sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Peguei a Piauí nova e a coloquei debaixo do braço.
Dei poucos passos, subi alguns degraus de escada e me dei uma hora lendo e tomando café com quichê.
***
quichê é um anagrama de chiquê.
***
Eu não sou chique. Eu não sou chique, repete o homem vestido com um terno bem cortado à saída do cinema. As pessoas que saem de uma sessão qualquer se assustam e olham espantadas, para aquela figura alta e magra que, vestida de terno, reclama em voz alta com uma mulher.
Pare de me chamar de chique.
A mulher, atordoada, não imaginou que um simples elogio causaria tanto estardalhaço.
Mas, Marcelo, eu só quis te elogiar.
Por que não disse, então, que sou feliz? Ou que escolhi um belo filme para ver? Ele nem é de róliudi. É independente e alemão. Talvez ganhe o Oscar, mas seria de filme estrangeiro, o que já o colocaria numa categoria menor, e não poderíamos comparar com as grandes produçoes...

E se perdeu em sua explicação. Pelo menos, para os espectadores da sessão roliudiana que acabava de começar, Marcelo abaixou o tom de voz.

Nenhum comentário: