quarta-feira, agosto 06, 2008

Escrito e publicado em 12 de Novembro de 2002

gosto de jogar conforme a música.
é, sei que está errado.
é de propósito. Tudo é de propósito.

A vida, os dias, a vontade de comer.
as caras que a gente evita olhar,
as bocas que a gente não consegue evitar.
a raiva, o sono, o gosto de mel na boca.
a saudade.

Carlos Drummond de Andrade.

não, não foi ele que escreveu aquilo. Fui eu.
Coloquei o nome dele de propósito.
Como queria, de propósito, por um fim a isso tudo.
De uma forma rápida, indolor. incolor.
Mas as manchas que sobrevivem me fazem tentar limpar o pano.
Escorrer a água, brindar o corpo com paz.

ei, você que lê... saiba que esse sou eu.
O de alma ausente, de cabeça pensante
de coração pulsante,
que rompe numa afronta
todas as mudanças e andanças do globo.

um dia difícil, minha gente.
outro dia difícil.

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