terça-feira, abril 29, 2008

Dib Lufti (Marília, 1936) é um diretor de fotografia de cinema brasileiro.

Mudou-se para o Rio de Janeiro no fim da adolescência. Em 1957, começou a trabalhar como câmera na TV Rio. Seu primeiro contato com o cinema se deu no seminário promovido pelo Itamaraty em 1962 com o sueco Arne Sucksdorff, com quem trabalhou em seguida como assistente de câmera no longa-metragem "Fábula - Minha casa em Copacabana" (1964). Mas foi com "Esse mundo é meu" (1963), de seu irmão Sérgio Ricardo, que estreou como câmera de cinema e despertou o interesse.

O lema do Cinema Novo "uma câmera na mão e uma idéia na cabeça" não teria sido o mesmo sem este cameraman e diretor de fotografia. Ele soube dar forma a idéias de diretores como Nelson Pereira dos Santos, com quem fez, entre outros, "Fome de amor" (1968) e "Azyllo muito louco"(1969), ambos premiados com o Candango de melhor fotografia no Festival de Brasília, Arnaldo Jabor, para quem fotografou "Opinião pública" (1967), "O casamento" (1975) e "Tudo bem" (1978), também premiado em Brasília, e Ruy Guerra, em "Os deuses e os mortos" (1970), igualmente premiado em Brasília.

Graças a sua habilidade com a câmera na mão foi chamado por Glauber Rocha para operar a câmera de "Terra em transe" (1967).

Fez a fotografia e a câmera de "ABC do amor" (1966), de Eduardo Coutinho, "Edu, coração de ouro" (1967), de Domingos Oliveira, "Os herdeiros" (1970), "Quando o carnaval chegar" (1972) e "Joana francesa" (1973), os três de Carlos Diegues, "Como era gosto o meu francês" (1970), de Nelson Pereira dos Santos, "A lira do delírio" (1973), de "Walter Lima Jr." e "Pra frente, Brasil" (1981), de Roberto Farias.

Foi seis vezes premiado no Festival de Brasília e quatro vezes pelo Instituto Nacional de Cinema. Em 2003, fez a câmera de "Harmada", de Maurice Capovilla, que tem direção de fotografia de Mário Carneiro. Voltou a trabalhar com Domingos Oliveira, fazendo a fotografia de "Feminices" (2004) e "Carreiras" (2005).

Fez ainda a fotografia de "Vida e obra de Ramiro Miguez" (2002), de Alvarina Souza Silva, e de "500 almas" (2004), de Joel Pizzini.


Imagina ter aula com esse cara. e ouvir dele, na primeira aula:
Não gosto muito de falar. O negócio é fazer.

resultado?
Turma empolgada, idéias na cabeça e cameras na mão.




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