terça-feira, janeiro 22, 2008

diário de solo. Quinta-feira, um dia qualquer. Belém/PA

hoje acordamos e tomamos café da manhã: tapioca com manteiga e pupunha com café.
depois fomos ao mercado, passando por um corredor imenso de camelôs, bem no centro de Belém.
Fomos ao ver-o-peso, coisa que sempre quis.
Vimos, cheiramos, sentimos, provamos tudo o que o norte tem de melhor. depois andamos por toda a cidade velha: museu de arte sacra, igreja de nazaré, museu do círio, forte do presépio, casa das 11 janelas.
Voltamos para o ver-o-peso para almoçar. Fui de vatapá e depois maniçoba. A maniçoba é uma das coisas mais pesadas que já comi. Para acompanhar guaraná Garoto.

depois, de sobremesa, 1 litro de açaí. por 5 reais. E para arrebatar com chave de ouro, discos de tecnobrega, de melody, de bregas marcantes, DVDs com shows da banda AR-15 e com a apresentação da aparelhagem do SuperPop, o arrasta povo do Pará, o águia de fogo . A trilha sonora para o resto da viagem.

deixamos as muambas no hotel e apagamos. depois, resolvemos ir dar uma volta pelo centro, na praça da república, em busca de mais açaí. Neste exato momento, nosso anfitrião paraense, Gemaki, nos liga e diz para aproveitarmos que estávamos perto da praça da república e tomarmos uma cerveja no bar do parque, que fica aberto o ano todo. Só fecha no dia do Círio.
Atravessamos a rua, já que a gente tava em frente ao tal bar e vimos uma movimentação no teatro, logo atrás do bar. Fomos ver do que se tratava e perguntamos a duas meninas que estavam na porta do teatro o que ia rolar por lá. Como era o fim de semana de aniversário de Belém, a cidade estava tendo uma série de eventos. Neste dia ia rolar um show de compositores paraenses de gratis, no teatro. E estavam distribuindo os ingressos. Mas quando fomos pegar os nossos, às 19:07, o guardinha do teatro disse que não tinha mais. que a distribuição era só até as 19.
as duas meninas, solicitas e hospitaleiras, tinham pegado ingressos para alguns amigos e não se furtaram a passar um par para nós dois. Não sem antes, nos dar a direção da noite paraense.
Ou seja, chega de programa de turista. Vamos nos misturar com a multidão.

E foi o que aconteceu. depois do show de MPB, hotel, banho e fomos direto pra um bar onde estava rolado uma apresenteção de uma banda de reggae, o Santa Fé. o bar nem estava tão cheio, mas logo achamos uma das garotas, com seus amigos e nos enturmamos facilmente.
Quando vimos, já nos sentíamos em casa, dividindo cerveja e marcando de sair com os caras no dia seguinte, para comer um caranguejo. O caranguejo no pará é chamado de caranguejo toc toc, porque tem que se bater para abrir a puã, fazendo então o tal barulho. Entre as figuras, uma bando de hippies, Wal de Belém e Alex, que ficou serroteando a gente atrás de cerveja e nos garantiu que ia noslevar para tomar santo daime.

para finalizar a noite, saímos do bar, já meio altos e fomos para uma outra casa onde estava rolando uma rave. O porteiro fez com que as meninas que estavam com a gente entrasse de graça e queria cobrar 10 pratas de cada homem. Eu já tava cansado, bêbado e só queria ir embora, mas o pessoal tava animado e queriam continuar no rock. Até que Elton fez a proposta para o porteiro da festa: "te dou 10 pratas, você coloca a gente pra dentro. nem precisa falar pro dono da festa."
o porteiro olhou, riu e respondeu: EU SOU o DONO da festa.
hahahahaha
depois dessa, não teve jeito. Choramos e entramos por aproximadamente 5 paus por pessoa.
lá dentro, não tinha mais ninguém, e fiquei conversando com o Faca, o DJ.
Ficamos até o amanhecer. Chegamos no hotel às 7 da manhã. E na volta, os nativos gritavam no carro para pararmos e tomar café da manhã no ver-o-peso. Só aí me toquei que o mercado não fecha. Ficam uns barzinhos abertos a noite toda, com prostitutas, traficantes e gente de bem no meio, bebendo e se servindo de petiscos. E de manhã cedinho, algumas barracas já vendem açaí pros bebuns. Deve ser como o escaldado de Cuiabá. Um famoso levanta defunto.

Apagamos, mas antes enchemos o saco do Diogo, numa ligação maluca Belém/Cuiabá, onde só falávamos do hino da banda AR-15, chamado Galera do Comércio. ou Galera GDC.
Eles fazem o derrame de geladas, muito inspirador para nossa noite, por sinal.

na ordem:

Forte do presépio.

Forte e eu com o Ver-o-Peso atrás.

Cores de Belé, no cais do Mercado.

Hora do almoço.

O almoço. Tacacá e sua tão temida goma de mandioca.

Maniçoba: você encara?! Eu encarei.

O teatro e o show.

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