quinta-feira, dezembro 08, 2016

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Metallica – Hardwired... to Self-Destruct

Hoje em dia é difícil escrever sobre um lançamento. O que mais há é opinião por aí. Ou seja, resenhar é sempre uma batalha por evitar revisitar o que já foi lido e debatido e tentar trazer algo novo para a mesa. Muitas vezes, não é possível . Mas desta vez, admito, estou animado para encarar o desafio

Faz algumas semanas o Metallica, a maior banda de rock pesado do planeta, lançou seu décimo álbum de estúdio (só considero os álbuns autorais): Hardwired… To Self-Destruct. O disquinho foi celebrado como um retorno às origens, um sopro de renovação para a banda. Um paradoxo interessante, ter que voltar às origens para se renovar.
O ponto é que o Metallica se tornou relevante uma vez mais.

Com uma estratégia de divulgação absurdamente bem feita (não esqueçam, o Metallica é uma máquina bem azeitada de fazer dinheiro e marketing), o disco foi o centro das discussões dos círculos musicais durante pelo menos, uma semana. Uma eternidade neste mundinho efêmero de hoje. Alguns aplaudiram. Outros cornetaram. Mas todos falaram deles. Bom, escrevi até aqui e não falei do disco. E aí, o disco é bom?

Em minha humilde opinião, o disco é bom, sim. Não é um clássico, mas é bem feito. E para comparar, andei escutando os lançamentos anteriores deles (Death Magnetic – 2008 - e St. Anger – 2003). Não resisti e dei uma gargalhada ao ouvir os primeiros minutos do disco de 2003. Esqueçam-no! Hardwired é um disco do Metallica. Riffs, peso, melodia e até uns refrões. O grande defeito é que a edição deluxe traz um disco a mais, com versões de músicas do Rainbow retiradas do tributo ao DIO, do Iron Maiden, uma música lançada apenas em single (a melhor de todo o álbum – Lords of Summer) e umas gravações ao vivo bem dispensáveis.

Como já disse, não é um lançamento que irá mudar a vida de ninguém. Mas ainda assim, vamos bater os pezinhos, tocar air guitars, chacoalhar a cabeça e colocar uns milhões a mais na conta do Metallica.

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