disse...

Rapaz, de certa forma me identifico com este post.

Eu sou um assumido frustrado com minha profissão, que é o jornalismo. Paga-se muito (mas MUITO mesmo) mau ao jornalista, é uma profissão que não possui muitas perspectivas de crescimento (um vez repórter, no máximo sub-editor ou matar seu editor... e ver um filho de fulano pegar seu lugar; portanto, carreira nem pensar!), o ambiente de trabalho é um dos mais deprimentes que existem (se é uma redação, é comparável a uma senzala; vc nunca recebe elogios nem tem sua produtividade levada em conta e por aí vai; todos ao seu redor reclamam muito da vida, do salário, do chefe, do horário... e NUNCA fazem nada pra mudar isso para si próprios) e a qualidade de vida inexiste para um jornalista-padrão, daqueles que respiram notícia. Enfim, é uma merda só a partir do momento que vc sai da faculdade.

Mas eu bem que tentei sair fora. Estudei pra concurso (mas não da forma correta: não fazendo mais nada na vida), fiz bicos, mudei meu currículo para migrar de área, cogitei algumas pós ou MBAs pra mudar de área (sem garantias, estou de stand by neste quesito)...e acabei me aperfeiçoando involuntariamente numa área que ainda é jornalismo, mas que eu mudei de lado ao vender pauta pas redações. No fim das contas, gosto pra caralho do jornalismo em si, meu sonho seria viver bem disso, mas também mudaria de profissão sem o menor remorso (ainda estou tentando). Os conflitos internos diminuíram, as contas ficaram aparentemnte menos nocivas, tenho uma casa, família e filha impecáveis... acho que as trancos e barrancos estou me ajeitando.

Grana nesta vida conta muito. Eu pelo menos não me prostituí ou me sacrifico mais em (sub)empregos que pagam mau e te torturam a alma e à saúde. Vou tentando mudar de profissão, mas tá dando pra viver provisioria e estavelmente assim no momento.

Taylor disse...

comentário genial.