quinta-feira, dezembro 06, 2007

O jornal O Globo aqui em Cuiabá, no meio da América do Sul, custa a bagatela de 9 reais aos domingos. Aí a pergunta que fica é: vale?

Bom, ainda pensando ser 6 reais, o último preço que paguei pelo diário dominical, pedi um exemplar. Na hora de ver o valor no comprovante do cartão de débito me assustei.
Mas quer saber, tem coisas que não tem mesmo preço, como diz o comercial do Mastercard.
Em primeiro lugar, o Globo de domingo vale por toda a semana.
Tem artigos escritos por Veríssimo, João Ubaldo, Ancelmo Góes, Agamenon, FHC e mais uma galera. Nada que se compare a jornais locais. Nem dá pra comparar.
Depois ainda tem a Revista, uma publicação monstra que valeria 10 pratas em qquer banca de jornal. Várias reportagens legais, mas o mais importante, uma falando dos verões cariocas e dando as dicas de A a Z para curtir o verão 2008.
Excelente. Vejo aquilo, leio aquilo e me sinto em casa. CASA.

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Lendo o FHC, tive uma epifania.
Quando leio algo que outras pessoas escreveram, estamos, mesmo que apenas um pouco, dentro da mentalidade, da razão, do pensamento dessa outra consciência.
Podemos não concordar com o que é dito, mas saberemos exatamente o que a outra pessoa pensa e que posições ela toma para a sua vida. A não ser, é claro que ela seja uma charlatã de duplo sentido, escondendo a realidade em joguetes de palavras, estamos diante de um cérebro, de um pensamento em cima do papel.
Sei lá porque pensei nisso quando lia o nosso ex-presidente. Porque, talvez, ele tenha se dado o tempo de pensar naquilo, linha após linha, escrever e revisar (talvez) seu texto. POrque aquela produção científica (ou não) é dele, pessoa, e só dele. E no entanto, fez questão de dividir conosco, através do jornal.

Pensando assim, a literatura e a escrita são as formas mais altruistas de comunicação existente. Você escreve o que pensa e abre mão disso, se expondo e se mostrando, sem muitos véus, para quem quiser, e souber, ler-te.

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Por isso me orgulho tanto em ler coisas publicadas por pessoas que gosto e que fazem a diferença em minha vida. Quando serei eu a ser lido? Quem sabe mais rápido do que eu mesmo penso...

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