terça-feira, junho 08, 2004

Sexta-feira teve uma festa no centenário, a Tum Pou Soc. Pra quem não sabe, eu e a Ilma somos o idealizadores da festa e eu ainda dou uma palhinha como DJ. Na verdade, sempre deixei bem claro que não era minha intenção ser Dj, só queria tocar numa festa. Bom, pelo menos tô aprendendo a mixar na prática(hahahah!!!). Mas será que tô mesmo?

Bom, nesta última Sexta, resolvemos convidar alguém de fora pra tocar, fazer um set na TPS. Trouxemos o Kid Vinil. Ele é o cara, tem duas noites no Atari, uma no Outs, é diretor artístico da Rádio Brasil 2000, foi apresentador do Lado B da MTV e trabalhou na Trama tb. Ou seja, saca pelo menos um pouquinho de som.
Bom, compramos a passagem de BRA e antes mesmo de acontecer qualquer coisa, já me bateu um mau pressentimento.
Escrevi até no blog sobre a BRA. E a danada da Cia Aérea atrasou QUATRO horas, liberando o ruivo aqui por volta da 1 da manhã. Dito isso, vamos a festa propriamente dita.
Quinta eu avisei a todo mundo que meu fone ainda não tinha sido recuperado da última festa, onde quebrou de vez. Foda, mas tudo bem. Pedi ao rike um fone emprestado e ele me disse que eu podia ficar tranquilo que ele me emprestaria o dele se fosse preciso. Bom ,era preciso e ele não se lembrou de levar. Entào, ficamos a noite toda sem fone. Eu o NMT e o Kid Vinil, que parece nem Ter sentido falta. Hehehe
Aí, chegando na festa, fui direto colocado nas carrapetas. Eram 23:00. Fui pra lá e fiquei tocando, tocando, tocando e nada de fone, nada de kid vinil, e o lugar foi enchendo, enchendo, enchendo e eu lá, rendido sem saber o que fazer...
Toquei muito, duas horas e meia. Muita coisa, desde Therapy? a Radio 4. De Stills a Charlatans. No fim, coloco uma pequena lista do set (do que me lembrar).
Até que foi interessante tocar tanto tempo, mas com fone seria muito melhor. As pessoas se animaram nos hits certos, como Reptilia e Seven Nation Army (elas não se cansam disso?!), mas antes tinha finalmente conseguido tocar uma série de disco-punks que fazia tempo tava tentando. Stills, Killers, Radio 4, Franz Ferdinand, Rapture, Fever, Bloc party.... será que teve mais alguma coisa? Bom, não lembro. Toquei finalmente Sonic Youth e Jesus e mary Chain... faltou o Belle e Sebastian, que nunca toquei e acho que pode ser engraçado. Mas depois de ficar maluco com a não chegada do kid vinil e começar a pensar se ele realmente chegaria, passei a bola pro NMT e fui tentar falar com a Ilma por telefone. Aí o tel celular dela não atendia... pronto, pirei. Alguns minutos depois fui até a porta pra ligar pra ela de novo e eis que um fiat uno chega, trazendo o cara. UFA... não precisaria avisar ninguém que a chuva que caiu torrencialmente horas antes da festa tinha feito nosso convidado ficar em SP. Imagina só a confusão que ia dar...
Ele chegou, subiu no palquinho e disse ser uma pena não ter pick-ups porque ele tinha trazido muito vinil. Aí o Josh mandou na lata: picape? Eu tenho lá em casa. Quer que eu pegue?
Putz....

O kid, muito gente boa: não precisa, não. Deixei tudo lá no hotel, mesmo.
E como deixou... No Sábado fui pegá-lo pra levar pro almoço e tive oportunidade de ver um por um as preciosidades que estavam naquele case já meio velhinho, como seu dono (um senhor de 50 anos).
Singles em 7” e em 12”. Amarelos, verdes e brancos, azuis, vermelhos... putaqueospariu!!!! Animal. Lindo. MESTRE!!

De volta à festa. Kid se prepara pra tocar e bumba!!! Punk rock? Punk 77?
Sim, o cara começou seu set com punk 77, Sham 69, buzzcocks, Stooges, Ramones e otras cositas más que só o Paulinho sabia. T Rex, At the drive-in, QOTSA, pra depois mandar Beatles, Magazine, zombies...
Uma coisa. Aula de boa música. Sabe a palavra clássicos? Pois é. Só clássicos, fugindo da obviedade. Dançar? Não, ninguém dançou. Anti-climax, até foi dito. O cara mandou mal...
Bom, digamos que o set dele conseguiu ser alternativo numa festa de rock alternativo.
E, sem fone, diga-se de passagem. Hehehehe. Mas a coisa toda deixou um gostinho de “volta mais tarde”, com fone e pick-up e avião decente, pra gente ouvir você tocar direito... e, promessa é dívida, o cara voltará.

Depois dele e de um monte de cervejas que tomei, entrou o NMT com um set pra lá de bom, sem seus beats acelerados, hehehe. Pois é verdade, eles mudaram (e como mudaram) o set e deixou todo mundo (eu pelo menos) bem feliz com o que ouviu.

A noite acabou sábado as sete e meia da manhã, numa banca de jornal.

Detalhes da noite:
- a camisa Beatles a lá Andy Warhol do Kid Vinil.
- Kid Vinil tocando só CD.
- Eu tocando duas horas e meia
- Presença ilustre de Raphael, direto do Rio
- ...


o set deu preguiça de escrever, tá? Depois coloco alguma coisa aqui.

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