quinta-feira, novembro 16, 2017

E outra...

(estou colocando aqui porque realmente achei que tinha perdido todas elas!)

 O carequinha de Ouro
 
 Fim de Março. Toda a atenção do mundo está voltada para Hollywood.
 Mais precisamente para o Oscar. Pela milésima vez tentaremos entender o que 
 se passa nas "cabeças" da Academia. Tá certo que, quem escolhe os melhores 
 são pessoas como nós (será mesmo?) e não deuses do Olimpo cinematográfico. 
 Mas o que acontece na hora de eleger os indicados? Por que a maioria das 
 pessoas envolvidas nesse processo sofre da "Síndrome da Ausência do 
 Pensamento Racional"?
 
 Filmes elogiados pela crítica e amados pelo público, cheios de atuações 
 arrasadoras e emocionantes não recebem nem convite para participar da maior 
 "festa do cafona" do mundo. E aquele filminho meia-boca, quase como a água (inodora, incolor, insípida), acaba recebendo várias indicações.
 
 Pausa para reflexão - Percebam como, nas prateleiras das locadoras, existem 
 centenas de filmes com chamadas do tipo "3 Indicações para o Oscar, 
 incluindo Melhor Som, Melhor Figurino e Melhor Direção de Arte". E antes que alguém venha me bater, eu reconheço a importância desses itens. Só que ser indicado nessas categorias não é um aval de qualidade para o filme.  Ele pode até ser muito bonito, com um ótimo som(???), e ainda assim ser raso como uma poça de chuva.
 
 Mas é assim mesmo e pronto. Acabou-se. Se quisermos ver filmes sendo 
 premiados, e não estratégias de marketing, temos que mudar de festival. 
 Cannes, Sundance, Veneza e Berlim ainda não se dobraram por inteiro ao mercado e têm um quê de novidade e ousadia em suas indicações e premiações.
 
 E já que não podemos escolher quem vai ganhar (já pensou se o resultado 
 saísse de uma votação na internet?), temos é que engolir aqueles musicais 
 chatos e perder uma noite de sono restaurador para saber quem teve a melhor 
 campanha promocional. Quer dizer, quem foi o melhor filme. Só nos resta 
 torcer. Torcer para, na segunda-feira, a ressaca do Oscar não nos deixar com gosto de cabo de guarda-chuva na boca.

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