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Thieves Like Us - Again and Again
O jogo começa e em campo, uma promessa de craque. Quem nunca ouviu essa história antes? O pseudo-craque que algumas vezes acontece e em outras, desponta para o anonimato. Todos aqui conhecem Pelé e Robinho, mas quantos se lembram de Matusalém ou Adriano?
Com o Thieves Like Us também é assim, uma banda pseudo-craque que em seu segundo trabalho, Again and Again, ainda não disse a que veio, apenas que tem potencial para ser o melhor do mundo. Mas saiamos das retangulares linhas de cal para o conhecido campo circular do disco. O primeiro som que vem é eletrônico, de sintetizadores. O clima é pesado. A bateria eletrônica começa a acompanhar e a voz, quase um sussurro, cobre tudo. Se não soubesse com certeza em que ano estou poderia achar que era algum da década de 80. O Thieves Like Us carrega mesmo essa marca de viagem para um tempo de Echo and The Bunnymen, The Cure, Joy Division e New Order.
Seu álbum nos joga pra cima e para baixo, todo o tempo. Como por exemplo, na trinca de faixas “Shyness”, alegrinha, se é que algo é alegre no trabalho deles, “Mercy”, trilha sonora de procissão para enterro, e “One Night With You”, que dá até para pensar em se balançar ao som de suas batidas. A montanha-russa continua, com uma música mais alegre, outra mais devagar, uma mais animadinha, outra mais soturna. A banda tem potencial, ótimas ideias, um gama de influências de respeito e uma sonoridade difícil de se encontrar hoje em dia. No dia em que conseguirem colocar juntar todos esses ingredientes e acertarem a mão, podem esperar, serão capazes de criar uma obra-prima. A impressão que fica é que o craque ainda não está pronto para entrar na seleção, mas que dá para jogar por seu clube de coração. O que já está de bom tamanho.
8 comentários:
No dia em que conseguirem colocar juntar todos esses ingredientes e acertarem a mão, podem esperar, serão capazes de criar uma obra-prima.
penso exatamente a mesma coisa sobre este disco e mais uma porrada de outros mais.
O problema é a falta de um norte que dê a liga em todos os ingredientes ali jogados. Uns acertam em cheio, noutros o negócio fica perdido no caminho
Aliás, esta linha de pensamento se aplica em quase tudo no que se produz atualmente nesta linha entre o indie e o eletrônico.
Obra prima mesmo não vi nenhuma até agora. Apenas coletâneas de singles que eu mesmo criei destas bandas aí se encaixam neste rótulo de "obra prima".
acho que é por isso que lançam cada vez menos albuns e cada vez mais singles e eps.
Pô Taylor, que resenha foda!!! Texto gostoso de ler, tanto que deu vontade de conferir o som, apesar de não ser minha praia!
E Minas tem praia??!!
Hehehehehe...
Altas praias, se é que me entende... hehehehehe
Yeah!
texto bom mesmo, e tb quero ouvir... to muito preguicosa pra descobrir bandas...
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