quarta-feira, novembro 07, 2012

Comprei o livro Herzog, escrito pelo Prêmio Nobel Saul Bellow, por conta da crítica que li na VIP. Dei, como poucas vezes o fiz, crédito a um crítico. Ainda mais sendo de literatura, coisa que aprecio de uma forma muito particular. Mais do que comprar livros, gosto de lê-los. Só vejo-os em minha estante depois de devidamente usados.
Mas enfim, comprei e me joguei de cabeça na mente de Moses Herzog. Um professor brilhante perdido entre suas memórias e suas mulheres. Confuso com o fim de seu casamento, Herzog nos leva de forma esplendorosa por sua história repleta de erros e passos em falso e começamos a temer pelo seu futuro. Pela sua perspectiva de futuro, qualquer que ele seja. Entre lembranças, Herzog escreve cartas. Cartas para seus amigos de tempos, para suas ex-mulheres, para seu psicólogo e para o presidente dos Estados Unidos. Como e onde elas serão postadas, não precisamos saber. Nem ele sabe, escreve como um meio de eliminar as impurezas da alma. Como alguns de nós.

Um adendo - O livro praticamente exige uma leitura ininterrupta, parar deixa no ar a linha de pensamento, o fio da meada, de mesma forma que você se sente quando o interrompem em meio a um pensamento e ele voa para longe. Infelizmente ter o tempo necessário para saborear essa obra-prima é algo impossível em tempos de celulares, internet e hiperinformação. Quer tentar? Boa sorte.




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