quinta-feira, novembro 29, 2007

Segunda à noite escrevi uma frase num envelope do Banco:
- A vida é feita de saudade.

Parei para pensar e percebi que é isso mesmo.
Temos um caminho pela frente, a seguir, chamado vida.
E a cada dia que passa deixamos sensações pelo caminho, e pessoas e lugares.
Deixamos segundos vividos, nossas idades. A infância, a escola, os avós e sua magia,
a adolescência, o primeiro beijo, o abraço apaixonado da primeira namorada.
Vamos vivendo e deixando para trás dias, meses e anos de saudade.


***
(Num dia normal de melancolia e tédio pós-batida-de-ponto terminaria esse texto aí de cima nesse ponto. Mas como estou em outro clima, vamos adiante.)
***

Mas a saudade é passado. E o passado foi vivido e bem vivido, senão não deixaria saudade.
O grande pulo do gato se dá quando percebemos a importância do passado, das experiências, e sentimos saudades dele, sem nos prendermos ad infinitum ao que passou. Afinal, não dá pra ter saudades do futuro, que ainda não se fez diante de nós. Saudade, não. Mas que tal excitação? Que tal felicidade em poder contar com um futuro, com uma possibilidade? Poder escrever tudo novo, novamente.

entre ler e escrever, sempre preferi o segundo. Mesmo que por linhas tortas.

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