domingo, setembro 27, 2009

Antes aqui.




Primeiro foi o The Doors. Depois o Queen. Parece que para sair da aposentadoria, uma banda não precisa mesmo contar com todos os seus antigos integrantes. Nada mais natural do que o Alice in Chains, muito mais ligado temática e emocionalmente à perda e à morte, voltar também. Mesmo que para isso também tenha que superar a perda de seu vocalista para, digamos, um plano superior de existência. Mas, diferente de Fred Mercury e mesmo de Jim Morrison, Layne Staley não se tornou um ícone, apesar de sim, ter tido seu período de reconhecimento e auge, durante o boom do grunge no inicio da década de 90. O que até certo ponto facilita as coisas para a banda que sobrou. Porque é mesmo difícil para quem não é fã ter certeza de que é outro o vocalista, tamanha a identidade musical que se manteve no lançamento de Black Gives Way To Blue. As pegadas relembram os álbuns Facelift e Dirt. Mesmo que um tanto mais pesadas e algumas vezes um pouco menos arrastadas, ainda que sombrias. A primeira música, All Secrets Known, nos dá um sopro de esperança em voltarmos a ter aquela banda sempre subestimada, que cravou um dos melhores acústicos MTV de todos os tempos. E o transcorrer do disco (alguém ainda compra discos por aqui?) se dá oras por um caminho cheio de guitarras pesadas oras por melodias doloridas em baladas calmas. Pelo lado das guitarras entram em campo as faixas Check My Brain e Lesson Learned. Vestindo a camisa das baladas Private Hell e When The Sun Rose Again. O bom é que nessa partida (sem trocadilhos) quem ganha somos nós que temos de volta umas das melhores representantes do som de Seattle do início dos anos 90. Preparem as correntes, Alice está de volta.

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