domingo, dezembro 31, 2006

Oba.
Escrever.
O computador parece dar uns trancos e vai levando sua terceira idade com certo fulgor. Está lindo, mas anda se esquecendo das coisas, deixando para depois o que deve ser feito agora, ou antes, de acordo com a nova forma de se viver do mundo moderno, etc e tal.

Na Tv, Armandinho diz que deus estava namorando. Pobre Deus, sofrendo por amor, querendo conquistar você, sendo desenhada. Difícil para ele, imagina para nós, simples mortais, esperando o momento de partir dessa para melhor.

Dia estranho, cabelos por toda a casa, apesar do aspirador salvador de ontem. Cabelos por toda a cara, cabelos em frente a tv e ao monitor. A tesoura chegou a fazer uma visita. Mas como é comum nestes dias de fim de ano, foi rapidinho, apareceu, deu um oi e partiu. Sem deixar muita coisa diferente. Dei ä ela um convite, para voltar depois das festividades do ano. Quem sabe até lá ela possa ser melhor recebida. E talvez tenha até uma vaga para que ela possa trabalhar.

Estar sozinho é uma boa forma de se começar a trabalhar. Fazer o que deveria já ter sido feito. Sozinho você fica em frente ä TV, come, bebe e repete tudo isso mais umas dez vezes. Depois bate o desânimo, o cansaço de não fazer nada e depois, é a hora. Você parte para a ação. De barriga cheia, de saco cheio, mas com a cabeça a mil tentando salvar os últimos segundos de 2006 num pedaço de memória rígida.
2006, o ano que foi. Em Londres já é 2007. Eu também já estou lá. Olhando para frente. Tecla por tecla.


Na geladeira, uma garrafa de vinho espumante branco, nacional, meio doce (e não demi-sec) descansa desde ontem. As latas de cerveja não deram a mesma satisfação de um dia. Os salgados, porcarias e afins ficaram no passado. Ficam de hoje para ontem.Não fazem mais minha cabeça, não fazem mais meu corpo.
O calor começa a incomodar. Janela fechada, tempo escuro. Gotas começam a aparecer por entre os óculos. É hora de voltar para a TV. Aqui, como vocês sabem, ainda falta uma hora.
Aqui sempre falta uma hora.

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