quinta-feira, dezembro 06, 2007

Parei para pensar em quantos filmes já vi na minha vida. Principalmente porque nessa semana devo ter visto uns seis pelo menos. Aí fiquei matutando isso, essa coisa com o cinema, com os filmes, com suas histórias.
E devo usar esse espaço aqui para um agradecimento formal à minha família que sempre teve como hábito levar as crianças ao cinema. Sei que muitas vezes não é lá o lugar delas, mas é tão legal poder levar uma criança ao cinema.

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Depois, já nem tão criança, ia com minha tia ver as sessões noturnas, de preferência as últimas, com uma passada estratégica no Mcdonald´s depois do filme. Pude ver filmes europeus e independentes americanos. Pude formar meu gosto e minha personalidade a partir dessas sessões e das conversas que as seguiam. Posso dizer que devo a minha tia muito do que sou hoje e praticamente toda a minha veia intelectual surgiu da admiração que tenho por sua inteligência e experiência.
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Proponho-me, aqui, a ser o primeiro a levar minha afilhada ao cinema. Um filme infantil, claro. Desenho animado, de preferência da Disney.
Porque essa é uma tradição que deve ser mantida. A qualquer custo.
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E aí, viajando nas memórias afetivas, tenho uns filmes que assisti no cinema que mexem comigo até hoje, por N razões. Vou falar de alguns deles.

ET – fui com meu pai e fiquei de olhos fechados, na verdade olhando por entre os dedos, durante todo o filme. Rendeu um trauma de infância e o terrível medo de vidas extraterrestres.

Minha vida de cachorro – belíssimo filme sueco que marcou minha vida com uma cena: céu estrelado e o menino do filme pensando na Laika, a cadela enviada ao espaço pelos russos.

Leolo – Outro filme de garoto, poético, mágico.

Cães de aluguel – Como assim, um novo cineasta americano? Era SÓ a estréia de Tarantino!!!!

He-Man and The masters of Universe – Nesse fui com minha avó e ela, no fim, se empolgou e começou a gritar junto com a platéia. : )

Willow – Véspera de Ano Novo. Ou dia 30 de dezembro. Uma tarde de bobeira em Copacabana na casa da minha tia-avó, com minhas primas de Santa Catarina.

Labirinto - até hoje um dos filmes da minha infância/vida.

Todos dos Trapalhões – Férias no Rio só eram férias no Rio se tivessem filme dos Trapalhões. Ia até o escritório do meu avô e de lá pra o cinema.

Howard, The Duck – Outro filme de férias.

Warlock, o Demônio – Cinema no Lido, à noite.

Johnny Mnemonic – Ultima sessão de domingo, resolvi ir ao cinema. Tinha recém-tirado a carteira de motorista.

Forrest Gump – Depois, na época da faculdade, antes de encontrar companhia para filmes, ia toda segunda, depois da aula, ao cinema. Sozinho.

JFK – meu primeiro filme totalmente sozinho, no Rio.

O Senhor dos Anéis: A sociedade do anel – correria de Vitória para (quase) Jacaraípe, para assistir ao filme em uma pré-estréia de graça. Valeu todo o esforço.

O Senhor dos Anéis: O retorno do rei – só de lembrar de como fiquei arrepiado na primeira vez que o vi e de como foi horroroso passar pela primeira crise de síndrome do pânico na segunda vez...

Réquiem por um sonho - na mini-sala da Casa Laura Alvim, Ipanema, domingo às 18 horas.

Jogos, trapaças e dois canos fumegantes – abrindo minha temporada de um ano no Rio, de 99 a 2000. Na mini-mini-sala do Paço Imperial.

Big Fish – belíssimo filme do Tim Burton, que fez eu rever minha relação com meu pai.

O carteiro e o poeta – pelas lágrimas que levei orgulhoso para fora da sala de exibição.

Xará, como é difícil se lembrar de todos os filmes. Tenho certeza que esqueço uns tantos, bem importantes...
Mas quem disse que preciso terminar por aqui? Conforme for me lembrando prometo colocar aqui os filmes vistos NO CINEMA que ajudaram a escrever minha história.

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