terça-feira, dezembro 20, 2011

Em progresso


A difícil vida da eterna juventude.

É amigo, não é fácil esquecer a idade que se tem. Passei voado pelos 20 e já estou mais perto dos 40 do que dos 30. O corpo pesa o que não pesava há alguns anos, as pernas não têm a mesma força de um tempo atrás e a barriga, bom, mudemos de assunto. Nada disso teria muita importância, ora bolas. É o peso dos anos, cobrando seu preço. Deveríamos estar preparados para isso, ou ser preparados para isso, desde a escola. Algo como a professora do primário explicando: “Aproveitem e corram muito agora. Daqui uns anos, seus joelhos já não estarão mais tão inteiros”. Mas acontece que de uns anos pra cá, ter fôlego e pernas de aço acabaram por se tornar commodities. Principalmente com a quantidade de shows e festivais que tomaram de assalto as paragens do lado de cá da Linha do Equador.

É que, apesar de histórica e geograficamente estarmos sempre jogados de lado quando o assunto é intercâmbio cultural, o dólar andou despencando, a indústria fonográfica foi perdendo sua força e vendendo cada vez menos discos, e os artistas, com cada vez menos dinheiro fácil via gravadora, tiveram que se virar. Se os discos não pagam mais as contas, é hora de sair dos estúdios e darem as caras à tapa. E um dos destinos mais malucos, como fazem questão de reforçar a cada nova visita, é nosso paraíso tupiniquim.

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