quinta-feira, novembro 19, 2009

Ainda não escrevi um monte de coisas aqui que queria comentar e acabei esquecendo da maioria delas. Mas essa não tive como esquecer. Está em todos os lugares. A estréia, pré-estreia do filme do Lula. Lula, filho do Brasil.
E onde foi a gran premiere? Em Brasília, ora bolas. Capital do poder, da roubalheira e da corrupção. Mas o que que tem filme de festival de Brasília a ver com toda a sujeira que existe lá? Bom, deixa eu explicar.
Na estréia do filme, foi aquela corja toda, estudante de cinema, comunicólogos, e a pior delas, assessores e políticos. Imagina só, os puxa-sacos todos lá querendo ver o “filme do presidente”. Aí, claro, sobrou carteirada e escrotidão. (pausa para cuspir no chão).
Já com a sala de exibição transbordando de gente, chegou a equipe do filme. Umas 30 pessoas. E pediram que liberassem umas 30 cadeiras para eles assistirem ao filme. Hahahaha
Acha que liberaram? Nada. Alguns estudantes de sociologia talvez tenham se levantado, mas a corruptalha, essa não se mexe. Tem medo de se levantar e algum neto de político tomar o lugar deles. Acharam que era a repartição. Aí, veio a produtora e pediu pro pessoal se retirar, que era perigoso aquele monte de gente, no chão, nas escadas... todos poderiam voltar para a sessão extra, que fariam depois.
Ela foi vaiada. Vaiada. Ignobeis. Ninguém saiu. E começou o filme. E aí, devem ter partido o coração do Barretão. Porque deve ter sido uma plateia de filme de terror isso aí. Enfim, acabou o filme, acabou a pipoca, todos se levantaram e foram embora. Afinal, no outro dia todos poderiam falar na camara, no senado, na repartição que tinham visto o filme do presidente. E com isso, garantir mais 4 anos de emprego público. Mamando nas tetas do governo. Nas nossas tetas.

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Só consegui pensar na cena de Inglorious Basterds. Como um judeu armado cairia bem naquela sala de cinema.

2 comentários:

Anônimo disse...

Nem parece que você ganha a vida com redação publicitária para campanha política...Is this it? Não...é um novo Luis Fernando...risos.

Taylor disse...

pô, tenho que pagar as minhas contas, né. E fala baixo, que alguém pode ouvir e não me chamar pra campanha em 2010.