quarta-feira, novembro 04, 2009

em fase de maturação.


o verão está aqui. estou de volta. a cidade parece sorrir, seu cheiro está diferente, sua cor, seus sorrisos. é pra isso que a cidade do Rio vive, para chegar em dezembro e desabotoar as camisas e os paletós e se jogar na bermuda florida do verào.

não somos cosmopolitas. somos cariocas.
E para isso não precisamos falar chiado, ainda que uma grande maioria o faça.
ser carioca é mais, e vai além disso.
não se faz um carioca apenas com sotaque, se faz com alma.
a mesma alma que anda com havaianas no pé, como se calçasse um armani. que não troca o chope no balcão por nada. que ama suas mulheres, e as acha as mais lindas do planeta, ainda que não consiga se aproximar de meia dúzia delas em toda a sua vida. que entende a beleza das frutas empilhadas nas casas de suco,e descobre sabores diferentes a cada estação.

se esconder em um ipod, ipobre, celular ou mp algum número (o último que fiquei sabendo era um 9. mp9). vivem em seu mundo, fugindo da realidade.
por isso me senti um velho, cantarolando e assobiando uma canção, estalando os dedos no caminho entre a minha casa e o supermercado.
As músicas que quero ouvir estão, há muito tempo, e minha cabeça. delas lembro letras, estrofes, refrões, e riffs de guitarra. Isso quando não sou possivel de solfejar todo o solo de guitarra.
eu tenho o meu mpcérebro. e fico feliz com ele.
mesmo porque, o filtro da memória é o único que separa as músicas qe te acompanharão para a eternidade daquelas que tocarão um dia em alguma rádio e cairão no esquecimento.
Ainda que à eternidade possa ser dada uma forcinha com um ipod de, digamos, 160 gigas.
bom, ninguém é de ferro. só o homem.\hum, e não é que já me veio um riff à cabeça.

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