Música, cinema, literatura pobre, propaganda e um pouquinho de vida. Melancolia também, por que não?
quarta-feira, outubro 29, 2008
Não, não foi perder os shows do Tim Festival em Vitória. Mesmo porque show de Tim Festival e Vitória, para mim (e apenas para mim, não combinam).
O que me chateou mesmo, de verdade, foi perder o show da KT Tunstall.
Maldita vozinha, malditas melodiazinhas, maldita melancoliazinha...
se vocês não conhecem, diria que é uma Aimee Man que me pegou!
nada bom começar assim.
Na verdade, nada bom ficar assim, sem escrever.
Mas digamos que me falta a melancolia típica para um bom texto.
Fico aqui no trabalho, depois do trabalho, na música depois da música, pensando em o que poderei usar para ser diferente.
E vendo que todos vão pela mesma cartilha.
ser diferente não te difere de nada. A não ser de você mesmo.
quarta-feira, outubro 22, 2008
como elas são boas de se olhar, bonitas de se ver. Fotos, desenhos, filmes, pinturas, esculturas.
Como elas me fazem bem.
É estranha e convincente, a arte.
Um prazer percorre o corpo. Talvez seja a pequena esperança no ser humano.
Saber que ainda podemos fazer algo que nos mexa assim, que possa nos emocionar de forma verdadeira, sem apelações.
Engraçado que as certezas que tinha viraram dúvidas, como estava falando com minha amiga que está nos EUA.
As certezas?
essas de sempre. Casa, emprego, vida, perspectivas.
As dúvidas?
as de sempre. o que fazer, com quem fazer, quando fazer.
O que eu quero?
ser feliz. simples assim.
e difícil assim.
Mas uma coisa eu já sei:
é bem difícil que, o que quer que eu venha a decidir, aconteça aqui em Vitória.
****
Em tempo:
The National, que toca aqui na segunda, era uma de minhas bandas queridas faz um tempão atrás.
Hoje tem tanta gente falando deles que dá vontade até de desistir de ver.
Mas com o ingresso na mão, e o show sendo a menos de 1 km da casa do meu pai(o lugar onde moro provisoriamente)...
terça-feira, outubro 21, 2008
de verdade, não tenho muito o que escrever aqui.
preciso é escrever de verdade em algum lugar. e salvar as coisas que escrevo em outro lugar que não seja um laptop. outro dia o vírus quase fez com que eu perdesse meus contos, meus roteiros, minhas músicas. coisas que em época de não-lugares podem ser resumidas como "tudo o que tenho".
segunda-feira, outubro 20, 2008
eheehehe
e ainda estamos em outubro.
Bom, isso.
***
depois de encerrada a campanha, com direito à festa da vitória (se tudo der certo, claro), ainda terei uma semana ou duas de Vitória. Pra descansar, acertar meu carro, tentar vendê-lo, ir ao dentista, começar a pré do meu curta, enfim...
Umas semanas de relax total.Com direito a regime e malhação.
Preciso voltar em forma. O Rio não é brincadeira.
Novembro pode ser que me leve para Sampaulo. Nem sei ainda. Ou dezembro pode ser que me leve para Sampaulo. Mas Sampaulo é sempre só de passagem. Dezembro pode me trazer de volta pra Vitória, isso sim, se marcarmos a filmagem do Beijo de Amigo pra cá. E para esse mês.
***
Vida que me leva, sem direção.
Ê vidão...
***
Digo que em determinado momento do meu caminhar resolvi desenvelhecer. Comecei a fazer aniversários ao contrário. Ficar mais jovem, até o ponto em que virei um moleque. Voltei à adolescência. Que maravilha. Ter mais de 30, com a experiência de todos estes anos vividos e se sentir um moleque de 17, 19 ou 22.
Claro. É uma maravilha, sim. Você se torna o dono do mundo. Mesmo.
Sem contas para pagar, estudando, acordando tarde, fazendo o que der na veneta, enchendo a lata de cachaça independente de ser segunda ou sexta.
