sexta-feira, junho 04, 2010

O cheiro é de ferro, como o das barras usadas para bater em você.
A mistura, com chuva e ferrugem, traz ainda um odor ácido,
que machuca o nariz, a cada inspiração.

A vontade que tenho é de deitar e deixar o cano trabalhar minha carne, meus ossos, meus músculos, sem fazer força para detê-lo. Senti-lo me partindo ao meio, estalos quebrados, pancadas secas, o cheiro de ferro, dessa vez do sangue, que teima em escorrer por cortes e poros.

Fecho os olhos e aqui dentro tudo fica mais confortável, mais claro.
Acho que não vou abri-los nunca mais. Nunca mais.

Um comentário:

Kalunga disse...

Taylor, este é o seu relato de uma aula de musculação na academia???