sexta-feira, setembro 02, 2016

bebo dede os 16anos.
no início,era só para fazer parte da turma, todo mundo tomava uma cervejinha nas sextas a note, na pracinha de jardim da penha. eu saia com eles e bebia um pouquinho também. umas latinhas de cerveja, para me aclamar. afinal, sair de noite era uma coisa nova. a noite era assustadora, claro.

em seguida, comecei a entender a proximidade entre vida social e bebida. era com o álcool que tudo se misturava. amigos, beijos, namoradas, ou quase, festas, música.
beber, então, era uma forma de coroar a juventude, de celebrar a vida. coisa boa, que entrou no gene e lá se alojou, transformando o álcool, o enebriar-se, em um amigo das horas boas.

faz pouco tempo que o álcool virou um amigo solitário, uma forma de apagar os sentidos, ou dar aquela amenizada nas preocupações diárias. Dar um brilho na realidade, e uma tranquilidade, quase como um tapinha no baseado, coisa que não faço.

como o tempo, também, esse consumo de calorias ao extremo, faz seu corpo mudar. os cabelos ficam mais brancos, a cara cai, a barriga estufa. e o menino de 16 anos que não se preocupava com isso, mas se preocupava com milhares de outras coisas, hoje tão normais quando ir dormir toda noite, não se vê mais no espelho. No entanto, ele ainda está aqui dentro em algum lugar.

como fazer para esquece-lo?

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