Mas aí, um dia, você percebe que, como um cara de 30 anos, você tem certas necessidades que os adolescentes nem sabem existir. E quando você olha para o lado, está morando de favor na casa de parentes, sem seu canto, sem poder ficar no escuro deitado em sua cama ouvindo seus discos. Descobre que a casa não é sua, que os móveis não são familiares, que no armário não cabem todos os esqueletos que você precisa guardar.
Você se descobre na rua, sem ter para onde ir. O adolescente corre para a casa dos pais, porque lá é a vida dele, a que ele sempre soube existir. Cama, comida e roupa lavada. Em troca, ele só deixa um tanto de sua liberdade. O cara de 30, sabe cozinhar, lavar, passar. Mas não tem mais cama. E deixa toda a liberdade que precisou conquistar ao longo dos 30 anos nas mãos de quem nem sabia que ainda o podia controlar.
Sim, auto-análise em período de mudança. Mais um período de mudança.
sexta-feira, outubro 17, 2008
primeiro - tenho muito mais coisas para ouvir do que o necessário e do que o possível mesmo.
segundo - virus no laptop. Fiquei com uma jaca nas mãos. O bicho tá lerdo que dói.
e pior, posso ter que perder todas as músicas que baixei e não tenho tempo para
ouvir.
: P
A parte ruim é que nem sempre você leva todos ao final, mas tem uma coisa boa que é terminar de ler DOIS livros no mesmo dia.
Foi o que aconteceu ontem com o "Slam" do Nick Hornby e com A Arte Cavalheiresca do Arqueiro Zen.
foram legais.
E agora, sobraram os livros de cinema, leitura técnica.
É bom para ir voltando aos poucos a me disopilar de campanha.
Cinema, cinema, cinema...
Rio, Rio, Rio...
tenho que começar a fazer a neurolinguística do negócio.
tenho que voltar, tá tudo meu lá.
ou não?
ai ai
quarta-feira, outubro 15, 2008
Se vivi ou se sonhei
Você aqui nesse lugar
Que eu ainda não deixei
Vou ficar?
Quanto tempo
Vou esperar
E eu não sei o que vou fazer não
Nem precisei revelar
Sua foto não tirei
Como tirei pra dançar
Alguém que avistei
Tempo atrás
Esse tempo está
Lá trás
E eu não tenho mais o que fazer, não
Ainda vejo o luar
Refletido na areia
Aqui na frente desse mar
Sua boca eu beijei
Quis ficar
Só com ela eu
Quis ficar
E agora ela me deixou
Eu ainda gosto dela
Mas ela já não gosta tanto assim
A porta ainda está aberta
Mas da janela já não entra luz
E eu ainda penso nela
Mas ela já não pensa mais em mim
Eu vou deixar a porta aberta
Pra que ela entre e traga a sua luz
segunda-feira, outubro 13, 2008
quinta-feira, outubro 09, 2008
quinta-feira, outubro 02, 2008
É engraçado que, mesmo achando ruim um livro do Nick Hornby, já passei da página 70 (atualizando - página 120). É como se estivesse dando o meu aval para um livro mais ou menos. Como se o achasse bom o suficiente para merecer tantas páginas lidas.
Mas às vezes parece que ele consegue falar para mim, de meus medos e problemas. E mesmo com tantos anos de diferença entre Sam, o personagem do livro, Slam para ser mais claro, e eu, às vezes consigo entender tudo o que ele passa ou está passando e ...
Peraí.
Já não é mais o Nick Hornby que escreve fingindo ser um garoto de 16 anos que gosta de skate. É o próprio garoto que escreve o livro.
A metamorfose se completa e autor é personagem e vice-versa. E quando você vê já terminou outro livro desse careca torcedor do Arsenal (eca!!!), apaixonado por seus personagens e esperando ansiosamente pelo próximo.
Maldito Nick Hornby!
Bendito Nick Hornby!
Coisas do cinema:
Leio cada página perguntando para mim mesmo como faria aquela cena, como transformaria aquele capítulo em um pedaço de roteiro. Bom, se vocês querem saber, o filme começaria na casa da Alicia, na festa. Ah, não entenderam?
Leiam o livro. Ou talvez eu escreva o roteiro. Ia ser legal.